sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Receitas do TVxTV: Bolo Destrói Malhação

Ingredientes:


02 latas de bom roteiro
01 caixa inovação
500 ml de falta de audiência
04 colheres de alterações bruscas
01 Kg de maniqueísmo
01 copo de tramas bobas
diálogos e atuações ruins a gosto


Modo de Preparo:


Faça uma divulgação pesada na mídia, prometendo alterações inovadoras para Malhação. Aguarde até que faça resultado, em seguida, inicie a nova temporada colocando lentamente as 02 latas de bom roteiro, sempre mexendo para não perder o ponto. Em seguida, acrescente 01 caixa de inovação. Fique mexendo até que a massa ganhe consistência e não fique com bolinhas. Coloque os 500 ml de falta de audiência e espere até que a calde perca a cor, isso pode levar um tempo. Assim que não houver mais cor na calda, acrescente 04 colheres de alterações bruscas. Importante é que elas sejam acrescentadas duma vez, para que a massa fique disforme e com várias cores. Vá colocando 01 Kg de maniqueísmo para que a massa ganhe uma expressão própria, quando ela estiver com uma forma estranha, coloque 01 copo de tramas bobas. Bata a massa na batedeira até que ela fique completamente destruída. Coloque tudo na assadeira e deixe por algumas horas no forno até que queime. Tire e sirva para o telespectador.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Faltou equilíbrio para a estreia de Patrícia Poeta

Após a emocionante despedida de Fátima Bernardes da bancada do Jornal Nacional na noite de ontem, a expectativa do telespectador - e também da crítica - continuou, afinal, nesta noite estava prevista a estreia de sua substituta. Escolhida a dedo pela direção geral da Rede Globo, Patrícia Poeta, com muita história no jornalismo televisivo, chegou com a difícil missão de substituir uma das mais carismáticas jornalistas que a TV brasileira já viu.

Analisar uma estreia assim não é tarefa fácil, principalmente porque, um crítico que se preze, deve tentar colocar todos os elementos técnicos na balança e procurar ignorar as comparações entre as duas profissionais, tarefa quase sobre humana diante das circunstância. O público sim, este sem dúvidas vai comparar Patrícia e Fátima por um bom período, mas a crítica deve ter cuidado ao fazê-lo.

Diante disso, é preciso entender que a direção geral da terceira maior emissora do mundo e que tem o jornal mais assistido do Planeta - segundo a Revista Forbes - não está ali de brincadeira. A escolha de Patrícia Poeta para o jornal de maior credibilidade do país não foi pautada por casamento, por proximidade com a chefia, longe disso, foi pautado pelo trabalho, pelo histórico da jornalista que é uma grande profissional e que, de fato, merecia a chance.

Falando exclusivamente da estreia, foi nítido enxergar em Patrícia o nervosismo natural que uma situação de tamanha dimensão traz. Principalmente no primeiro bloco, ela não conseguiu se mostrar a vontade e, em alguns momentos, ficou claro que ela lia o telepromter, um erro grave para uma Jornal com o Padrão Globo de Qualidade.

Ainda assim, aos poucos, a apresentadora foi se soltando e dominando a situação. Por conta de tudo isso, é possível dizer que o balanço dessa estreia foi positivo e que, apesar de nervosa, Patrícia mostrou bastante potencial para escrever sua própria história na bancada do Jornal Nacional. Um erro, que não tem a ver com nervosismo, contudo, precisa ser corrigido com urgência. Ela ainda carrega traços da apresentação do Fantástico e muda de expressão facial muito rapidamente, sai da sobriedade para a alegria com muita velocidade - exigência de uma Revista Eletrônica - e num jornalístico, isso é perigoso e pode perder a credibilidade. 

