sábado, 6 de abril de 2013

O Dentista Mascarado é uma sucessão de acertos

A estreia de O Dentista Mascarado foi cercada de expectativas. Antes de entrar no ar na última sexta-feira 05, o novo produto da Rede Globo deu muito o que falar e por uma série de motivos. Primeiro, por se tratar de uma produção que traz a forte assinatura de Fernanda Young e Alexandre Machado, responsáveis por Os Normais, obra icônica no humor brasileiro, mas que não vem conseguindo engatar algo que dure mais que uma temporada. Além disso, tratava-se da estreia do talentoso humorista Marcelo Adnet, tido como a maior joia do humor televisivo atual.

Ao analisar uma estreia dessa é preciso pensar por vários ângulos. A expectativa em torno do primeiro trabalho de Adnet pós-MTV era tão grande que, independente do que ele fizesse, haveriam os críticos de plantão, viúvos do excelente trabalho anterior, isso seria inevitável. Além disso, o texto do casal também vem sendo questionado desde o fim de Os Normais, graças ao esmagador sucesso da época, por conta disso, muita gente parece sempre esperar algo que supere a trama de Rui e Vani.

Tentando deixar esse tipo de análise para quem gosta de viver de passado, e olhando exclusivamente sob o ponto de vista do episódio inicial, O Dentista Mascarado mostrou-se um acerto sem precedentes. Difícil apresentar um único equívoco dessa produção, embora com um episódio seja difícil dizer de forma contundente que trata-se de um show longevo, o potencial mostrado não pode ser ignorado e as fichas podem ser apostados numa obra de qualidade.

O texto mostrou-se inteligente e mostrou a marca principal do casal de autores: as piadas de duplo sentido, escrachadas, mas que passam longe de serem sensacionalistas ou vulgares, e ainda conseguem produzir críticas que levam o telespectador a refletir. A aposta em mostrar piadas sem graça, exatamente assim, como piadas sem graça também funcionou perfeitamente e mostrou o tom crítico e ácido do show - além de mostrar também que uma pessoa comum adora contar piadas de efeitos que quase nunca funcionam. Quem não entendeu esta intenção e levou a sério essas piadas, infelizmente não teve a percepção da intencionalidade do roteiro.

O roteiro também acertou ao criar diálogos rápidos e que mudavam de assunto numa velocidade assustadora. O público mais distraído ficaria boiando em questão de segundos com a agilidade na mudança de rumos dos assuntos tratados nos diálogos. E todas as situações e diálogos somente funcionaram porque a direção foi cuidadosa, atenta e perceptiva. Ao receber um roteiro que se aproximava das histórias em quadrinhos - ou dos desenhos animados - o diretor José Alvarenga Júnior mostrou sua vasta competência ao criar um universo que captou todos estes elementos sem parecer tosco ou pobre.

Em meio a tantos destaques positivos seria impossível ignorar o elenco. E que elenco. Leandro Hassum conseguiu se afastar de tudo o que fez até o momento na TV e pintou um personagem interessante e soube servir de apoio para a estrela da noite. Enquanto isso, Taís Araújo simplesmente arrasou nesta estreia. A atriz que ficou muito marcada pelo incrível trabalho em Cheias de Charme, quando deu vida a Penha, soube se despir dessa personagem e construir uma nova cheia de detalhes e completamente diferente. Mesmo repetindo uma personagem fincada na comédia, Taís não errou e foi minuciosa em sua composição. Destaque ainda para a ótima presença de Otávio Augusto e Diogo Vilela que apareceram pouco, mas sempre com qualidade.

Mesmo assim, a estrela da noite foi mesmo Marcelo Adnet. Se ele era tido como uma joia do humorismo brasileiro, após esta estreia ele se mostrou uma joia raia na teledramaturgia nacional. Muito mais que um humorista competente, ele se mostrou um grande ator capaz de compôr um protagonista dificílimo e criar uma riqueza rara para esta composição. Adnet fincou os dois pés na animação com referências aos quadrinhos e não se encostou no texto, ao contrário, contribuiu muito e enriqueceu o roteiro. Detalhista ao extremo, criando um tom de voz completamente hilário, uma risada incrível e trejeitos sensacionais, Adnet mostrou nesta estreia que acertou ao deixar a MTV pela Globo. Muito mais que visibilidade ele é capaz de mostrar uma veia que, aparentemente, era ignorada: a de ator. E vai longe.

