sábado, 27 de novembro de 2010

O corre-corre no SBT nesta semana

O SBT parece que decidiu. Sua direção deixa todos os grandes acontecimentos do ano no segundo semestre e sempre para acontecer de uma tijolada só. Foi assim em 2009 quando, em um único final de semana, Sílvio Santos anunciou a contratação de Eliana e Robertos Justus, assombrando a crítica televisiva pela investida do empresário sobre a Record, o que parecia improvável aquela altura do campeonato.

Em 2010 a estratégia, boa ou ruim, se repete. Vamos por partes. O primeiro grande anúncio da semana na emissora foi da nova grade noturna que, pela primeira vez em muitos anos, foi organizada de forma séria, pensando no programa seguinte e com algum tipo de estratégia lógica. É evidente que não é possível fazer qualquer tipo de afirmação sobre resultados, mas parece ser a melhor grade para o momento.

Colocar a Linha de Shows às 20h15 não chega a ser um risco, pois foi neste horário que estes programas davam os melhores resultados. Foi começando as 8 e quinze da noite que Esquadrão da Moda e Qual é o Seu Talento? conseguiram picos impressionantes de até 15 pontos da audiência. É possível que todos os programas desta linha melhorem seus números, mesmo que pouco, logo no início. Mas, a tacada realmente brilhante foi colocar o Programa do Ratinho de volta ao horário nobre, às 21h15 e sem censura. Os flashes de divulgação da volta do apresentador para o horário relembram grandes momentos dele, principalmente entre 2000 e 2001 quando alcançava o primeiro lugar de audiência beirando os 40 pontos.

E a grade faz sentido, afinal, em 2011 tem duas novelas para estrear e é possível encaixá-las sem o menor problema nesta grade. Corações Feridos pode ser colocada tranquilamente às 19h30, logo depois do SBT Brasil e Amor e Revolução entra normalmente às 22h30, substituindo Ana Raio e Zé Trovão. Se isso for realmente feito, 2011 tem tudo para ser um ano melhor para o SBT.

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E o que dizer de Luiz Bacci? O rapaz foi anunciado como novo apresentador do Boletim de Ocorrências, em novo horário, as 6 da tarde e com uma hora de duração, para no outro dia anunciar que estava trocando o SBT pela Record. Os fãs da emissora reclamaram bastante nas páginas de relacionamento, mas não compreendem que Bacci é profissional e fez uma escolha profissional. A Record ofereceu não apenas melhor salário, mas melhores condições de trabalho, afinal, o jornalismo lá é muito superior ao do SBT
Isso foi decisão técnica e bem tomada. Simples assim

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As Cariocas 1x06: "A Adúltera da Urca"

"Eu esperava que você estivesse me traindo com uma safada. E descubro que você me trai com outro safado" - Júlia

As Cariocas conseguiu o que poucas séries conseguem neste formato de episódios individuais com personagens tão diferentes uns dos outros. Criar um padrão fixo para cada história, para cada profundidade dos personagens ambientados em determinado bairro do Rio de Janeiro e, principalmente, para a licença poética que o roteiro toma posse.

Em seis episódios isso ficou quase sempre claro e, mesmo que o episódio 04 tenha sido muito abaixo da média e o 05 apenas razoável, a série utiliza-se o tempo todo da licença poética para brincar e até zombar das caricaturas espalhadas por todas as figuras femininas do Rio de Janeiro que são meio que uma lenda.

Em A Adúltera da Urca, além de uma história incrivelmente leve, com texto ágil e divertido, os telespectadores brasileiros puderam rever atuando na TV nacional Sônia Braga, uma grande atriz que pouco faz trabalhos por aqui, visto que há anos está radicada nos EUA - e faz muito sucesso por lá com participações em diversas séries de sucesso, diga-se.

O episódio foi muito bem ambientado e mostrou-nos uma esposa fiel, mas que se sentiu perseguida por um homem que ela considerou bonito, atraente, um tipo único. Sônia Braga soube compôr com elegância sua personagem Júlia e mostrou uma mulher fiel, porém insegura e com pensamentos nada puros. Ela nunca precisou dizer nada de impuro, mas suas expressões dentro do contexto falavam por si só.