Ainda assim, gostei do que vi e tenho certeza que Patrícia Poeta agradou a todos na cúpula da emissora, agora, é corrigir os erros e construir sua história, como ela vem fazendo a cada desafio profissional que aparece.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Faço parte da História! Faço parte da geração Fátima Bernardes

Em 1996 foi a grande e primeira mudança no comando do Jornal Nacional, principal telejornal do país - e segundo a Revista Forbes, o mais assistido do Planeta - com a entrada de William Bonner e Lilian Witfibe. Pouco depois, ela deixou o comando da atração e foi substituída por sua colega, e esposa de Bonner, Fátima Bernardes. O ano? 1998.

Quem tem a minha faixa etária provavelmente não se lembra desta mudança e, caso se lembre, não faz a menor questão, pois não dava a devida importância para tais fatos históricos para a TV brasileira por ser muito novos. Com 15 anos, eu não tinha a menor ideia do que significa a mudança na apresentação do Jornal Nacional e, confesso, não me lembro dessa alteração, aliás, lembro-me vagamente de Lilian apresentando e nada antes do William.

Ou seja: eu faço parte da geração Fátima Bernardes. Eu faço parte dos brasileiros que cresceram, amadureceram e se tornaram cidadãos assistindo diariamente ela e seu esposo apresentando um Jornal de credibilidade que sempre primou pela qualidade das informações e, mesmo diante das adversidades - como esquecer de Maria do Bairro e A Usurpadora infernizando o jornal na audiência? - não aceitando cair na exploração da desgraça humana, como tantos outros da concorrência.

Fátima Bernardes sempre transmitiu a ideia de uma jornalista séria, respeitada, que dava a informação correta. Quando ela aparecia no vídeo e dava uma notícia, o Brasil raramente se questionava, sempre foi lugar-comum para o brasileiro acreditar em Fátima porque ela transmite verdade em seu olhar, sua entonação, seu posicionamento.

Desde que todo o jornalismo da Rede Globo passou a ser menos formal, mais leve, pudemos sentir a diferença no estilo do Jornal Nacional, de Fátima Bernardes, ela mais solta, soltando pequenos sorrisos, dialogando com seu marido no ar, tudo para deixar a notícia mais leve, mas sempre transmitindo credibilidade ao telespectador.

E as Copas do Mundo? "Onde está você, Fátima Bernardes?" Pergunta eternizada por William Bonner e que todos os brasileiros repetiram em 03 Copas - 2002, 2006 e 2010. Fátima, a musa da seleção penta campeã do mundo, é isso. Uma jornalista séria, respeitada, com credibilidade e que sabe como ninguém dar seu toque pessoal a uma notícia.

Agora, ela ganha novos ares. Novos desafios e, com a capacidade que tem, quem tem coragem de duvidar que dará certo? Eu não. Não, porque eu não sou bobo, eu acompanhei essa história, eu vi do que essa mulher é capaz. Eu faço parte da geração Fátima Bernardes. E, como jornalista, tenho orgulho disso. Boa sorte, Fátima.

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 21 Horas até o capítulo 90


Fina Estampa: 38,58
Insensato Coração: 32,36
Passione: 32,31
Viver a Vida: 35,08
Caminho das Índias: 35,17
A Favorita: 37,07
Duas Caras: 38,24
Paraíso Tropical: 40,42
Páginas da Vida: 48,52
Belíssima: 45,44
América: 45,20
Senhora do Destino: 46,18
Celebridade: 42,04
Mulheres Apaixonadas: 42,59
Esperança: 39,16
O Clone: 42,14

Comparativo de Audiência - 18 Horas - média parcial

Média-parcial diária de novelas das 18 Horas até o capítulo 60


A Vida da Gente: 22,05
Cordel Encantado: 24,87
Araguaia: 21,38
Escrito nas Estrelas: 25,83
Cama de Gato: 24,27
Paraíso: 23,08
Negócio da China: 20,88
Ciranda de Pedra: 22,00
Desejo Proibido: 20,77
Eterna Magia: 26,25
O Profeta: 31,18
Sinhá Moça: 31,30
Alma gêmea: 36,35
Como uma Onda: 24,98
Cabocla: 32,85
Chocolate com Pimenta: 35,68
Agora é que são elas: 26,28
Sabor da Paixão: 25,13
Coração de Estudante: 26,63

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