O Dentista Mascarado estreou com um potencial raro de se ver. Num ano cheio de acertos da Rede Globo até o momento - Pé na Cova e A Grande Família são só dois exemplos - a produção tem força para ser a melhor coisa do ano, potencial há, mas é preciso aguardar os próximos episódios.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

A Grande Família aposta em nostalgia

A nova temporada da série mais longeva da TV brasileira estreou na última quinta-feira, 04. A Grande Família, da Rede Globo, voltou ao ar para mais uma temporada sem grandes expectativas. A bem da verdade, o programa é bem estável em números, mas não tem grande repercussão, provavelmente por estar na grade da emissora a mais de uma década.

Com tanto no tempo no ar é natural que a série perca um pouco do interesse em termos de repercussão, todavia, é preciso lembrar que um programa só fica tanto tempo sendo exibido na TV moderna se der resultados - tanto em termo de audiência, quanto em termos de retorno financeiro, salienta-se - por isso é preciso cuidado ao analisar a série.

Um show deste naipe precisa de toda a atenção ao ser analisado. É bem verdade que a série não apresenta nada de novo em termos de recursos dramatúrgicos, mas não se pode dizer - nem de longe - que A Grande Família esteja saturada. Talvez a marca, por estar tanto tempo semanalmente sendo exibida, possa ter cansado o telespectador, mas não se pode dizer o mesmo ao se analisar a estrutura episódica e as temporadas exibidas.

A estreia da nova temporada apontou um caminho interessante. Durante a divulgação do retorno da série, percebeu-se que parte do público sentiu-se saturado com o show. É possível que os próprios roteiristas tenham percebido a possibilidade do desgaste natural e, por isso, resolveram vestir a carapuça com essa história, levando o roteiro para uma nostalgia importante e interessante.

Ao apostar em nostalgia, os roteiristas arriscaram bastante, pois poderia cair no grave problema de olhar para o passado e perceber que o presente não é tão importante quanto foi a história e este é um risco grande. Porém, não passou de uma lembrança, pois a ideia foi muito bem executada e serviu como esteio para que o público relembrasse como é bom ter A Grande Família em nossas casas por mais de uma década.

Com direito a cenas de flashback - inclusive o primeiro episódio da série - o episódio apostou e acertou em cheio ao mostrar a história do show, pois levou o público a refletir em todo o tempo em que acompanhamos essa deliciosa série. O roteiro mostrou a mesma estrutura de diálogos divertidos e bem amarrados, além de primar pelo bom gosto da história com sequência interessantes.

O elenco, impecável como sempre, mostrou o mesmo frescor de sempre. O único senão de uma história tão longeva como o da Grande Família na TV é justamente o elenco. Nomes tão importantes e de qualidade ímpar interpretando os mesmos papéis a tanto tempo é de se pensar, pois poderia haver novo desafio. Mas é o preço que se paga por ter um produto de tamanha qualidade e que merece continuar no ar.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tapas e Beijos volta com sinais de desgaste

Iniciou na noite da última terça-feira, 02, a terceira temporada da série Tapas e Beijos. A substituta do humorístico Casseta e Planeta nas noites de terça da Rede Globo em 2011 iniciou a nova temporada na tentativa de se manter na crista da onda. Os primeiros dois anos do show foram muito bem aceitos por crítica e público que se renderam ao talento de toda a produção e o resultado foram prêmios e audiência considerada excelente.

