sábado, 24 de abril de 2010

Vildomar Batista deve ser o novo diretor geral do Programa do Gugu

Cresceu com muita força nas últimas horas a possibilidade de Vildomar Batista assumir a direção geral do Programa do Gugu. Essa é a vontade de muitos nomes da cúpula da Rede Record e, aparentemente, mesmo que o dominical consiga ficar na vice-liderança nos próximos domingos, essa mudança irá se concretizar de qualquer forma.

A alta direção da emissora acredita que Homero Salles é muito bom para dirigir pessoalmente alguns quadros, mas não está se acertando na direção geral do Programa. Há inúmeras reclamações de funcionários sobre a pressão que Homero vem colocando em toda a equipe na busca por novos quadros, novos assuntos e críticas pesadas para todos. Segundo estes funcionários, Homero nunca elogia e está obstinado em conseguir colocar o programa em segundo lugar com folga e, sem conseguir resultados, desconta em toda a sua equipe, alegando que a culpa são dos funcionários que não teriam competência para trabalhar ao seu lado e ao lado de Gugu.

A Rede Record está de olho neste comportamento e não é de hoje. A demissão de um produtor do quadro Sonhar mais um Sonho explodiu como a primeira bomba e muitas outras podem vir nos próximos dias, pois a equipe do Programa do Gugu alega que o clima está insuportável. Gugu, sempre muito equilibrado, continua fazendo seu trabalho e nunca dá sinais de insatisfação com a equipe, porém ele defende Homero e não gostaria de perder o diretor.

A solução para não desagradar o apresentador seria colocar Homero como diretor de alguns quadros e levar Vildomar Batista ao posto de diretor geral da atração. A cúpula da emissora acredita que ele é o nome que irá solucionar o problema do Programa do Gugu. Vildomar já teria, inclusive, sido consultado e não teria problema em assumir a atração, porém, ele gostaria que Gugu e Domingo Espetacular invertessem os horários. Para ele, Gugu disputando com Eliana e com o Domingão do Faustão ele teria grandes chances de ir bem.

Parte da direção da Record também acredita nisso e apóia a mudança, já com Vildomar assumindo a função, porém, os nomes fortes da emissora, principalmente Marcelo Caetano, diretor de Programação, acha arriscado colocar o Domingo Espetacular, que lidera no horário, para bater de frente com o Fantástico neste momento em que a revista eletrônica da Rede Globo está em sua melhor fase em muito tempo. Os próximos dias irão definir o destino do Programa do Gugu na emissora.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sistema anti-hacker do Ibope vai dificultar liberação de Real Time

Como este blog publicou em 1ª mão, o Ibope já começou seus procedimentos para impedir a divulgação exaustiva de números do Real Time da audiência da TV aberta do Brasil. O TVxTV publicou que isso ocorreria e que o Instituto já havia bloqueado, inclusive, algumas contas há quase um mês e fizemos isso em primeira mão.

Na época, a notícia caiu como uma bomba e muitas pessoas detentoras dos RT's tentaram a todo custo desmentir e diminuir a informação, alguns chegaram a afirmar que "não há fontes confiáveis para se acreditar nisso". Agora, a notícia é dada pela grande mídia nacional e, inclusive, está disponível no Blog do Daniel Castro, colunista do R7 e jornalista respeitado no meio da Televisão.

Segundo Daniel Castro, o Ibope criou um sistema de transmissão de dados de audiência que seja à prova de hackers. Isto porque os números do Real Time (audiência minuto a minuto nas principais Praças do Brasil) estão sendo divulgados à exaustão na Internet por diversos Fóruns e Sites de Relacionamentos, sendo copiados por uma gama assustadora de blogs que passaram a sobreviver principalmente desse tipo de informação sigilosa e que deveria ser exclusiva dos assinantes do Instituto.

Segundo informações do jornalista e que o TVxTV já havia divulgado com exclusividade, o alvo principal deste novo sistema é barrar estes jovens que conseguem de alguma forma driblar o sistema da verificação minuto a minuto de audiência pelo Ibope e divulgam a informação. Este sistema irá também identificar invasores e contas hackeadas, assim muitas contas serão canceladas nas próximas semanas.

