sábado, 9 de abril de 2011

Ídolos continua somente entretendo

A Rede Record também teve sua estréia nesta semana. Trata-se de Ídolos, versão brasileira de um dos programas de maior audiência nos EUA, American Idol e que, no Brasil, já pertenceu ao SBT até migrar para a emissora da Barra Funda.

Como em outras edições, o que ficou claro na estreia do Reality foi a clara preocupação por parte da produção em tentar manter o que há de melhor em American Idol, porém, provocar ligeiras alterações que dê um ar tipicamente brasileiro e, com isso, incentive o telespectador a se envolver. Porque, como se sabe, em Realities Shows, a audiência só vem se o telespectador se envolver, do contrário, o fracasso é certo.

Na estreia já deu para notar que a Record vem crescendo e melhorando na produção do programa. Com maior espaço e liberdade, Rodrigo Faro incorporou o apresentador leve e despojado que vem mostrando muito talento no comando de O Melhor do Brasil e que não tinha tantas oportunidades para brilhar em Ídolos, já que quase não tinha foco sobre si.

A nova bancada de jurados em contrapartida ao que parece não compreendeu a intenção de criar uma versão tipicamente brasileira e copiou tudo dos jurados da produção original, um equívoco grave e que incomodou bastante. Luiza Possi foi tão apagada que, em alguns momentos, dava constrangimento vê-la ali. Já Marco Camargo continua sua frustrada tentativa de imitar o genial Simon Cowell, o que já passou dos limites. Única grata surpresa foi a presença de Rick Bonadio que deu show e conseguiu imprimir um estilo próprio como jurado.

Ídolos continua sendo uma excelente opção para quem gosta de entretenimento leve, de qualidade e engraçado, porém, pelo jeito, continua incapaz de produzir um ídolo musical de verdade.

Lara com Z tenta ser interessante, mas só tenta

Na onda de estreias da "fall season" brasileira com todas as novas produções estreando na Rede Globo, na última quinta-feira, na segunda faixa de shows, após a volta triunfante de A Grande Família, estreou o spin-off de Cinquentinha, Lara com Z.

Série protagonizada por Suzana Vieira e assinada por Aguinaldo Silva que prometia ainda mais ousadia do que se viu na orginal, a produção estreou cercada de mistérios sobre a história e até mesmo sobre os personagens envolvidos nos plots. E, pelo episódio inaugural, o que se viu, foi uma série que tenta a todo custo ser interessante, mas não passa da tentativa.

A começar pelo fato de que Lara já era a personagem mais desinteressante de Cinquentinha e não tinha uma história forte o suficiente para ter sua própria série. Algumas personagens oriundas da produção original também migraram para Lara com Z, mas nem elas conseguiram dar o ar juvenil que o autor se propôs a fazer. Aliás, a idéia de construir uma protagonista que mente a idade e tenta com todo o esforço não envelhecer jamais seria interessante nas mãos de uma outra atriz.

A história acabou se aproximando demais da vida real de Suzana Vieira e tirou todo o ar interessante que o texto poderia transmitir - e olha que Aguinaldo Silva nem errou tanto a mão quanto em seus últimos trabalhos - e isso sem dúvidas atrapalhou bastante o bom andamento do episódio. 

Ao que parece, Lara com Z - série com o título mais estranho e sem sentido já produzida no Brasil - já estreou sem fôlego algum e não deve contar boas histórias ao longo desta temporada. Uma pena, poderia ser interessante.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Araguaia: Quietude, calma e história firme

Foram anos tentando, mas finalmente Walter Negrão conseguiu emplacar a novela de seus sonhos no horário das 6. Autor tarimbado, de excelente texto e que imprime um ritmo leve, tranqüilo, quase parando às suas histórias. Elemento que, às vezes, pode irritar alguns, mas no horário, permite maior apuração, análise e até histórias mais saborosas e menos ágeis.

Foi sob este prisma que Araguaia foi levada ao ar na Rede Globo. Nesta sexta, quando será exibido o último capítulo daqui poucos minutos, a trama terá fechado um ciclo importante para a dramaturgia da emissora. É evidente que não foi um marco na história global, afinal, sequer conseguiu atingir a meta de audiência, mas ainda assim, além de apresentar uma história leve, rica e deliciosa, conseguiu inserir pontos importantes que não podem ser ignorados.

Graças ao folhetim que todos perceberam o talento de Walter Negrão em enriquecer histórias de uma forma diferente dos demais novelistas. Enquanto muitos buscam um tom inovador, um caráter de agilidade quase seriada, Negrão apresentou uma história densa, cheia de elementos dramatúrgicos ricos e até maniqueístas, mas sem pressa. Basicamente ele contou a história numa velocidade reduzida, exatamente como a trama exigia. Isso também, graças a ótima direção de Marcos Schechtman, excepcional condutor e que sabe captar o contexto de uma história e transformar o texto em algo visível.

