sábado, 2 de outubro de 2010

As 10 Melhores Séries ou Minisséries da Década

Vamos continuar nossa saga elegendo os Melhores da Década, tradicional lista que já é o Grande Sucesso do Blog em 2010. Para esta semana preparamos um tema interessante, as 10 Melhores Séries ou Minisséries da Década, produto que vem crescendo no Mercado brasileiro, graças ao interesse do público que aumentou conforme as séries americanas passaram a ser importadas. Vamos a nossa lista exclusivamente com produtos nacionais.

10 - Tudo Novo de Novo - Rede Globo

Uma das séries mais fofas que a emissora carioca já produziu. Investindo no formato americano, a série foi a primeira dramédia da TV brasileira e muito bem construída graças a um roteiro sólido e histórias muito bem amarradas que permitiam ao telespectador captar muito bem as mensagens enviadas quase sempre de forma implícita ou metafórica por parte dos produtores. Mais do que um bom roteiro, Tudo Novo de Novo contava com um elenco muito bem afinado e que permitiam ao telespectador a compreensão exata de todas as dificuldades, sofrimento e também piadas que ocorriam ao longo de cada episódio. Uma pena ter durado uma temporada só, muito disso graças a péssima escolha da Globo que jogou a série para a noite de sexta-feira.

9 - Mad Maria - Rede Globo

Produção impecável, retrato histórico impressionantemente fiel e uma série divina. Essa definição mostra o quanto a série foi boa e proveitosa como arte no melhor sentido da palavra. Um dos últimos trabalhos bem sucedidos de Benedito Ruy Barbosa, o primeiro grande destaque da produção estava na fotografia, um grande avanço quando foi ao ar. O roteiro, tradicional, manteve-se fiel no que foi possível a história e conseguiu utilizar a licença poética sem estragar tudo que conhecíamos. A população brasileira merecia conhecer a história da ferrofia e todas as dificuldades e corrupções para construí-la. O elenco esteve impecável durante todo o tempo e foi uma das poucas vezes que vimos reunidos monstros da TV como Antônio Fagundes, Tony Ramos e Juca de Oliveira.

8 - Os Normais - Rede Globo

A melhor Sitcom que a Globo já produziu e com anos-luz de vantagem a qualquer outra produção. A história de Rui e Vani, noivos que viviam como marido e mulher mas que sequer cogitavam a hipótese de casamento, tomou conta do Brasil e virou febre nacional em pouco tempo. O grande diferencial desta série não se dava apenas na narrativa, no roteiro e nas histórias em si, mas na construção das personagens que, de forma genial, funcionavam como um só personagem. Não havia Rui sem Vani e nem Vani sem Rui, os dois eram sempre um só. Ainda hoje Os Normais é tido como uma série nostálgica e que deveria voltar a grade da emissora, muito disso se deve a criatividade dos roteiristas e também ao impressionante talento da dupla de atores que criaram um universo paralelo genial.

7 - Hoje é Dia de Maria - Rede Globo

A produção mais ousada que a emissora realizou na década, disso não dá para ter nenhuma dúvida. Uma série infantil, absolutamente cult e que prezava exclusivamente pela qualidade intelectual do produto e pela qualidade artística de cada cena. Sempre utilizando metáforas complexas, citações clássicas e musicais infantis, porém cults, a série conquistou não apenas crianças, mas jovens e adultos que paravam todas as noites para ver a saga de Maria que, em determinados momentos, lembrava a história de Alice no país das maravilhas. Ponto para a Globo que teve coragem de produzir algo de tamanha qualidade sem se preocupar com a audiência e obteve grandes resultados.

6 - Presença de Anita - Rede Globo

Manoel Carlos em seu último grande momento de inspiração produziu a minissérie que chocou, mas também parou o país durante toda a sua exibição. A história, baseada num livro, foi tratada muito antes do início, como imperdível e que iria mudar os conceitos do telespectador. E a promessa foi cumprida. Com cenas ousadas, diálogos fortes - quase profanos - o roteiro esteve sempre desafiando o telespectador a prosseguir na saga da desprendida Anita. Ao contrário do que poderia acontecer, em nenhum momento a história descambou para o pornográfico ou mesquinho, ao contrário, apesar de cenas fortes, tudo sempre foi tratado com muito bom gosto no roteiro e também na direção impecável. Uma minissérie que, certamente, se tornou inesquecível para todos que puderam assistir.