Esta é uma postura polêmica. Muitas pessoas não concordam que o Ibope "esconda" os números do Real Times sob a alegação de que "quem não deve, não teme". Porém, o Instituto já explicou que estes números não podem ser divulgados como reais porque eles não apresentam a amostra de medição e, portanto, nem sempre são reais. A divulgação é permitida dos dados consolidados, que são liberados no outro dia.

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Viver a Vida criou um novo modelo para a TV: a anti-novela

Em 14 de setembro de 2009 entrava no ar mais uma novela do principal horário da Rede Globo. Escrita pelo consagrado autor Manoel Carlos, Viver a Vida vinha com o objetivo de recuperar a média de audiência do horário, já que a antecessora, Caminho das Índias fechou sua média geral com apenas 39 pontos. Porém, mesmo antes da estréia, este blog já dizia que o folhetim seria um fiasco. E foi.

Ainda falta um mês para a novela acabar, é bem verdade, mas no sentido literal apenas, porque no conceito do telespectador e da crítica, Viver a Vida já acabou faz tempo. Para os que acreditaram que Manoel Carlos pudesse fazer um bom trabalho e deram uma chance à trama, ela acabou em uma semana, no máximo dez dias, quando o público desistiu ao perceber que não havia história, não haviam personagens que cativassem alguém, não haviam tramas e sub-tramas, não haviam vilanias. Não havia absolutamente nada.

Todo autor, aliás, todo profissional em determinado momento de sua carreira comete um erro, isso é normal. Portanto, todo novelista, ou quase, tem em seu currículo algum trabalho abaixo da média e que recebeu críticas, mesmo assim nada se compara a Viver a Vida. Novelas ruins e que foram muito criticadas, inclusive neste espaço, como Caminho das Índias, ao menos tinham uma história, boa ou ruim, mas tinha algo para acontecer, tinha uma linha narrativa, tinha ganchos, ou seja, era uma novela.

Em Viver a Vida, o autor, ao que parece, tentou criar um novo modelo de se fazer novelas na TV brasileira e mundial. Juntar uma série de personagens que se conhecem de alguma forma e deixá-los viver o cotidiano, como se eles fossem reais. De longe, esta definição parece mesmo a de um folhetim, mas nem está perto disso. Pelo simples fato de que as personagens criadas não são interessantes. São pessoas que não têm uma história que faça alguém ter interesse por elas. Na trama todo mundo acorda, toma café, sai com os amigos, ri um pouco, volta pra casa, janta e vai dormir. Não há história, não há ganchos, não há expectativa, não há nada. A trama das 8 global pode ser chamada sem nenhum medo de errar de anti-novela.

A única história que em determinado momento aconteceu foi a de Luciana (Alinne Moraes). Seu acidente, sua tetraplegia em algum momento perdido da trama chamaram a atenção. Mas novamente, sem condução de roteiro, a história se perdeu e virou boboca, sem importância só mostrando cotidiano e cotidiano.

Setembro parece um mês tão distante. Parece que faz anos a estréia da novela mais modorrenta da história da TV Globo. Mas há esperança, mesmo sabendo que os dias continuarão se arrastando, está acabando. Em 14 de Maio chega ao fim Viver a Vida e, ao que parece, voltaremos a ter uma novela de verdade no horário nobre. Enquanto isso, vamos aproveitar esses dias para dormir mais cedo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Produção de Sansão e Dalila parece já ter começado errado

A Rede Record mal começou a pré-produção da próxima série e já dá mostras de cometer os mesmos erros do passado com A História de Ester. A próxima série, Sansão e Dalila, também é bíblica e deve contar com a tal "licença poética", ou seja, adaptação da história para torná-la mais dramatúrgia possível. O problema é que se a adaptação for como foi na passada, vamos todos fugir para as montanhas.

Os primeiros indícios de que virão problemas em Sansão e Dalila se deu com a divulgação da mídia do primeiro nome que irá compor o elenco da história bíblica. Mel Lisboa, recém contratada da Record e que construiu sua carreira nesta década na concorrente, Rede Globo, é o nome mais cotado, de acordo com a mídia paulista, para interpretar Dalila, personagem central da trama.