Aragauaia foi responsável ainda por permitir que nomes tradicionais do cast da Globo desenvolvesse seu trabalho de forma eficaz. O desempenho de Laura Cardoso foi fundamental para que o núcleo central funcionasse e andasse muito bem. A personagem Mariquita era um elo de ligação importante para que todos do núcleo principal conseguissem funcionar, e Laura Cardoso foi mestre em compreender isso e compôr uma personagem riquíssima.

Outro nome de destaque do folhetim e que soube agarrar uma oportunidade única foi Cléo Pires. A atriz que começou meio perdida e permitindo que sua personagem ficasse um tanto quanto avoada, aos poucos, foi dando controle e compondo de maneira eficaz. Ao fim de Araguaia, Cléo Pires foi, sem dúvida, a dona da novela e conseguiu a empatia do público, da crítica e, claro, dos diretores da emissora. Ponto para ela.

Sai de cena Araguaia que, pode nunca ser lembrada como a melhor novela, mas certamente será sempre lembrada com carinho pelos telespectadores e, sem dúvida, com alguma nostalgia, afinal, em tempos em que todas as novelas buscam a agilidade, a novela foi uma fonte de descanso para o público.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Divã aposta apenas no talento de Lília Cabral

Estreou na Rede Globo na última terça-feira, na segunda linha de Shows, a série inspirada no filme, que já havia sido inspirado na peça teatral de sucesso, Divã. A produção estrelada por Lília Cabral é, talvez, um dos produtos de maior sucesso dos últimos anos, visto que são raros os produtos que conseguem se inserir nas três linguagens dramatúrgicas mais populares do país: televisão, cinema e teatro.

A peça sempre foi riquíssima por ter sido planejada para este tipo de veículo, quando produzido para o cinema, foi necessário uma série de adaptações que deixaram o roteiro um tanto quanto manco, ou seja, tendo que inserir situações que tiraram a simetria perfeita que era vista no teatro. Agora na TV, Divã deu mostras já no episódio de abertura que o roteiro está totalmente esgotado e que uma produção desta espécie, talvez, não fosse a melhor aposta.

Ao pensar num roteiro para a TV, a produção precisou fazer novos ajustes que acabaram por, mais do que o cinema fez ao tirar a simetria, deformar a obra original. O que se viu no ar não foi o mesmo produto criado originalmente, apenas uma sombra da extraordinária qualidade textual que foi apresentada para o teatro. A série não conseguiu dar a mesma dimensão e densidade que o tema exigia, porque foi necessária a chamada adaptação popular que somente prejudicou o ritmo e a qualidade da obra.

A verdadeira aposta de Divã como série concentra-se no talento de sua protagonista, Lília Cabral, que, além de ser ótima atriz, domina a personagem com rara maestria. Ela conseguiu criar clímax e anticlímax necessários para emocionar o telespectador, mas isso, não graças ao texto específico para a TV, e sim, ao seu conhecimento e domínio de uma personagem que já pode ser considerada experiente, madura e extensamente estudada. De qualquer forma, Divã aparenta não ter mais potencial para tantos episódios no ar. Uma pena.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tapas e Beijos tem estreia morna e frustrante

Existem profissionais que merecem ser respeitados em qualquer ramo de atuação. Na teledramaturgia também e, Fernanda Torres conseguiu inserir seu nome no hall das atrizes de humor respeitadas pelo público e pela crítica, principalmente por conta do excelente trabalho desenvolvido por ela em Os Normais. Outro nome que ganhou respeito nos últimos anos através de trabalhos cômicos é Andréia Beltrão, a eterna Marilda de A Grande Família.

Por conta deste respeito é que todos criaram grande expectativa para a estréia da nova série cômica da Rede Globo, que estreou na primeira faixa de seriados da última terça-feira. Tapas e Beijos  tinha tudo para funcionar, mas, ao menos na estréia, não funcionou.

O talento de Fernanda Torres e Andréia Beltrão estavam lá e eram latentes. As duas conseguiram imprimr um ritmo ágil às cenas e demonstraram terem a boa química apresentada já no especial de fim de ano. O elenco de apoio também esteve bem em todos os momentos e demonstrou segurança, fato raro quando a série tem um ou dois "donos". Normalmente, protagonistas não gostam de dividir os holofotes com o elenco de apoio, não foi o caso, todos puderam se destacar graças a dupla que deixou todos à vontade em cena.

A direção também acertou a mão e colocou ao produto o ritmo necessário para uma série cômica, praticamente uma sitcom, agilidade, cenas curtas e muito bem cortadas. Ou seja, com bom elenco e boa direção era impossível não gostar de Tapas e Beijas, mas ainda assim a estréia não conseguiu o resultado crítico esperado.