5 - Força-Tarefa - Rede Globo

A série policial mais bem sucedida da TV brasileira. A princípio, a idéia da emissora era produzir uma série-documentário contando a história da polícia carioca e de seus percalços para conseguir realizar um trabalho de qualidade. Sem sucesso com essa idéia, foi encomendada então, uma história que narrasse o dia a dia de policiais da corregedoria, ou seja, o grupo que investiga os crimes cometidos pela própria polícia. Se a premissa já era interessante, com o roteiro impecável e emocionante criado ficou tudo mais atraente. A primeira temporada já havia sido divina e cheio de elementos que mantinham o público próximo, mas a segunda temporada acabou sendo impecável e se tornando memorável em todos sentidos, muito também pela atuação sensacional de Murilo Benício, o protagonista.

4 - Os Maias - Rede Globo

Maria Adelaide Amaral mostrando o quão é genial em produção de séries e minisséries. Um ano após paralisar o Brasil com a maior minissérie nacional de todos os tempos, A Muralha, a autora surgiu no primeiro ano da década com uma história super interessante, bem amarrada e capaz de produzir uma variável quase infinita de emoções nos telespectadores. Os Mais conquistou o público logo de cara e, mesmo sendo violenta, de guerra e, em determinados momentos, forte demais, em nenhum momento deixou de ter bom gosto e um texto irretocável, além de direção que sempre prezou por manter a qualidade das cenas sem exagerar ou apelar. Com um elenco também muito bem escalado, era impossível que uma produção assim não fosse sucesso, e foi.

3 - Dalva e Herivelto - Rede Globo

Série de 2010, novamente sob a batuta da incansável Maria Adelaide Amaral. Com a intenção de mostrar a história de vida de uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, Dalva de Oliveira, a emissora decidiu produzir a série e certamente não contava com o absoluto sucesso que a minissérie teria. Tanto sucesso que fez a cúpula da Globo se arrepender de ter produzido tão poucos capítulos, uma vez que o Brasil parou em Janeiro para ver a emocionante história de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Um roteiro impecável, diálogos fortes e cenas tão emocionantes que não raras as vezes levavam os telespectadores às lágrimas, o produto tornou-se um dos mais bem sucedidos de 2010 na emissora. Destaque também para o ótimo desempenho de Adriana Esteves e Fábio Assunção como protagonistas.

2 - A Cura - Rede Globo

Primeira série escrita por João Emanuel Carneiro e que, convenhamos, tem tudo para se tornar a maior série brasileira de todos os tempos. E qual o motivo, portanto, de não estar no topo? Simplesmente porque ela ainda não chegou ao fim e, com isso, é impossível saber o que pode acontecer. Mas o que se viu até agora é uma história violenta, bem contada e, principalmente, mostrando que a linha narrativa não precisa ser sempre igual para uma história fazer sucesso. Como já havia ousado em novelas, João Emanuel Carneiro inovou nas séries nacionais e vem produzindo uma verdadeira obra de arte para o telespectador brasileiro. E o elenco? Impecável do início ao fim, com todos se destacando, inclusive os novos rostos que surgiram graças a produção.

1 - A Casa das Sete Mulheres - Rede Globo

Hoje, ainda é impossível pensar em lista de melhores séries ou minisséries nacionais da década e não pensar em A Casa das Sete Mulheres no topo. A maior produção da Globo na década, contou com um elenco numeroso, mas sempre com grandes nomes e nenhum decepcionou, além de uma história impressionante. Também baseada num livro conhecido, a série ousou, inovou, mostrou diversas histórias paralelas - o que minisséries não costumam fazer - apresentou uma gama impressionante de personagens complexos, cheios de histórias para contar e fez com que o telespectador se apaixonasse imediatamente pela produção que é lembrada com carinho por praticamente todos os brasileiros. É impossível pensar que A Casa das Sete Mulheres não seja um dos produtos mais queridos do telespectador brasileiro na década, e isso incluindo todas as categorias de produtos da dramaturgia nacional.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Globo dá uma aula de como se fazer Debates

Fechando o ciclo da Campanha Eleitoral 2010, a Rede Globo realizou na última quinta-feira, 30, o último Debate Eleitoral para que os Presidenciáveis pudessen discutir os assuntos mais importantes que estão na pauta da democracia brasileira neste momento tão importante para toda a sociedade que precisa escolher com cuidado o seu comandante nos próximos 04 anos.

Independente de quem nós apoiemos nesta Campanha e, esquecendo-se de nossos votos neste domingo de eleição, focando-nos apenas na estrutura do Debate, ficou provado que no Brasil, apenas uma emissora é capaz de produzir um debate sério, com qualidade e focado apenas na discussão saudável e justa por parte dos candidatos, e esta emissora atende pelo nome de Rede Globo.

