sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Malhação abandona formato com melhor temporada

Chega ao fim nesta sexta-feira mais uma temporada de Malhação, a novelinha teen criada pela Rede Globo em meados da década de 90 com o objetivo claro de atrair o público jovem e adolescente e que se tornou fenômeno de repercussão e audiência.

Mais de uma década depois, a novela sofreu por diversos desgastes, enfrentou crise de audiência, de criatividade e, em alguns momentos, nem como celeiro de novos talentos conseguia ser. Após a seqüência assustadora de temporadas com retumbante fracasso, a Rede Globo decidiu ser radical. Uma pesquisa apontou que o público de Malhação não era mais jovem, antes era das donas de casa que ficam assistindo aguardando o início da novela das 18 Horas e, por conta disso, a emissora decidiu, a partir da temporada que se inicia na próxima segunda-feira, Malhação se transforma numa espécie de novela das 17 Horas com o enfoque nas donas de casa, sem abandonar o público jovem.

E, coincidência ou não, a última temporada no formato atual, que chega ao fim nesta sexta-feira, veio para fechar com chave de ouro a novelinha teen. Emanuel Jacobina mostrou-se de extrema competência, não apenas para recuperar o público perdido nos últimos anos com as fracas temporadas, como soube contar uma história extraordinária, causando identificação do público jovem e driblando a censura, fato complicado nos dias atuais.

Se desde a temporada da saudosa Vagabanda, Malhação não conseguia mais acertar o tom, em 2011 a temporada foi impecável, tão impecável a ponto de se transformar na melhor entre todas as temporadas da produção. Mesmo que o elenco jovem não tenha conseguido se destacar - mas também não chegou a comprometer - o roteiro foi muito bem criado e desenvolvido, mesmo tendo que lidar com dois esticamentos não previstos na história.

O gancho para o último capítulo foi digno de novela do horário nobre e mostrou que Emanuel Jacobina é um autor maduro e que merece alçar novos voos na emissora, afinal, ele é responsável por fechar esta etapa da vida de Malhação recuperando a dignidade da produção

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Campanha: Um Novo Nome para Tiago Santiago

O Blog TVxTV decidiu prestar sua solidariedade e utilizar este espaço para ajudar. Existem tantos veículos que se utilizam de sua credibilidade junto a seu público para mostrar atenção a algum problema social ou até mesmo para um problema específico de uma pessoa que precisa de ajuda.

E por conta disso que estou lançando a Campanha neste espaço: "Um novo nome para o Tiago Santiago". Dono de um dos maiores egos da TV brasileira - perdendo apenas para Aguinaldo Silva - o autor que colaborou bastante para o desenvolvimento do núcleo de teledramaturgia da Rede Record e que atualmente é o principal nome das novelas do SBT demonstrou sua revolta com a audiência de Amor e Revolução por diversas vezes.

O autor já chegou a afirmar que nunca mais escreveria novela sobre política porque o telespectador brasileiro não gosta do tema, em um de seus surtos de egocentrismo foi ao twitter há um tempo afirmar sem medo de ser feliz que o fiasco de audiência de sua atual obra iria subir. Tiago Santiago disse que estava trabalhando para adequar o texto de Amor e Revolução ao gosto do telespectador e por isso acreditava na melhora dos números.

Em um dos momentos mais engraçados de 2011, Santiago afirmou categoricamente: "se o Ibope de Amor e Revolução não subir, eu mudo meu nome". Pois bem, a novela já entra em sua reta final como um dos maiores fiascos de audiência do ano, comparado apenas ao grande fiasco de A Fazenda. Com a péssima qualidade de texto, é impossível acreditar que houvesse salvação para o folhetim.

Por isso, a Campanha: "Um Novo nome para Tiago Santiago" se faz necessário, afinal, o autor precisa de apoio moral e sugestões para escolher seu próximo nome. Até porque, a tirar pelos nomes das personagens de suas novelas, a tendência é que ele piore.

E então? Qual nome você sugere?