A despeito da ótima produção, a terceira temporada estreou com claros sinais de desgaste, o que é preocupante. É inegável a capacidade que os roteiristas dessa série têm em conseguir criar ótimos diálogos dentro de um contexto completamente amalucado, mas irresistível. Além disso, não se pode negar a capacidade que a direção vem mostrando em conseguir manter todos os episódios dentro de um mesmo ponto de vista, sem exceções. O elenco é um caso a parte, todos voltaram mostrando o mesmo talento que os consagrou nas primeiras temporadas e quem se juntou ao grupo mostrou o mesmo entrosamento, caso de Malu Galli.

Mesmo diante de uma sucessão de talentos, a impressão que ficou ao final do episódio de estreia da 3ª temporada é que Tapas e Beijos já não é a mesma. As situações começaram a ficar repetitivas e todo o carisma das personagens passou a passar despercebido diante das repetições. Quando há repetição dentro de uma série de humor, a preocupação deve aparecer automaticamente, pois pode incomodar o telespectador que acaba se distanciando das personagens.

A proposta da nova série em colocar as protagonistas novamente como mulheres solteiras é válida, pois não é exatamente repetir a ideia da primeira temporada, visto que, agora, elas não são exatamente solteiras, mas divorciadas, e essa experiência de vida pode apresentar novos conflitos psicológicos e emocionais, além de discussões interessantes, devido a frustração que foram os casamentos.

Porém, não foi o que se viu nesta estreia. As duas, ao contrário, apresentaram os mesmos conflitos, as mesmas questões levantadas nas duas primeiras temporadas. As situações que deveriam ser engraçadas acabaram dando um ar nostálgico e incômodo, provocando, no máximo, um sorriso amarelo. Poderia ter sido pior, mas os bons diálogos e a atuação de um elenco inspirado salvou a noite.

Se tem a intenção de se tornar um show longevo na TV, está na hora de Tapas e Beijos repensar sua estrutura para não cair no marasmo. A quantidade absurda de episódios por temporada contribui decisivamente para o desgaste do roteiro, mas se quer se manter com fôlego, é preciso retirar alguns coelhos da cartola da criatividade ou a tendência é só mais uma série sem graça.

Got Talent Brasil investe no show e acerta

A Record promoveu na última terça, 02, sua principal estreia do primeiro semestre - deixando de lado as estreias na área da dramaturgia. Sob o comando de Rafael Cortez, entrou no ar, com alguns poucos minutos de atraso, o Got Talent Brasil, show que vinha recebendo tratamento de super produção desde os primeiros teasers divulgados e que causava comoção e curiosidade, pois o Brasil já havia tido um programa parecido, o Qual é o seu Talento, do SBT.

Logo de princípio é preciso dizer que este é um formato absolutamente arriscado no Brasil. Levando-se em consideração o investimento e as pretensões de brigar pela liderança de audiência em qualquer faixa de horário, não se pode dizer que este seja o show ideal para a Record. Um formato que parece ter uma audiência fixa, porém apenas razoável, e que dificilmente se tornará um fenômeno nos números de audiência, mas que ainda assim, pode render bons frutos.

Os primeiros minutos dessa estreia foram um pouco constrangedores. Na tentativa de mostrar que se tratava de uma produção gigante, a Record mirou na Globo, mas acertou no SBT e acabou apresentando uma introdução tosca, com grafismo e esquetes absolutamente bregas e que em nada lembrava a ideia de grande show. Uma espécie de "novo rico" que não sabe se comportar, foi a primeira impressão. Ainda bem que foi apenas a primeira impressão.

O tratamento dado pela emissora ao programa certamente foi o ponto alto da noite. Com plateia de mil pessoas, diversas câmeras, fotografia impecável e trilha sonora intimista, a estreia do Got Talent Brasil acabou ganhando ares de super produção e mostrou-se um acerto da emissora da Barra Funda. A edição caprichou nos takes e na escolha dos participantes que foram ao ar logo na estreia, mostrando segurança nos cortes e nas cores das imagens.