Enquanto todos os outros debates ocorreram sob um clima desnecessário de tensão, com equívocos gritantes por parte da produção, como o da Record, uma sucessão de erros, a Globo mostrou o motivo de estar entre as 04 maiores emissoras de TV do Planeta e justificou a crença de que, ao menos atualmente, é impossível que uma emissora concorrente tente se aproximar dela.

A começar pelas regras, claras, muito bem estabelecidas e que não privilegiavam nenhum candidato, além de não serem subjetivas. O grande problema de regras para este tipo de programa é que elas não estejam claras e caibam dupla interpretação. Não foi o que aconteceu. Além disso, o poder estrutural da emissora foi impressionante, sem falhas técnicas ou erros graves, o debate foi extremamente proveitoso para o telespectador.

O mediador, um dos principais jornalistas do país, William Bonner, deu um show a parte. Discreto, quase invisível, em nenhum momento ele quis aparecer mais que os candidatos, quem de fato deveriam ser notados. Educado, tranquilo e, com a ponta de alegria necessária para deixar todos os envolvidos a vontade, Bonner conduziu com maestria o único debate de fato da TV brasileira. A Globo colocou a concorrência numa banquinho e ensinou como se produz um debate.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Fazenda 03 e a estreia promissora

Estreou ontem pela Rede Record a terceira edição de um dos Realities Shows mais badalados do Brasil, A Fazenda. O programa que chamou a atenção do telespectador brasileiro em sua primeira edição, devido a semelhança de formato com o Big Brother, mas com algumas diferenças fundamentais e que, de cara, atraíram o público, mas na segunda edição, por total erro de estratégia da cúpula da emissora, passou desapercebida por praticamente todos.

Ao contrário deste problema, a terceira edição começou com ótimas impressões iniciais. A direção do programa consertou todos os equívocos - uns graves outros nem tantos - que marcaram as edições anteriores e atrapalharam significativamente o andamento. A começar pela decoração do local, muito mais clean e que, em nenhum momento, agride as vistas do telespectador. Soa muito mais interessante olhar para o ambiente da casa do que ocorria anteriormente e isso é um ponto positivo.

Pelo menos nesta estreia, o principal acerto foi mesmo na edição do programa. Como os peões já chegaram na fazenda um dia antes do programa estrear, neste primeiro dia já vimos cenas editadas pela equipe do programa. E foi tudo feito com bom gosto, escolhendo sempre as cenas e câmeras mais interessantes para o telespectador, coisa que não ocorria em nenhuma edição. Se mantiver a mão boa na edição das cenas, o programa tem tudo para deslanchar.

Sobre o elenco escolhido, é cedo para falar algo. A vantagem de terem escolhido sub-celebridades mais conhecidas já é um começo. Apesar de a maioria estar longe da mídia há bastante tempo, ao menos os nomes são conhecidos do grande público e isso ajuda bastante. Se vai funcionar e essas pessoas criarão conflitos que chamem a atenção, somente o tempo e a boa direção responderá. Enquanto isso, o único ponto baixo segue sendo o apresentador Brito Júnior que, em três edições saiu de um jornalista tímido, passou por um apresentador ranzinza até chegar nesta edição a um animador pastelão-colorido. Sua forma alegre demais deu vergonha alheia em alguns momentos.

De qualquer forma o primeiro balanço de A Fazenda 3 é muito positivo e, ao que tudo indica, o Reality tem tudo para aquecer a briga pela audiência no horário. Na estréia, o programa liderou contra o Debate de Governadores promovido pela Rede Globo.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Araguaia tem estreia lenta, mas deve agradar

Estreou na última segunda-feira a nova novela das seis da Rede Globo, Araguaia. A trama assinada pelo experiente autor Walter Negrão (Como uma Onda) tem um objetivo muito claro: superar as dificuldades que uma novela do horário enfrenta no final de ano, como Horário de Verão, festas de fim de ano, férias e Carnaval e, ainda assim, conseguir números significativos de audiência.

Este desafio se torna ainda mais complexos quando se olha para trás e nota-se a dificuldade que os folhetins do horário vem enfrentando quando o assunto é audiência. Mesmo que as últimas tenham conseguido - com dificuldade, diga-se - atingir a nova meta de 25 pontos de média determinada pela emissora, conquistar números significativos e de destaque não tem sido tão comum (basta notar que a maior audiência de Escrito nas Estrelas e Cama de Gato foi de apenas 33 pontos e num único capítulo).

Com tantos objetivos e dificuldades, assim estreou Araguaia, uma história que se aproxima bastante do estilo anos 80 de se fazer telenovelas para o horário e resgata a magia, o misticismo inocente, as histórias de amor arrebatador, mas principalmente, resgata o "arroz com feijão" do formato. Não a toa desde as chamadas já começaram as comparações com Paraíso, novela exibida há pouco tempo também no horário das 6.