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A etiqueta de Fina Estampa está na 25 de Março

Estreou nesta segunda-feira na Rede Globo a nova novela das 9, substituta de Insensato Coração e com o objetivo de manter a audiência ascendente no horário depois de anos de queda, Fina Estampa traz a assinatura de Aguinaldo Silva, um dos mais aclamados novelistas do público, conhecido por obras como Tieta, A Indomada e Senhora do Destino.

Uma das novelas que menos repercutiu nos últimos anos antes da estreia, o folhetim teve uma estreia um tanto quanto diferenciada do convencional, a começar pelo único break durante os quase 90 minutos em que esteve no ar - Insensato Coração apresentou dois breaks em sua estreia. O que certamente serviu para contribuir nos números de audiência.

Porém, não apenas na estratégia de breaks se viu o diferencial desta estreia. Sem dúvidas, a produção teve o primeiro capítulo mais fora do comum para o horário nos últimos anos. Um horário que sempre apostou no folhetim mais clássico e tradicional, usando e abusando de todos os elementos do drama e das inter-relações que permeiam a vida dramática de suas personagens, nunca viu tamanha ousadia ao fugir-se desse caminho numa estréia como Aguinaldo Silva fez atualmente.

Fina Estampa usou e abusou do humor pastelão, o melhor estilo popular que tenta agregar conteúdo ao humor e às caricaturas. Apresentou personagens muito bem delineados e com tamanho exagero que, certamente, fogem da realidade a que o público está acostumado. Aguinaldo Silva e sua equipe não tiveram medo de ousar ao fugir da dramaticidade e apostar todas as suas fichas no humor escrachado para conquistar a audiência do telespectador.

Ainda assim propôs uma apresentação profunda de cada uma de suas personagens, deixando claro quem é do bem e quem é do mal. Afinal, de bobo o autor não tem nada e sabe que é necessário haver identificação entre telespectador e obra para haver sucesso. De qualquer forma, é impossível analisar e apostar no sucesso ou fracasso de uma obra em sua estreia, porém, é possível ver detalhes, como a personagem Tereza Cristina (Christiane Torloni) que certamente irá cair nas graças do público, principalmente formando dupla com Crodoaldo (Marcelo Serrado) - o ator, aliás, o grande destaque da estreia.

Lília Cabral defendeu bem sua protagonista, porém é uma personagem complexa e que não é tão fácil de cair no gosto do público. A tirar pela estréia, creio que ela não agradará tão facilmente quanto o autor previu. Griselda é uma personagem sem nenhum apelo popular ou dramático e, pelo que se sabe da sinopse, a tendência é só piorar. 

De qualquer forma, Fina Estampa caminhou pela 25 de Março sem medo de ser feliz e conseguiu atingir o objetivo, fazer o público rir e se interessar pela história. Bom sinal, afinal, poucas novelas conseguem chamar a atenção. O problema é que, com um humor assim, é difícil pensar que uma novela das 9 possa sobreviver por sete meses. O jeito é esperar para ver.

Em tempo: Fina Estampa estreou com média prévia de 41 pontos. Melhor estréia no horário desde Viver a Vida

Comparativo de Audiência - 21 Horas - média geral

Média-Geral Diária de novelas das 21 Horas:


Insensato Coração: 35,81
Passione: 35,13
Viver a Vida: 35,65
Caminho das Índias: 38,60
A Favorita: 39,50
Duas Caras: 41,11
Paraíso Tropical: 42,84
Páginas da Vida: 47,10
Belíssima: 48,53
América: 49,21
Senhora do Destino: 50,49
Celebridade: 46,08
Mulheres Apaixonadas: 46,87
Esperança: 37,62
O Clone: 46,89
Porto dos Milagres: 44,55

A Fina Estampa da Expectativa


Estreará na próxima segunda, dia 22, Fina Estampa, nova novela do principal horário da Globo, o das nove. O folhetim é assinado por Aguinaldo Silva, autor que foi o responsável por Senhora do Destino, novela de maior audiência da década passada. Além disso, ainda poderemos ver o grande sonho - segundo ele mesmo disse - do novelista se concretizar: Lília Cabral e Christiane Torloni no mesmo trabalho. Lília será Griselda e Christiane, Tereza Cristina. Aquela, a heroína. Esta, a madame vilanizada.