Ocorre que o texto, ao menos neste episódio inaugural, esteve bastante aquém da qualidade da produção. As piadas não foram rasas mas, em muitos casos, eram simplesmente sem graça. Em alguns pontos deu a impressão que os roteiristas se esforçaram para fazer o público rir com algo cult e, quando há o esforço para tornar algo engraçado, certamente o resultado não será bom. E não foi.

Tapas e Beijos tem potencial para se tornar uma excelente produção de humor, algo que está cada vez mais raro na programação da TV aberta brasileira, mas é preciso que os roteiristas se libertem da preocupação em fazer o público rir em todas as situações e se preocupem apenas em construir histórias e situações interessantes e engraçadas e, automaticamente, o resto vai fluir. Se continuar com um texto tão arrastado, a série será frustrante.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Amor e Revolução apresenta um protagonista: A Ditadura Militar

Estreou nesta terça-feira, no SBT, a nova novela e maior investimento em dramaturgia da emissora provavelmente nos últimos 15 anos. Com a assinatura de Tiago Santiago (A Escrava Isaura, Os Mutantes), Amor e Revolução entrou no ar com pouco mais de 15 minutos de atraso, ou seja, exatamente no momento em que Insensato Coração teve seu capítulo encerrado na Rede Globo.

É realmente difícil escrever uma crítica sobre esta novela, porque em um capítulo foi possível observar uma gama tão grande de detalhes que certamente merecem uma análise apurada e um texto melhor planejado. Contudo, como estamos falando de uma estreia, é preciso analisar apenas o conjunto geral do que foi veiculado pela emissora.

A começar pela direção, o SBT deu claros sinais de avanços nesta área. É evidente que, a tentativa de comparar esta produção com obras da concorrência torna tudo mais complicado, mas, quando comparado aos últimos trabalhos da própria emissora, há de se concordar que houve avanços significativos. O diretor Reinaldo Boury conseguiu dar um ar menos populacho e formalizar as cenas. Além disso, nota positiva para a fotografia, realmente muito boa e que conseguiu se destacar nesta estreia.

É muito complicado tentar analisar o elenco. O primeiro capítulo contou com muitas cenas cortadas e diversas passagens de tempo que impediam cenas longas e com diálogos muito amplos, assim sendo, não é possível analisar com clareza o elenco. Ainda assim, até o momento, ninguém do núcleo principal chegou a comprometer ou a se destacar, porém, o único ponto que merece menção trata-se de Patrícia de Sabrit que conseguiu compôr uma personagem bem interessante que, aparentemente, vai da futilidade fingida a participação ativa, passando pela tênue linha do sarcasmo, com muita rapidez. 

Não é fácil inserir uma novela dentro de um período histórico como se propôs fazer Tiago Santiago. Ao contrário do que boa parte dos novelistas fazem, o autor decidiu não utilizar o período de Ditadura Militar como pano de fundo para sua história, ao contrário, ele transformou o momento histórico brasileiro no verdadeiro protagonista de Amor e Revolução e, para conseguir envolver o telespectador diante de um protagonista abstrato, se fez necessário pontuar historicamente os fatos enquanto apresentava os personagens. E isso, Tiago Santiago conseguiu fazer muito bem. O golpe militar de 64 foi o grande destaque deste primeiro capítulo e envolveu o telespectador e por conta disso, merece elogios.

A bem da verdade é que Tiago Santiago se propôs a contar a História da Ditadura Militar através de uma novela e, a princípio, ele conseguiu. Objetivo atingido. Cenas fortes, reais, sem falso moralismo e que não descambaram para a apelação ou mau gosto marcaram esta estreia. Ainda assim, a marca registrada do autor esteve presente: os diálogos irreais e ruins. Frases que nunca seriam ditas por ninguém em quaisquer situações como as que foram ao ar foram mostradas numa freqüência muito grande e isso, em determinado momento, mais do que incomodou, irritou.

Amor e Revolução não conseguiu ser a estreia marcante a que se propunha, mas conseguiu mostrar uma novidade, um protagonista abstrato, a Ditadura Militar e, além disso, conseguiu mostrar histórias que poderão render, mas é preciso com urgência melhorar os diálogos e aproximá-los da realidade, pois o que dá vida a uma obra de teledramaturgia são os diálogos.

Em tempo: A estréia da novela registrou modestos 7 pontos de média com 9 de pico. O que, em tese, não significa nada, afinal, números numa estreia quase sempre não são indicador para coisa alguma.