Não é que Mel Lisboa seja uma má atriz (nem boa, já que não deu provas de ser tão talentosa), mas a Record apostou na moça para seu elenco fixo, certamente investiu pesado oferecendo um bom salário para que a atriz aceitasse deixar a Globo e já começa com uma escalação muito infeliz. Mel Lisboa carrega um forte estigma em sua carreira e ele atende por Anita, sua primeira personagem na TV, na minissérie global de Manoel Carlos, Presença de Anita

Essa personagem teve tamanha força, sensualidade e feitiço que os telespectadores jamais conseguiram tirá-la da cabeça, e por muito tempo a atriz e a personagem se misturaram no imaginário popular que sequer conseguiam diferenciá-la, não eram raras as vezes que as pessoas se referiam a atriz como a Anita.

Se com toda a estrutura de dramaturgia que a platinada possui, Mel jamais conseguiu se desvencilhar completamente da personagem, não será tarefa fácil na Record. E aí, em seu primeiro trabalho, entregam a moça uma personagem com incríveis semelhanças com Anita. Dalila provavelmente só não era uma mocinha muito mais nova que Sansão, mas foi através da sensualidade, da força de personalidade e de seu feitiço como pessoa que ela conseguiu fazer do herói bíblico o que ela quis, exatamente o que Anita fez na série.

Um erro grave porque trata-se da personagem central da série e eu espero que seja apenas boato da mídia, porque se for verdade, Sansão e Dalila já começou errado e, provavelmente, vai ter o mesmo desenrolar melancólico que teve A História de Ester. Será que a Record nunca aprende com os erros?

A Rede TV! tem público?

Com o feriado da última quarta-feira, aproveitei e passei praticamente o dia todo sem sair de casa. Queria descansar e colocar algumas coisas em ordem, e com isso tive a oportunidade de ver bastante TV. Mesmo preferindo mil vezes a TV a Cabo à TV aberta, em alguns momentos zapeei pelos canais abertos do Brasil e acabei me fazendo esta pergunta do título.

É impressionante a quantidade de programas que a Rede TV! tem e que muitas pessoas desconhecem simplesmente porque não sintonizam a emissora nunca ou quase nunca. Exceção feita a um ou outro programa, ninguém assiste ao canal todos os dias, o que significa que a Rede TV! é uma emissora sem público fiel, o que mostra como ela entrou em declínio após aparecer muito bem no Mercado logo quando foi criada e fez muito sucesso, principalmente entre os jovens.

Mas se a emissora não tem público cativo como ela consegue alguma audiência? Claramente é através do que chamamos de "zapear", ou seja, quando não há algo de interessante em outras emissoras e o telespectador começa a trocar de canal em busca de opções. Normalmente a audiência fica na Rede TV! quando algum de seus programas está explorando alguma polêmica, tragédia ou assunto que já foi abordado e os apresentadores aproveitam para falar disso até que não haja mais nada para ser dito, ou seja, até deixar o telespectador exausto tamanha a repetição.

Um canal com tamanho potencial que realmente tinha tudo para engrenar se perdeu com o tempo e não há atualmente um único programa que se salve para que o público possa dizer: "Este eu assisto diariamente porque vale a pena". Nada ali vale a pena todos os dias, a única coisa que se pode fazer é assistir um programa aqui, outro ali em algumas oportunidades e principalmente quando estamos procurando aquele tipo de entretenimento que não exige nada de nossa mente, apenas que fiquemos ali, sentados diante da TV, passivos, rindo sem fazer esforço algum - e normalmente da tragédia alheia, como praticamente todos gostam.

A direção da emissora prometeu mudanças para 2010 e foi ousada, disse que brigaria com a BAND pelo 4º lugar de audiência. Algumas estréias já começaram, outras ainda virão, mas até agora nada chamou a atenção ao ponto de prender o telespectador. Aliás, muita coisa ali espanta o grande público. É uma pena.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Record dá provas de ser da IURD e merece perder concessão

Durante mais de uma semana a Rede Record divulgou amplamente o "Dia D", evento organizado pela Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, proprietário também da emissora. O evento reuniu milhões de pessoas em diversas cidades de todo o país e, segundo a grade da Record divulgada pela própria emissora ao longo da semana, nesta quarta-feira, dia D, o evento seria transmitido ao vivo das 14h30 às 17h00.

