terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Faltou equilíbrio para a estreia de Patrícia Poeta

Após a emocionante despedida de Fátima Bernardes da bancada do Jornal Nacional na noite de ontem, a expectativa do telespectador - e também da crítica - continuou, afinal, nesta noite estava prevista a estreia de sua substituta. Escolhida a dedo pela direção geral da Rede Globo, Patrícia Poeta, com muita história no jornalismo televisivo, chegou com a difícil missão de substituir uma das mais carismáticas jornalistas que a TV brasileira já viu.

Analisar uma estreia assim não é tarefa fácil, principalmente porque, um crítico que se preze, deve tentar colocar todos os elementos técnicos na balança e procurar ignorar as comparações entre as duas profissionais, tarefa quase sobre humana diante das circunstância. O público sim, este sem dúvidas vai comparar Patrícia e Fátima por um bom período, mas a crítica deve ter cuidado ao fazê-lo.

Diante disso, é preciso entender que a direção geral da terceira maior emissora do mundo e que tem o jornal mais assistido do Planeta - segundo a Revista Forbes - não está ali de brincadeira. A escolha de Patrícia Poeta para o jornal de maior credibilidade do país não foi pautada por casamento, por proximidade com a chefia, longe disso, foi pautado pelo trabalho, pelo histórico da jornalista que é uma grande profissional e que, de fato, merecia a chance.

Falando exclusivamente da estreia, foi nítido enxergar em Patrícia o nervosismo natural que uma situação de tamanha dimensão traz. Principalmente no primeiro bloco, ela não conseguiu se mostrar a vontade e, em alguns momentos, ficou claro que ela lia o telepromter, um erro grave para uma Jornal com o Padrão Globo de Qualidade.

Ainda assim, aos poucos, a apresentadora foi se soltando e dominando a situação. Por conta de tudo isso, é possível dizer que o balanço dessa estreia foi positivo e que, apesar de nervosa, Patrícia mostrou bastante potencial para escrever sua própria história na bancada do Jornal Nacional. Um erro, que não tem a ver com nervosismo, contudo, precisa ser corrigido com urgência. Ela ainda carrega traços da apresentação do Fantástico e muda de expressão facial muito rapidamente, sai da sobriedade para a alegria com muita velocidade - exigência de uma Revista Eletrônica - e num jornalístico, isso é perigoso e pode perder a credibilidade. 

Ainda assim, gostei do que vi e tenho certeza que Patrícia Poeta agradou a todos na cúpula da emissora, agora, é corrigir os erros e construir sua história, como ela vem fazendo a cada desafio profissional que aparece.

1 Quebraram tudo:

Marlon Kraupp disse...

Eu também gostei, só que ainda acho que a Renata Vasconcellos, não só merecia mais, como esta muito mais preparada.

Mas em fim, Patricia Poeta também não foi uma má escolha.

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