sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

As Brasileiras mostra Teledramaturgia de Primeira

Estreou ontem a tão aguardada nova produção de Daniel Filho. Após o sucesso estrondoso de As Cariocas em 2010, o competente produtor levou ao ar na noite da última quinta-feira, 02, o primeiro episódio de sua nova obra: As Brasileiras.

E a tirar pelo episódio de estreia, a série tem tudo para superar sua obra original. Daniel Filho é rato de televisão, um dos mais competentes diretores e produtores que a TV brasileira já viu - o grande nome da Globo na área de Teledramaturgia nos áureos anos da emissora - e conhece bem os caminhos para produzir algo de sucesso e com qualidade para o telespectador.

As Brasileiras chegou com o mesmo ar debochado e leve que a proposta de As Cariocas tinha, porém, com muito mais tinta em todos os sentidos. A extraordinária direção de fotografia mostrou que, a partir de agora, o cenário torna-se uma personagem fundamental e não uma mera alegoria como foi na série anterior. Olinda foi mostrada com tantas cores e tantos detalhes que o telespectador se sentiu bastante à vontade a cada paisagem vista.

Trilha sonora e direção competente também deram o tom desta estreia e mostraram o quanto Daniel Filho é competente no que faz. A narração funcionou novamente e muito bem. Ao contrário de Aquele Beijo em que este recurso é apenas um enfeite desnecessário para a trama, aqui, a narração funciona perfeitamente como um elemento vital para o bom andamento da linha narrativa. E com a entonação espetacular do narrador, tudo ganha ares épicos.

O episódio de estreia que mostrou um humor muito mais rebuscado e direto do que o brasileiro está acostumado e mostra um viés avançado no roteiro, algo que raramente se vê na TV aberta do país. O elenco mostrou-se competente, o que não é exatamente novidade e deve ser a tônica desta série.

Estreia com sucesso que devolveu a liderança de audiência para a Rede Globo no horário, As Brasileiras mostrou-se muito promissora e levou os telespectadores a ficarem ansiosos pelas quintas-feiras da TV.

Este espaço não fará textos para cada episódio de As Brasileiras, apenas o balanço do início e no final. As reviews para cada episódio, inclusive o de estreia, ficarão disponíveis no Blog TVxSéries, não deixe de ler semanalmente.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 140


Fina Estampa: 38,99
Insensato Coração: 34,34
Passione: 33,72
Viver a Vida: 34,51
Caminho das Índias: 36,69
A Favorita: 38,01
Duas Caras: 39,48
Paraíso Tropical: 42,14
Páginas da Vida: 47,89
Belíssima: 46,26
América: 46,82
Senhora do Destino: 48,53
Celebridade: 43,35
Mulheres Apaixonadas: 44,58
Esperança: 38,39
O Clone: 43,79

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 110


A Vida da Gente: 22,05
Cordel Encantado: 25,70
Araguaia: 22,16
Escrito nas Estrelas: 25,90
Cama de Gato: 23,44
Paraíso: 24,49
Negócio da China: 20,58
Ciranda de Pedra: 21,97
Desejo Proibido: 22,49
Eterna Magia: 26,01
O Profeta: 31,82
Sinhá Moça: 33,11
Alma Gêmea: 36,55
Como uma Onda: 25,59
Cabocla: 33,42
Chocolate com Pimenta: 33,85
Agora é que são elas: 27,59
Sabor da Paixão: 24,10
Coração de Estudante: 28,72

A Barriga da Gente

Após um começo absolutamente promissor, uma primeira parte assombrosa de tão intensa e boa, uma segunda parte que assustou pela qualidade e também pelo grau de tristeza por todos os lados, a última parte de A Vida da Gente perdeu em qualidade, ganhando uma barriga que, ao que parece, atrapalhou toda a estrutura narrativa e tirou a trama do eixo.

Não se pode julgar um todo de um folhetim exclusivamente por conta de uma parte, mas é preciso inserir todas estas parte na composição de uma obra e, mesmo sendo fã do trabalho, é preciso levar em consideração os erros que ocorrem numa novela, pois somente assim pode-se realizar uma análise distanciada e com um mínimo de imparcialidade.

E o momento atual de A Vida da Gente não vem merecendo elogios. Já faz algum tempo que o roteiro de Lícia Manzo apresenta intermináveis cenas de discussão psicológica, social e até mesmo emocional entre as personagens sem avançar em nada na trama. Personagens que transitam pelos núcleos, conversam entre si vem acontecendo bastante, mas o avanço da linha narrativa parece ter acabado.

Depois que Ana abandonou Rodrigo, a autora parece não ter mais história alguma para contar. Primeiro era Ana e Rodrigo, dois adolescentes apaixonados. Depois era Ana em coma e Rodrigo tentando ser pai com a ajuda da cunhada Manu. Em seguida foi o momento de Manu e Rodrigo construírem uma linda história de amor. Em seguida acompanhamos o retorno de Ana do coma e a situação constrangedora entre os três. Logo depois veio a situação em que Manu abandona Rodrigo e corta relações com Ana por se sentir traída. Por fim, foi a vez de Ana e Rodrigo tentarem viver sua história de amor, sem sucesso. E depois? Depois nada.

A partir daí, a história passou a andar em círculos e nada acontecer. A vida profissional de Ana voltou à tona nessa altura do campeonato, faltando um mês para o folhetim terminar. Manu virou uma figurante de luxo, após todo o show que Marjorie Estiano deu emprestando vida à personagem, ela merecia um pouco mais de cuidado e Rodrigo está feito barata tonta, sem saber para onde ir.

As tramas paralelas também estão em banho-maria. Dr. Lúcio perdeu completamente a função quando se separou de Ana e ficou aparecendo apenas por ser interpretado por Thiago Lacerda que ganhou até um romance relâmpago com uma personagem interpretada pela própria esposa. Agora, volta a se envolver com Ana. De fato, não está fácil para ninguém.

Com muitas mudanças em um curto período de tempo - a trama teve 110 capítulos exibidos - o momento atual vem mostrando que Lícia Manzo contou toda essa história rápido demais e esgotou o tema bem antes do fim previsto para sua novela. Uma pena porque o fim de A Vida da Gente caminha para ser tão morno que pode ofuscar todo o excelente trabalho da novela.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Comparativo de Audiência - 19 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 19 Horas até o capítulo 90


Aquele Beijo: 25,52
Morde e Assopra: 27,81
Tititi: 28,81
Tempos Modernos: 22,81
Caras e Bocas: 29,12
Três Irmãs: 25,47
Beleza Pura: 27,98
Sete Pecados: 30,38
Pé na Jaca: 30,03
Cobras e Lagartos: 35,20
Bang Bang: 27,90
A Lua me Disse: 31,74
Começar de Novo: 33,73
Da Cor do Pecado: 41,09
Kubanakan: 36,96
O Beijo do Vampiro: 28,54
Desejos de Mulher: 30,69

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