Com um começo assustador no quesito audiência e deixando a Rede Record no sétimo - sim SÉTIMO - lugar de audiência, a cúpula decidiu simplesmente cortar a transmissão e colocar no ar um episódio de Todo Mundo Odeia o Chris. Um ato arbitrário que desrespeitou o pequeno público que estava assistindo a programação.

O erro estratégico já começou em permitir que entrasse na grade vespertina um programa religioso. Outras emissoras vendem seu horário, mas quem diz que chegará a liderança não pode sequer cogitar ter um religioso em sua grade no meio da tarde, isso é de uma bizarrice sem tamanho. Evidentemente não haveria audiência, apesar de certamente haver faturamento.

Mas isso nem é o mais grave. A cúpula da Record já cansou de dizer que não existe nenhuma ligação entre a emissora e a IURD. O que se viu foi justamente o contrário, Edir Macedo deu provas que quem manda na Record é a Igreja. Se não é, a Igreja deveria ter comprado o horário das 14h30 às 17hh0 para poder colocar o Dia D no ar. Se comprou, qual a explicação para cortar abruptamente uma transmissão paga? É evidente que a IURD manda e desmanda na Record.

Essa é a prova que faltava e se o Brasil fosse um país minimamente sério o Ministério Público deveria abrir uma investigação e a Anatel deveria tirar a concessão da Record de Edir Macedo e da Igreja Universal do Reino de Deus, já que igrejas não podem comandar emissoras da TV no Brasil. Explique-se Record.

Força-Tarefa: Os Justiceiros - parte 2

Este texto contém spoilers sobre o 2º episódio da 2ª temporada e pode ser prejudicial a quem ainda não viu, se for o seu caso, evite o post.

Se a primeira parte do episódio de Força-Tarefa já havia sido de tirar o fôlego e um dos melhores episódios já produzidos na TV brasileira, a continuação, exibida nesta última terça-feira não deixou por menos e fechou a complexa história e cheia de meandros de forma muito interessante, surpreendente e, como quase sempre, sem propriamente um final feliz.

Ainda tentando provar sua inocência, o tenente Wilson (Murilo Benício) chegou a identidade do assassino dos policiais corruptos, era seu colega Genival, que também trabalhava na Corregedoria. Mas Genival não matava os policiais por matar, nem para incriminar Wilson, ele tinha um objetivo muito "maior", uma missão, algo organizado. Ele fazia parte de um grupo de policiais inconformado com a corrupção na polícia e, que juntos, decidiram fazer justiça com as próprias mãos, limpando a corporação deste tipo de policial, matando-os.

Tenente Wilson, inclusive, foi convidado a participar do grupo e esteve presente na reunião em que havia a orientação para dar cabo com a vida de um capitão, que havia sido flagrado negociando com traficantes de uma favela. Mesmo sendo frontalmente contra o Grupo de Extermínio montado pelo própria polícia, Wilson não se manifestou, pois tinha um grande carinho por Genival e queria ajudá-lo a enxergar o erro. "Será que vocês não entendem que fazendo isso estão se tornando tão criminosos quanto eles?" essa frase de Wilson mostra claramente a honestidade e o equilíbrio de uma personagem complexa, muito estruturada e bem estabelecida por Murilo Benício, melhor ator de 2010 até o momento e também a impressionante qualidade do roteiro.

Neste ínterin, o tenente se reecontra com a namorada, Jaqueline (Fabiula Nascimento) que já está grávida de alguns meses e com barriga. Jaqueline começa a sentir os problemas de uma gravidez de risco e toda a situação do namorado a deixa ainda mais nervosa e coloca em risco a sua vida e a da criança. Isso é suficiente para reaproximá-la de Wilson.

O desfecho do episódio é espetacular. O Grupo de Extermínio mata o tal capitão corrupto para, só depois do crime descobrirem que ele não era corrupto, o que deixou muitos policiais do grupo sem saber o que pensar. O líder do grupo considerou o tal capitão assassinado como um "mártir", um erro que acontece em toda revolução, porém dois entre o grupo não concordaram e quiseram sair, o líder então os ameaçou de morte.

