quarta-feira, 28 de março de 2012

Amor Eterno Amor é mais do mesmo e cansa

Amor Eterno Amor, a trama atual do horário das 18 Horas, chega nesta semana ao fim de sua primeira fase e, com aproximadamente 20 capítulos exibidos, torna-se mais fácil realizar uma análise sólida e com elementos que permitem verificar o andamento da trama. Assinada por Elizabeth Jhin (Eterna Magia, Escrito nas Estrelas), a novela é a segunda de uma trilogia espírita que a autora prometeu levar ao ar.

Porém, ao olhar para o que foi exibido até o momento, a ideia de que ainda restam mais de 100 capítulos de história não é nada promissora. O que se viu até este momento foi uma primeira fase arrastada e com excesso de didatismo que, ao invés de se preocupar em contar uma história fictícia que chamasse a atenção da audiência, mantém o foco exclusivamente nas práticas de uma crença.

Religião é um dos assuntos mais tratados do país, pois é uma das práticas mais seguidas pelo brasileiro. Porém, inserir a religião numa novela e como personagem principal, sem criar elementos que deixe claro ao telespectador que o uso da fé é apenas um recurso da narração para manter o foco na história, além de perigoso pode se tornar enfadonho.

Até o momento o folhetim de Jhin mostrou-se apenas uma espécie de documentário sobre uma crença, um braço do espiritismo e não conseguiu contar uma história sólida, bem equilibrada e que tenha muitas nuances para chamar a atenção. Ao contrário, a linha narrativa mostra-se arrastada, sem qualquer espécie de situações importantes ou novos caminhos. É como se não houvesse história importantes ou mesmo paralelas.

Até o elenco tem tido dificuldades, dado ao texto e aos personagens, sempre superficiais demais e sem elementos para grandes composições. Cássia Kis Magro volta a se destacar com uma composição sóbria, mas que a direção torna exagerada e quase caricata. Os grandes destaques, contudo, são Ana Lúcia Torre, muito bem no papel da sofrida Verbena, e Gabriel Braga Nunes que criou um protagonista complexo e misterioso.

Se Escrito nas Estrelas mostrou um ritmo interessante em sua primeira parte e foi tornar-se lenta apenas da metade para o final, Amor Eterno Amor já apresentou este problema desde o primeiro capítulo e, aparentemente, não há qualquer sinal de que haverá mudança de rumo. Uma novela completamente equivocada.

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