Destaque também para todo o elenco que esteve muito bem. Regina Duarte quando interpreta de fato um personagem e não é apenas Regina Duarte dá gosto de vê-la na TV e este episódio foi um caso assim, ela soltou uma série de frases preconceituosas e divertidas ao longo do episódio. Dalton Vigh, mesmo sem praticamente nenhum texto, apenas uma seqüência na penúltima cena, conseguiu cumprir bem seu papel de elenco de apoio. Antônico Fagundes, como sempre, muito bem em suas funções e compôs um personagem interessante, confuso, ciumento e, sobretudo, com trejeitos divertidos.

A Adúltera da Urca corrigiu os equívocos dos últimos dois episódios e retomou a onda de grandes histórias contadas em As Cariocas, mostrando que o formato da série é muito interessante e pode ser mantido - a Globo já confirmou em 2011 a série As Paulistas - desde que as histórias sejam exploradas da forma correta, como este foi. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Com recorde de indicações, Brasil sai de mãos abanando no Emmy

Aconteceu ontem em Nova Iorque, nos EUA, a premiação da edição 2010 do Emmy Internacional, uma das maiores premiações da TV Mundial. Basicamente, o evento é igual a cerimônia do Emmy, que aconteceu há alguns meses e premiou os melhores da TV norte-americana, porém, este premia exclusivamente produções de televisão fora do território dos EUA.

O Brasil chegou muito bem ao evento, pela primeira vez indicado em 05 diferentes categorias e com status de favorito em algumas delas, o país tinha tudo para ter uma boa performance e marcar ainda mais seu nome no cenário internacional da teledramaturgia. Mas, novamente, ficou no quase. Apesar de todos reconhecerem que aparecer entre os 05 indicados nas categorias já é uma vitória, em 2010 o país não conseguiu levar para casa nenhuma estatueta.

Nas categorias em que havia brasileiros indicados, houve muita expectativa nos anúncios e sempre seguido de frustração ao anúncio do vencedor. A noite começou a indicar que não seria boa quando Helena Bonham Carter foi anunciada como a vencedora na categoria melhor atriz, derrotando Lília Cabral, atriz indicada por seu papel em Viver a Vida.

Ainda restavam 04 categorias e o telespectador brasileiro ainda tinha alguma expectativa. A segunda frustração ficou por conta da categoria "Programa Infantil" em que o vencedor foi  Shaun the Sheep e o excelente Dó Ré Mi Fábrica, especial de fim de ano da Rede Globo, não conseguiu vencer, deixando a todos decepcionados.

E a noite parecia ser interminável para os brasileiros. A categoria em que o país era mais favorito, minissérie, reservou uma surpresa, o bem produzido, bem avaliado e surpreendente Som e Fúria foi derrotado por Small Island, causando surpresa até mesmo nos presentes ao evento que esperavam uma vitória da série brasileira de Fernando Meirelles.

Ainda haviam duas categorias, mas de nada adiantou. Como melhor documentário Kuarup perdeu para Mom and the Red Bean Cake e Por toda minha Vida - Cazuza foi derrotado para The World According to Iron B. Oficialmente ninguém da Rede Globo ficou frustrado com as derrotas, pois segundo eles, somente a participação brasileira em 05 categorias mostra a força da teledramaturgia nacional, mas é óbvio que esperava-se ao menos uma vitória.

domingo, 21 de novembro de 2010

As 10 Melhores Revelações Femininas da Década

É, não é fácil conseguir arranjar tantos temas para continuar com nossa lista, tanto que semana passada, já foi necessária uma pequena mudança, mas, por essa semana, voltamos a tradicional lista de Melhores da Década. Como deixar de lembrar das atrizes que surgiram ou se consolidaram ao longo dos últimos 10 anos e foram alvos de elogios da crítica? Vamos às 10 Melhores Revelações Femininas da Década



