sexta-feira, 22 de julho de 2011

Comparativo de Audiência: 21 Horas - Média Parcial

Média-diária Parcial até o capítulo 160 das novelas das 21 Horas.


Insensato Coração: 34,98
Passione: 34,00
Viver a Vida: 34,98
Caminho das Índias: 37,16
A Favorita: 38,46
Duas Caras: 39,91
Paraíso Tropical: 42,50
Páginas da Vida: 47,39
Belíssima: 46,76
América: 47,66
Senhora do Destino: 48,65
Celebridade: 43,96
Mulheres Apaixonadas: 45,57
Esperança: 37,94
O Clone: 44,36
Porto dos Milagres: 43,45

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Estreia de A Fazenda foi bucólica

Cheia de alarde, com teasers provocativos - o estilo Rede Record de fazer televisão, como todos já se acostumaram - tentativa de mistério em torno do elenco e estratégia duvidosa de alavancar a grade de programação, a emissora estreou na noite da última terça-feira seu principal produto, o carro chefe de sustentação desde 2009. A 4ª edição do principal reality show off-Globo, A Fazenda.

Se, em um único episódio, foi impossível determinar a qualidade do elenco apresentado, afinal, em pouco mais de uma hora de exibição, não houve nada que desse sustentação a uma análise um pouco mais crítica dos participantes desta edição. Mesmo tratando-se de sub-celebridades jogadas ao esquecimento já há um bom tempo, a exceção em relação aos outros anos foi que, ao menos, a maioria do elenco escolhido trata-se de pessoas que já conseguiram grandes momentos na mídia, não sendo portanto, os "famosos desconhecidos" como vimos em outras edições.

Falando especificamente desta estreia, o que se viu no ar foi um programa bucólico. E isso não é um elogio. Este primeiro programa que serviu para apresentar ao público os peões, mostrando suas chegadas e um pouco de cada um deles foi tão modorrento que, em alguns momentos, a vontade do público certamente foi encontrar uma rede preguiçosa para deitar. Entre todas as edições, a parte de apresentação dos participantes de A Fazenda 4 certamente só não foi pior que o da Fazenda 1 - pior apresentação da História de todos os realities shows no mundo inteiro.

Além do clima lento, quase parando, os erros técnicos atrapalharam bastante o desempenho geral do programa. A impressão que se tinha em alguns momentos era de não haver nenhuma espécie de roteiro a se seguir, o que tornou o programa uma bagunça e boa parte do que foi dito não servia para nada. Brito Júnior, cada vez mais seguro de si, continua muito abaixo do que seu papel exige. O excelente jornalista começa a deixar claro que nunca será um bom apresentador de um formato assim e, sua presença, quase sempre mais atrapalha do que ajuda. Ele não consegue a química adequada junto ao elenco e muito menos ao telespectador.

Se A Fazenda 4 vai emplacar é difícil dizer. A decisão de recolocar um ex-peão foi precipitada - afinal são só 04 anos - e, claramente manipulada, ou alguém acha que a Monique Evans tem alguma chance de não ser a escolhida contra duas concorrentes que não significaram nada para o público? - mas pode ser que dê certo. Mesmo com a forte concorrência, a Globo se preparou muito para competir, o resultado pode não ser tão catastrófico para a emissora da Barra Funda. Porém, se os outros episódios forem como a estreia, o público tem uma excelente opção para dormir no sofá.

Em tempo: A Fazenda 4 estreou com 17 pontos de média, segundo a prévia, desempenho abaixo do esperado e muito abaixo dos 20 pontos de média da edição passada. Desta vez, os 20 pontos não vieram nem no pico.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A análise moderna de O Astro é equivocada

Após uma semana de exibição já começaram a surgir em vários veículos de Comunicação análises referentes a O Astro - novela das 23 horas que estreou em comemoração aos 60 anos de Teledramaturgia - e, mesmo com o sucesso absoluto de audiência e também de críticas, começou-se a observar textos completamente equivocados sobre o assunto.

Uma das principais críticas - que são poucas, diga-se - é de que a produção não trata com verossimilhança sobre os temas propostas. Além de apresentar texto maniqueísta, além de atuações exageradas e caricatas. Ora, analisar O Astro sem olhar para trás e enxergar tudo que esta obra representou na história da teledramaturgia brasileira é o principal equívoco.

O texto, de fato vem sendo maniqueísta, mas o maniqueísmo existe desde sempre e nunca serviu como base para que algo seja considerado ruim ou de pouca qualidade, ao contrário, quando bem tratado, apresenta elementos profundos de drama e que sabem manter o fio condutor de uma história aberto e vivo. Em pleno século 21 manter um roteiro sobre um "astrólogo", sobre uma família rica discutindo valores não é tarefa fácil e o maniqueísmo é o caminho que garante segurança para que o público não veja com distância essas histórias e acabe por não se interessar. A manutenção do caminho mais seguro, ao contrário, aproximou o telespectador da trama e, em apenas uma semana, envolveu o país todo nesta história.

O elenco segue muito bem. De fato, há algumas caricaturas, mas novamente analisar as caricaturas por si só mostra falta de conhecimento. Um exemplo claro disso se dá com Clô Hayala (Regina Duarte), a atriz compôs uma personagem exagerada, cheia de hipérboles faciais, mas que rapidamente caiu nas graças do público. E ela fez com maestria, pois a história dela somente seria comprada por quem assiste se ganhasse contornos de drama mexicano, já que é uma história batida e já considerada água com açúcar. Verdade seja dita, Regina Duarte está salvando a personagem.

Tudo em O Astro é assim. É preciso reconhecer que a obra de Janete Clair fez um estrondoso sucesso, mas num outro período da história brasileira. A sociedade não é mais a mesma e para recontar esta história, as caricaturas da primeira versão se faziam necessárias, tanto na atuação, quanto no roteiro. Criar um remake não é escrever a mesma história e tentar apenas mudar o período, antes disso, é saber criar metáforas da própria história e Alcides Nogueira e sua equipe vem sendo muito competentes nisso. Azar de quem não entende a amplitude desta obra.

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