Batendo Ponto faz o pior tipo de humor possível

Estreou no último domingo na Rede Globo, mais um seriado de comédia - como a emissora aparentemente não se cansa de investir no formato para o horário - Batendo Ponto, série idealizada por Ingrid Guimarães que também é a protagonista. O episódio piloto da atração foi exibido no final de ano, juntamente com os especiais que a emissora é acostumada a exibir neste período, sendo aprovado para a grade fixa de 2011.

Logo no início do episódio exibido no domingo, ficou claro o tipo de caminho que o produto iria seguir, aquilo que podemos chamar de "o trash do universo cômico". Ou seja, roteiristas, direção e elenco optaram pelo caminho mais fácil na tentativa de fazer o telespectador rir, ou seja, o humor raso. Piadas extremamente óbvias, sem profundidades, todas explícitas marcaram o tom desta estreia.

Há de se fazer uma observação importante. O humor escrachado não é criticado neste espaço. Exemplos não faltam de produções deste tipo e que eram extremamente felizes e de bom gostos - Sai de Baixo e Os Normais são os de maior lembrança por todos - porém, Batendo Ponto não faz isso, na verdade, apenas tenta. 

A série se esforça muito na tentativa de levar o telespectador a risada, mas o esforço é sem validade, pois todas as caras e bocas realizadas pelo elenco e todas as cores e efeitos produzidas pela direção se perdem em meio a um texto raso, tão raso, que não consegue sequer, arrancar um sorriso amarelo do telespectador.

Com uma média de 12 pontos, deixando a Globo em 2º lugar de audiência (contra 14 da Record) e, em determinados momentos, chegando ao 3º lugar perdendo também para o SBT aliado a um humor extremamente sem graça, Batendo Ponto não deve ter futuro longo nas noites de domingo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Vidas em Jogo: prontos para entrar em campo

E lá vamos nós para mais um momento “o que esperar da próxima estreia?”, que já é de hábito por aqui. Mas antes de passar para as expectativas em si, digo que este texto, assim como a produção da novela, também sofreu um atraso. Mas enfim... Vamos em frente.

Vidas em Jogo é uma novela de Cristiane Friedmann, cuja última produção exibida na Rede Record foi Chamas da Vida. Não cheguei a acompanhar esta novela com afinco, mas dos capítulos que assisti, considerei uma trama boa e que teve uma aceitação relativamente boa. Logo, Friedmann chega com créditos.

Passemos então ao plot: um grupo de amigos que habitualmente joga na loteria, em algo que é chamado de “Bolão da Amizade”, finalmente ganha o grande prêmio que abre as portas para a realização dos sonhos de cada um deles. Mas nem tudo são flores: metade do prêmio é depositado em uma poupança, e os amigos só terão acesso a essa parcela caso consigam cumprir uma determinada missão dentro de um ano. Durante este período, uma série de assassinatos começa a acontecer, acentuando os conflitos entre os amigos do começo da história.

 A parte dos assassinatos em série não é propriamente uma novidade para quem acompanha a teledramaturgia desde, no mínimo, os anos 90. Um dos maiores sucessos da história mais recente da TV, A Próxima Vítima, se pautava exatamente nessas bases. A própria Record, em 2001, também investiu – de forma bem mais modesta – em uma trama de serial killing; Tiro e Queda, lembram? Mas as semelhanças não devem ir muito além; afinal de contas, o ambiente e as circunstâncias dentro das quais a história há de se desenvolver são bem diversas do grande sucesso global.

Além da ação garantida pelos assassinatos (tiros, facadas, etc.), também haverá o que podemos chamar de “crônica social” abordando as dificuldades de recolocação no mercado de trabalho; e as histórias de amor que são comuns a todo folhetim que se preze.

Quanto ao elenco, parece estar bem equilibrado. As percas recentes no casting – vimos nomes de peso do elenco da Record migrando em massa para a Globo – foram devidamente compensadas com contratações de igual relevância; como a da atriz Betty Lago, que provavelmente estaria no elenco da próxima novela de Miguel Falabella. A princípio, poucos foram os que acreditaram na mudança de emissora, mas lá está ela, como uma das protagonistas da história, a doméstica Marizete. Mais alguns nomes que chamam a atenção: Beth Goulart, também fazendo sua estreia em produções da emissora; Simone Spoladore, com uma personagem totalmente diferente da histérica vilã de Bela, a Feia; e Lucinha Lins, cujo último trabalho na telinha foi justamente a grande vilã da última novela de Friedmann.

Cristiane Friedmann tem a missão de apresentar uma trama bem articulada, empolgante e atraente o suficiente para mais do que manter, superar o desempenho de sua antecessora Ribeirão do Tempo, que se desperirá das telas deixando para trás um registro modesto em termos de ibope (mas ainda assim, mostras de um público fiel). Ela tem as armas; resta saber se funcionarão a contento. Aguardemos as cenas da primeira semana.

Por Evana Ribeiro

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