segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Phantasmagoria acerta a mão ao apostar em entretenimento

O Fantástico é a principal Revista Eletrônica da TV brasileira. Com um misto de jornalismo e entretenimento o show é um dos mais longevos da nossa televisão e, a cada novo ciclo, parece conseguir se renovar para manter-se no ar. Por mais que haja momentos delicados em que o conteúdo parece perdido, nota-se que são apenas períodos de transição em que é necessário arriscar para procurar um novo caminho. 

O novo quadro do programa que estreou no último domingo é exatamente isso. Anunciado com alarde por praticamente um mês, Phantasmagoria parecia ser um dos poucos quadros da história recente da TV brasileira a tratar com sobriedade um tema controverso: a existência dos fantasmas. Todas as chamadas levavam o público a crer que seria um trabalho jornalisticamente denso e aprofundado, tanto que utilizaram o mais "jornalista" do trio de apresentadores, Tadeu Smith, que sempre parece mais distante do entretenimento.

Errou quem imaginou isso. Desde o primeiro momento o quadro mostrou ser absolutamente de entretenimento e sem nenhuma pretensão jornalística de apresentar uma investigação precisa, seja qual for o ângulo, sobre a existência ou não de fantasmas. A proposta, na verdade, é a de produzir uma espécie de Reality Show trash em que é permitido brincar e se divertir com os medos humanos, explorando o antagonismo que seres de outra dimensão provocam na mente humana.

Ao seguir a trilha do entretenimento, o quadro poderia se perder e tornar-se absolutamente dispensável. Não foi o que houve. A escolha pelo caminho mostrou-se acertada graças a um roteiro muito bem planejado e uma edição quase impecável. O primeiro episódio, numa mansão com aura de assombrada, com a presença de três pessoas reais passando a noite neste local tendo que cumprir provas bizarras, como ficar no escuro chamando pela presença fantasmagórica de algum ser outra dimensão, acertou o tom e conseguiu divertir.

Quem sentou-se para assistir Phantasmagoria na expectativa de uma produção séria, provavelmente,  ficou estupefato diante da criatividade de produção. O show de entretenimento acertou também ao não produzir fantasmas de ficção e manter-se atento apenas às reações humanas. Um verdadeiro Reality Show de Horrores que deu o que falar. Os próximos episódios prometem.

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Tecnologia do Blogger | por João Pedro Ferreira