Walter Negrão fez tudo neste primeiro capítulo, menos ousar em seu texto. Extremamente tradicional, a estreia do folhetim não trouxe grandes emoções, mas serviu para apresentar com tranqüilidade cada personagem - entre os mais importantes - e principalmente cada história a ser contada nos diferentes núcleos. Quem assistiu não teve dúvidas do caráter e da personalidade de cada um dos que já apareceram e começaram a destrinchar suas histórias na tela.

Num ritmo que faria inveja a mais lenta das tartarugas, Araguaia mostrou que não tem pressa para contar sua história, que não haverá agilidade, muito menos falas rápidas e cortes precisos na cena, ao contrário, tudo é muito longo, visão panorâmica de paisagens bucólicas, textos longos, cenas que as vezes dão a impressão de serem infinitas deram o tom deste primeiro capítulo. Em tempos em que o telespectador clama por velocidade, tudo isso pode soar ruim, mas não é, a lentidão não é algo necessariamente ruim quando se há boa história.

O único destaque desta estreia foi o trabalho de Regina Duarte que, mesmo sem ter textos, mostrou uma composição primorosa de sua personagem e chamou a atenção de todos apenas por sua forma de olhar. O destaque fora do elenco foi a direção que conseguiu dar a trama o ritmo que o texto pedia, principalmente com o enquadramento das cenas e as visões panorâmicas lindas, souberam aproveitar o ambiente. Com tudo isso, mesmo sendo lenta, monótona e, até modorrenta, Araguaia parece ter uma boa história e, se tiver, vai agradar.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O péssimo debate da Record

Eu havia proposto para mim mesmo ignorar neste espaço todo e qualquer evento político que acontecesse na TV aberta do Brasil, pelo simples fato de tentar separar muito bem o blog - que é um espaço para críticas - de influências e campanhas para determinados candidatos que possam vir a me agradar. Manter a isenção neste tipo de momento só é possível se for acompanhado do silêncio.

Porém, é impossível deixar de comentar o que aconteceu durante a exibição do Debate dos Presidenciáveis promovido pela Rede Record no último domingo. A emissora que tenta a todo custo passar uma imagem de "TV de primeira" e, em determinados momentos, insiste em afirmar aos quatro ventos, possuir uma estrutura semelhante e até superior a Rede Globo, teve uma grande prova de fogo na cobertura das Eleições, ao realizar o primeiro grande Debate.

Infelizmente, tudo foi equivocado, desde o formato até a direção do evento em si. A escolha pela metodologia das perguntras/respostas foi tão equivocada que obrigava candidatos a improvisarem perguntas pelo simples fato de não poderem perguntar a quem gostariam. Como a maior parte dos candidatos cometeu esta gafe, é provável que a direção não tenha informado os assessores sobre a forma correta das regras do debate.

Colocar jornalistas da emissora para perguntarem a determinados candidatos com comentários de outro foi uma das atitudes mais abomináveis que um veículo de TV poderia fazer. Qualquer jornalista tem o direito de perguntar e questionar candidatos, porém, ao pré-determinar que outro concorrente faça comentários sobre a respostas é procurar confusão e tentar controlar o próprio debate. A direção do evento deveria pensar que eleição não é um Reality Show e tomar cuidado com isso. Jornalismo não é show e não deve ser tratado como tal, principalmente num evento como este. Editado: Soube que a direção da BAND utilizou do mesmo expediente em seu debate, portanto, o erro passa a ser de duas emissoras.

Mesmo com tantos erros, nada foi pior do que a escolha do mediador. Celso de Freitas estava insuportável a frente do Debate. Sem o menor senso de boa educação e bons modos, ele interrompia a todo momento os candidatos e sempre de forma grosseira. É bem verdade que é preciso respeitar os tempos, mas a boa educação, um "com licença" dito de forma gentil, cabe em qualquer ambiente. A impressão que se tinha era de que o jornalista estava mais nervoso que todos os candidatos. Enquanto isso, a competentíssima jornalista Ana Paula Padrão estava mal aproveitada. Pena.

Uma emissora do porte da Record não pode se dar ao luxo de produzir um debate com qualidade tão duvidosa, inclusive com erros graves na parte técnica, microfones dando interferência, erros nos cronômetros e má interpretação das regras. O que poderia ser um avanço para a emissora em cobertura de eleições acabou sendo um retrocesso, pois em qualidade, o Debate da Record ficou atrás do Debate da Rede TV!


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