Os jurados foram, sem dúvida, a grata surpresa da noite. Milton Cunha, embora precise melhorar urgentemente seu tom de voz, mostrou-se seguro e bastante a vontade diante do formato, com opiniões fortes e quase sempre técnicas e detalhistas. Sidney Magal mostrou ser o show man que o consagrou no Brasil e cumpriu seu papel de chamar para si a responsabilidade do show. Daniel Cicarelli, por sua vez, destacou-se como a representante do público na bancada. Cheia de caras e bocas, a moça conseguiu arrancar boas gargalhadas, além de fazer observações interessantes.

Dois pontos baixos na estreia. Rafael Cortez mostrou-se nervoso demais e acabou se equivocando em muitos momentos. Mantendo a mesma postura que o consagrou no CQC, o apresentador falou de forma muito rápida, o que é mortal para a apresentação de um programa de variedades, e também fez muitas piadas que não combinam muito com o formato. Precisa melhorar. E a direção também deixou de lado os participantes, suas histórias de vida e carisma. Sem isso, o público não tem com o que se prender, fora as apresentações, o que pode sugerir um telespectador desatento e desinteressado. É preciso focar mais nos participantes para criar cumplicidade com o público.

De qualquer forma Got Talent Brasil entrou no ar com uma estreia boa e como uma super-produção. É preciso aparar as arestas e melhorar, mas o primeiro olhar foi bastante promissor e é possível vislumbrar vida longa para este programa. É esperar para ver.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Contos do Edgar é um avanço para o formato no Brasil

Estreou nesta terça-feira, 03, a nova série brasileira, primeira produção nacional da FOX. Produzida pela O2 Filmes, Contos de Edgar com roteiros de Gabriel Hirschhorn e Vitor Brandt e direção geral de Pedro Morelli, a série adapta algumas das histórias do famoso escritor de terror Edgar Allan Poe. Com cinco episódios confirmados para a primeira temporada, a série é a primeira série nacional - neste formato, idêntico ao estrangeiro - a ir ao ar no horário nobre num forte canal da TV fechada.

Apenas pelo fato de investir num formato como este, que faz sucesso no mundo todo, mas que, normalmente, é ignorado no Brasil - principalmente pela TV aberta que não produz praticamente nada de séries e se produz, normalmente foca-se no humor e ignora o drama - já é um grande avanço para as produções nacionais que parecem não conseguir enxergar este filão. O investimento, óbvio, é graças as novas leis sobre a TV a Cabo que obriga a exibição de uma quantidade de horas diárias para produção de conteúdo nacional.

A FOX mostrou-se ousada ao fazer a parceria com a O2 Filmes e levar ao ar um produto tão controverso. A proposta da série é realmente questionável, pois poderia-se concluir que há inúmeros escritores brasileiros que poderiam servir de inspiração para uma série nacional. Inquestionável, contudo, é a capacidade dramatúrgica que os contos do mestre do terror, Edgar Allan Poe, tem - vide The Following, a produção da FOX americana que tem tido bons números de audiência nos EUA e causou burburinho em sua estreia.

Análise de todos os elementos externos feita é preciso enxergar o episódio Piloto em si. Batizado como Beré - inspirado no Conto "Berenice" - o episódio trata de apresentar o protagonista, Edgar, narrador e que conta a história bizarra que sabe para um de seus amigos. Edgar aparece logo nas primeiras cenas, inicia a história e, a partir daí, o foco da série é na própria história, ignorando o protagonista-narrador e apresentando as personagens do episódio.

Segundo divulgação, essa é a estratégia dos produtores que pretendem introduzir a mentalidade do protagonista na primeira temporada apenas assim, como narrador, dando vida a outros personagens. Não se sabe ao certo se haverá segunda temporada e qual será o enfoque. De qualquer forma, a ideia de colocar Edgar como um personagem-narrador é interessante e pode chamar a atenção. 

O episódio em si ficou devendo um pouco. Para uma estreia aconteceu muito pouco. Tudo acabou sendo muito subliminar e deixado demais nas entrelinhas. Mesmo uma série de terror psicológico precisa puxar a atenção do telespectador na sua estreia, caso não queira ser deixado de lado. E, em Contos do Edgar, não houve nada de tão explosivo durante boa parte do episódio.