O autor está bem animado com a sua obra. Já chegou a declarar que ele e toda sua equipe não querem nada menos que 50 pontos de audiência. Para isso, a novela terá que buscar ao máximo a identidade com o público. O "tema central": a ostentação do exterior, o fato de ninguém ser só o que parece ser. Aguinaldo disse que toda a sua trama é inspirada na sua leitura diária de jornais, revistas, etc. Se, em Duas Caras, o autor viajou um pouco e fugiu de sua proposta - ele mesmo admitiu os erros, nesta não será assim. Pelo menos não é o que parece.

Teremos histórias próximas, muito próximas da nossa realidade. Tão próximas, que parecem até clichês. Mas não. Será apenas um novelão tradicional. Teremos uma mulher que apanha do marido e que não consegue segurar a filha, que só quer saber de 'farrear'. Uma mulher que abandonou o seu próprio filho com o pai. Um marido que sumiu misteriosamente e abandonou a mulher e os filhos. Um filho que tem vergonha da mãe. Uma mãe que faz tudo pelos filhos. Uma madame chiliquenta e mimada. Um gay afetado que faria tudo pela sua patroa perua. Enfim. De tudo um pouco.

À primeira vista, parece que a novela tem grandes chances de criar uma identidade bacana com o público e se aproximar dele. Será uma obra mais leve, depois de meses pesados de Insensato Coração. Será uma novela que não contará com o Quem Matou?, que Aguinaldo - em entrevista à Veja Rio - disse odiar, mas que contará com mistérios tão intrigantes quanto (Qual o segredo de Tereza Cristina? Por que Pereirinha abandonou Griselda com os filhos?). Será, ao que parece, uma obra para amar ou odiar, sem meio termo. Ou você gosta dela e acompanha até o fim, ou não gosta e não insiste. Pronto.

No que tange ao elenco, podemos esperar boas surpresas. Apesar de algumas dificuldades enfrentadas na escalação (essa história de 'reserva de atores' dificultou bastante o processo), a novela fechou com um elenco de primeira grandeza. Lília deve brilhar na pele de Griselda, isso é uma coisa quase incontestável. Nos bastidores, o que mais se comenta é que Christiane está roubando a cena como Tereza Cristina, e Marcelo Serrado - mais um dos atores a regressar à Globo depois de um tempo na Record - parece estar impagável na pele do afetado Crô. Alexandre Nero - se mantiver a qualidade de atuação apresentada em Escrito nas Estrelas - também pode surpreender. E sua esposa na trama, que será interpretada pela sempre excelente Dira Pares, promete da mesma forma.

Os cenários parecem bem caprichados, bem como a direção. Porém, nesse quesito mais do que em qualquer outro, as chamadas e fotos promocionais podem nos enganar. Entretanto, desde agora, devo dizer que, pelo que parece, a cidade cenográfica que simulará um pedaço da Barra da Tijuca foi muito bem feita e caracterizada. A mansão que escolheram pra ser o lar de Tereza Cristina e sua família também me deixou boquiaberto de tão linda. 

Será que Aguinaldo reencontrará o tom - perdido em Duas Caras, na opinião da maioria - de se fazer uma novela que prenda o público e faça com que ele se identifique com a trama? Será que veremos Christiane Torloni no melhor papel de sua carreira? O que Lília Cabral e sua Griselda reservam para nós? E o mistérios, hein? Qual é o segredo de Tereza Cristina? O que fez com que Pereirinha fugisse e abandonasse sua família? Provavelmente, teremos essas respostas todas dentro de alguns meses - mais precisamente, quando a novela estiver se encerrando. Entretanto, na segunda-feira, já começaremos a obter algumas repostas. No momento, vamos aguardar.

Por João Paulo Belmok Napoleão

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