sexta-feira, 3 de junho de 2011

Três Anos sem A Favorita

Se há algo nesta vida em que gosto de me gabar é de minha boa memória seletiva. Quando existe alguma ocasião que me interessa, certamente vou lembrar de todos os detalhes dessa ocasião por anos e anos e sempre com o mesmo frescor, como se houvesse acontecido recentemente. E, graças a este adjetivo, lembro-me com clareza do dia em que estava em minha casa assistindo TV e fui apresentado ao primeiro teaser de lançamento da novela das 21 horas que substituiria Duas Caras.

A ideia extraordinária da produção para divulgar o folhetim me chamou tanto a atenção que foi ali que A Favorita me ganhou. Daquele momento em diante decidi que acompanharia a trama e, ao pesquisar sobre ela, descobri tratar de uma obra assinada por um novato no horário, mas que já havia me conquistado com seu trabalho anterior, Cobras e Lagartos. Mesmo assim, fiquei surpreso ao notar que João Emanuel Carneiro, tão recente como autor titular, já assumia o principal horário de telenovelas da tradicional Rede Globo.

Mas bastou a novela estrear e qualquer temor foi dissipado rapidamente. Um dos primeiro capítulos mais diferentes e mais atraentes que o mundo da teledramaturgia já viu marcou o tom daquele 02 de Junho de 2008. É bem verdade que houve preocupação com a audiência, visto que a Rede Record estava apostando alto na saga Os Mutantes e, levou ao ar o último capítulo de Caminhos do Coração no mesmo dia e horário.

Mesmo sendo exibida numa das piores - senão na pior - fase da emissora, momento em que todos os produtos do horário nobre da emissora passavam por uma crise sem precedentes, A Favorita transformou-se rapidamente na única tábua de salvação do horário nobre da emissora. Recebendo em baixa das faixas anteriores que exibiam novelas fracassadas, a trama de João Emanuel Carneiro foi conquistando o público e terminou com média geral de 40 pontos, última do horário a atingir este número.

Muito diferente de tudo que se viu, a novela mudou o formato das telenovelas, ao não apresentar mocinha ou vilã na primeira fase e, após a revelação de que Flora (Patrícia Pilar) era a grande vilã, passou a apostar nos acontecimentos, A Favorita foi a primeira novela brasileira sem barriga, o que chamou a atenção de todos na época. A história envolvente, empolgantes e que parou o país para acompanhar as maldades de Flora e a luta de Donatela (Cláudia Raia) para provar sua inocência, transformou-se nos meses em que estava em exibição numa novela impecável. E, hoje, três anos após sua estréia, não foi ao ar nada que superasse a qualidade ali vista. Se, enquanto era exibida, A Favorita era elogiada, hoje, ela faz parte do hall de preciosidades da dramaturgia nacional. 

Veja um dos momentos épicos da novela:

2 Quebraram tudo:

Gabriel Borba disse...

Bom dia Daniel

A Favorita foi boa, embora eu não compartilhe deste teu deslumbramento pela novela.
Realmente a história era muito boa, e não havia "barriga" como tu costuma dizer, o que era muito interessante, pois não dava pra ficar sem assistir um capítulo.
A perfeição só não foi atingida por pecados na escolha de protagonistas. Enquanto Patrícia Pillar arrasava como Flora, Cláudia Raia decepcionava (e muito na minha opinião) como Donatela e, não há como não falar, de Carmo Dalla Vecchia. O seu Zé Bob era horrível. Falando nisso, como ele evoluiu heim? Aquele papel em "A Cura" acho que foi um divisor de águas (para usar um clichê).

Um abraço.

P.S: O que houve com meu comentário sobre o blog?

nayara martins disse...

a favorita podia voltar a repetir ela de novo.

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