Embora o roteiro seja delicado, bem escrito e opte pelo terror psicológico, não se pode negar que há um potencial e tanto para a série. Seguindo este modelo, nos próximos episódios, é possível que o terror seja mais fincado, mesmo que não diretamente, e o público se acostume ao ritmo. O destaque nesta estreia foi, de fato, a direção. Entendendo bastante do formato e da linguagem, o diretor soube aproveitar o máximo do estilo de Edgar Allan Poe e construir cenas misteriosas, psicóticas e interessantes, sempre usando o tom soturno. 

Difícil dizer se esta aposta num novo filão para o Brasil irá agradar o público. De qualquer forma, Contos do Edgar já é uma avanço para o formato e, principalmente, conseguiu apresentar um produto interessante e que soube se desvencilhar do estilo folhetinesco que parece ser arraigado no país. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Xuxa é maior que a TV brasileira

No último sábado a Rede Globo exibiu uma impressionante homenagem a apresentadora Xuxa Meneghel por seus 50 anos de idade. A festa aconteceu dentro do próprio programa da apresentadora e serviu para mostrar o tamanho de Xuxa. Na verdade, serviu mesmo para mostrar que é difícil mensurar um tamanho para alguém que representa tanto para nossa TV.

O programa, sob o comando de ninguém menos que Pedro Bial, foi todo lindo e emocionou. Não há o que se falar da produção em si, que conseguiu mostrar a real importância de Xuxa para o telespectador brasileiro. Se há algo a se questionar, contudo, é a decisão da emissora em levar ao ar o show num sábado a tarde. É bem verdade que este é o horário de exibição do TV Xuxa, mas a apresentadora merecia um evento no horário nobre. A sexta-feira anterior teve exibição de filme no Cinema Especial, pois a nova grade começa para valer a partir de hoje, não custava ter colocado o evento ali. Uma pena que ninguém pensou nisso.

Mas ainda assim, este foi um momento de reflexão sobre a apresentadora. Acusada pela mídia conservadora e pelos pseudointelectuais de deseducar as crianças nos anos 90. A apresentadora, nomeada pela maioria como Rainha dos Baixinhos, foi um verdadeiro furacão desde que assumiu as funções de apresentadora infantil ainda na década de 80. Com um carisma raramente visto, ela causou comoção e idolatria em boa parte da geração nascida a partir do fim da década de 70.

Tentar explicar para uma criança ou adolescente dos dias atuais tudo que Xuxa significou para as crianças daquela época é muito difícil, pois a TV mudou tanto que é impensável imaginar que possa haver um tipo de idolatria nesses moldes. Xuxa foi a mãe, a tia, a vizinha, a madrinha, a babá e mesmo a professora de milhões e milhões de crianças por anos a fio. Pode-se questionar os métodos da emissora em transformá-la em Rainha dos Baixinhos, mas não se pode jamais negar a importância histórica que ela tem na vida de toda uma geração de crianças.

Mais do que isso, ela é corajosa. Ao deixar a zona de conforto em que estava com o universo infantil e assumir para si o desafio de dialogar com adolescentes ela arriscou. Além de ser a primeira mulher a brigar, de fato, na forte disputa de audiência que é o domingo, Xuxa mostrou-se madura e audaciosa. O seu Planeta Xuxa foi um dos marcos da TV brasileira, pois soube como poucos programas dialogar com adolescentes e também servir de espaço para toda a família.

Xuxa é mais que uma simples apresentadora. Ela é uma comunicadora nata. Entendendo sua importância junto ao público, nunca ninguém a vê de mau humor. Está sempre disposta a sorrir para fotos, a falar com os fãs e a dar conselhos, transmitindo fé e esperança. Xuxa sabe seu próprio tamanho. Não importa se seu programa atravessa uma fase complicada em termos de audiência - muito mais culpa de uma direção que não compreende o estilo da apresentadora - se ela chega a perder para a concorrência. Ela não precisa mais de números para se mostrar. Ela é maior que o Ibope. Ela é maior que a própria TV.

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