10 - Giovana Antonelli

Ela está na TV faz tempo. Desde meados da década de 90 aparecia em pequenas participações, ainda criança. Conforme foi crescendo, conseguiu alguns pequenos papéis, como em Xica da Silva e Força de um Desejo. Seu primeiro personagem que ganhou algum destaque foi Capitu de Laços de Família, ainda na década anterior. Mas foi nesta década que conseguiu destaque. Giovana foi protagonista de um grande sucesso do principal horário global, O Clone, interpretando a linda e sensual Jade. A partir daí, somente sucessos como A Casa das Sete Mulheres, Da Cor do Pecado e Amazônia. Giovana sempre que surge na tela, recebe elogios por sua interpretação.

9 - Carolina Dieckmann

Outra atriz que está na TV desde a década passada. Como criança fez inúmeros trabalhos na TV e foi conseguindo algum destaque como em Vira-Lata e Por Amor, mas também em Laços de Família ela conseguiu seu grande papel até então. Como Camila, a atriz mostrou-se completa e preparada para integrar o elenco de estrelas da emissora. Desde então, Carolina é uma das maiores estrelas da Rede Globo, pena que escolhe tão mal seus papéis, como em Senhora do Destino, Três Irmãs e Passione. Mesmo assim, ela esteve muito bem em As Filhas da Mãe, Mulheres Apaixonadas e principalmente Cobras e Lagartos.

8 - Maria Flor

Esta sim, surgiu apenas na atual década quando, em 2003, fez seu primeiro papel na TV na novelinha teen Malhação. Logo depois, a atriz saltou diretamente para sua primeira novela, Cabocla, já como co-antagonista e deu um show. Foi em Belíssima que Maria Flor foi alvo de diversos elogios da crítica. Vivendo o papel da prostituta Taís, a atriz ganhou destaque e foi crescendo sua personagem ao longo da história, graças a sua excelente interpretação. Ela já foi também protagonista de novela, em Eterna Magia. Atualmente ela é Aline, protagonista da série homônima e que vive recebendo prêmios e elogios da crítica.

7 - Ísis Valverde

Se existe uma atriz que chegou pronta para a televisão, é ela. Em Sinhá Moça, Ísis Valverde passou boa parte do tempo sem mostrar seu rosto, dando vida a personagem Ana do Véu e, mesmo apenas com a voz, ela arrasou em sua primeira aparição na TV e conquistou o público. Em seguida, a atriz fez uma pequena ponta em Paraíso Tropical e o público a queria como personagem fixa. Mas foi em Beleza Pura, com a tresloucada Rakelli que Ísis mostrou ser uma grande atriz, sem os vícios que muitas na TV apresentam. Com elogios vindos de toda a parte, ela cresceu em sua profissão e, duas novelas depois - Caminho das Índias, como Camila e atualmente em Tititi como Marcela - ela mostra ser, mesmo nova, completa.

6 - Juliana Paes

Aparentemente esta era uma que seguiria a triste história de um rosto bonito, um corpo sensual e péssimos papéis. A atriz surgiu em Laços de Família e, desde então, seus primeiros trabalhos pouco exploravam seu talento e muito mais seu corpo, deixando-a marcada como uma atriz ruim. Foi em Pé na Jaca que Juliana Paes se livrou deste estigma e mostrou quão excelente atriz é. Sem nenhuma sensualidade, a atriz segurou a onda, conseguiu dar um show de interpretação e mostrou-se competente. A partir daí, somente interpretações seguras, firmes. Em A Favorita, ela recebeu um pequeno papel, mas foi bem e fez com que sua personagem fosse ganhando cada vez mais destaque, até ter de morrer, pois a atriz iria protagonizar a próxima novela e em Caminho das Índias como Maya, Juliana conseguiu, mesmo numa novela fraca, mostrar ter muito talento.

5 - Alinne Moraes

Uma beleza diferente, e uma voz linda. Essa foi a primeira definição a Alinne Moraes, quando ela surgiu em Coração de Estudante. Mostrando uma atuação sensível e muito fofa, ela conseguiu destaque e um papel em Mulheres Apaixonadas. Ali sim, pôde mostrar seu talento e sua capacidade de atuação, recebendo vários elogios. Depois disso, Alinne já era figurinha marcada na Globo e conseguiu ótimos papéis, inclusive, como protagonista de Como uma Onda. Após o fiasco de Bang Bang a atriz surgiu com sua primeira vilã, Sílvia, em Duas Caras e simplesmente roubou a cena por sua atuação e composição genial. Em Viver a Vida, Alinne conseguiu arrancar boa atuação numa personagem ruim e enfadonha, mostrando ter muito talento.



4 - Paola Oliveira

A bem da verdade é que Paola surgiu na TV em Metamorphosis, mas como ninguém viu esta novela que foi um fiasco, acreditemos que a atriz apareceu mesmo em Belíssima. Novela que deu a ela a grande oportunidade e ela não desperdiçou. Mesmo num papel pequeno a princípio, ela conseguiu ganhar destaque e foi crescendo na história. Depois disso, a surpresa, Paola protagonista de sua primeira novela, O Profeta, e não é que a menina bonita e aparentemente tímida arrasou como Sônia e roubou a cena? A partir daí uma sucessão de papéis no horário das 6 como Ciranda de Pedra e a vilã pérfida Verônica de Cama de Gato. Paola já estava se preparando para sua protagonista na próxima novela das 6, mas foi escalada para ser a mocinha do horário nobre e a veremos em seu primeiro grande papel no horário em Insensato Coração. Merecido.

3 - Andreia Horta

A prova de que até trabalhos ruins podem mostrar grandes talentos. Foi em Alta Estação que esta baita atriz apareceu para a TV com destaque. Antes, é verdade, Andréia já havia feito Prova de Amor e JK em papéis sem grande destaque. Depois disso, o mundo da televisão e da crítica aplaudiu - e de pé - a atriz por seu talento esplendoroso na série da HBO brasileira Alice, em que ela arrasou e demonstrou ser uma das grandes atrizes de sua geração. De volta a Record, ela fez Chamas da Vida e conseguiu ser o maior destaque do folhetim, tanto destaque, que chamou a atenção da Globo e, Horta foi convidada e deu um show em A Cura. Talento nato.

2 - Marjorie Estiano

Atriz, cantora e vilã da temporada de maior sucesso da história de Malhação. Essa é Marjorie Estiano. A primeira atriz que conseguiu ficar dois anos seguidos na novelinha, no primeiro como vilã e no segundo como mocinha, e com o mesmo papel, mostra de um talento incrível. Ao abandonar a marcante Natasha, a atriz migrou diretamente para o horário nobre, com novelas seguidas, como Páginas da Vida em que ela arrasou como Marina e, depois, já em sua primeira mocinha, Maria Paula de Duas Caras. Em Caminho das Índias, a atriz teria uma personagem menor, mas foi ganhando destaque até se tornar uma das que mais aparecia como Tônia. Marjorie é querida do público, da crítica, dos colegas e dos autores.

1 - Mariana Ximenes

É bem verdade que ela também surgiu na década de 90, mas consolidou-se nesta década e, seria impossível, que Mariana Ximenes não estivesse no topo desta lista. A atriz fez inúmeras novelas, todas sem nenhuma repercussão no início de sua carreira, como Uga Uga e A Padroeira. Mas, a partir de A Casa das Sete Mulheres, Ximenes mostrou seu talento sensacional e passou a receber convites de grandes nomes. Foi protagonista de Chocolate com Pimenta e de Cobras e Lagartos e arrasou. Ainda roubou a cena em JK e, principalmente, na novela América, quando deu vida a revoltada, e divertida, Raíssa. Em A Favorita, ela mostrou muito talento com a sofrida Lara e, mesmo sendo a personagem que mais chorava, conseguiu fugir do clichê e do melodrama. Atualmente no ar em Passione, ela é, talvez, o único grande destaque da trama ao lado de Fernanda Montenegro, o que mostra seu baita talento.

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