Foi aí que Wilson e a equipe da corregedoria entraram em ação, invadindo o local, após o tenente que estava na reunião, atirar no líder, e deram voz de prisão a todo o grupo. Porém, quando o tenente atirou, o líder do grupo também, e atingiu Genival que não resistiu e morreu. Mostrando um desfecho surpreendente para um episódio complexo, muito bem escrito, e fechando todas as lacunas, ligando os pontos e tornando "Os Justiceiros" o melhor episódio de Força-Tarefa e também o melhor episódio entre as séries brasileiras.

Além de Murilo Benício, o grande destaque deste episódio, é preciso frisar, foi Fabiula Nascimento que roubou a cena em suas aparições, mostrando maturidade e compondo Jaqueline exatamente como era necessária, deixando o público na torcida para que dê tudo certo para o casal. E isso não é tarefa fácil para uma personagem fazer em uma série policial. Parabéns a ela e a toda a equipe. E fiquemos felizes, o Brasil é capaz de produzir uma série policial tão interessante quanto as estrangeiras.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Selton Mello pode voltar a Rede Globo após 03 anos longe da TV

Após dizer sucessivos e sonoros "não" a Rede Globo, comenta-se nos bastidores da emissora que é quase certa a volta de Selton Mello para o banco de atores globais em 2010. Mesmo que não seja da forma como a cúpula da principal emissora do país gostaria, mas já é um avanço, visto que Selton sempre disse para quem quisesse ouvir que não tinha mais interesse em trabalhar na televisão, ao menos não no formato atual.

Após solidificar sua carreira na televisão na própria Globo com novelas, séries e minisséries, o ator passou a se dedicar ao teatro e posteriormente ao cinema, com grandes filmes em seu currículo e já começando a ter reconhecimento internacional por seu trabalho. Selton nunca escondeu de ninguém que seu sonho é ser ator de cinema e que considera esta uma forma mais prazerosa de atuar, sem o sofrimento que uma novela produz. Por isso ele não renovou contrato com a Rede Globo e optou por recusar todos os convites.

Mas ao que tudo indica, a distância das telinhas está chegando ao fim. O ator sempre afirmou que para aceitar um trabalho na televisão, teria de ser um projeto muito interessante, o que parece finalmente ter acontecido. Selton Mello está em negociações avançadas com a emissora para participar de uma série no segundo semestre. 

A Cura é um projeto de João Emanuel Carneiro (autor de Da Cor do Pecado e A Favorita) e o autor já mostrou o interesse em ter Selton Melo como protagonista. A história é espiritualista e vai contar a história de um médico que tem poderes para curar doenças através da espiritualidade. Ao que parece, Selton aprovou o projeto e está bastante interessado em participar da série. A última participação fixa de Selton na televisão foi em 2007 na série O Sistema, antes, ele havia feito Os Aspones em 2004. Fica a torcida para que ele aceite, pois a TV brasileira precisa de atores do talento de Selton Mello.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Parece mentira, mas Eliana é o problema do SBT nos domingos

Contratada de forma surpreendente e para ser a substituta do Gugu nos domingos do SBT, Eliana chegou a emissora com muita pompa e com uma proposta diferente. Dizer não a apelação, dizer não a pressão por audiência e o baixo nível dos quadros em busca desenfreada de público e assumir uma proposta buscando o entretenimento de qualidade para a família, principal alvo dos programas dominicais.

Em princípio o resultado foi interessante, Eliana conseguia excelente audiência, chegando a 13 pontos de média e não rara as vezes liderava a audiência. O seu programa liderou contra a 1ª para do Faustão, contra a 2ª parte e também contra o futebol. Os picos de Eliana eram assombrosos para os padrões do SBT naquele momento e parecia improvável acontecer qualquer alteração. A impressão que se tinha era de que Sílvio Santos tinha acertado na mosca e a moça se tornara a dona dos domingos.

Mas bastou um erro de estratégia para o castelo desmoronar. Em dezembro, com as férias da apresentadora, a produção decidiu reprisar os programas que já haviam ido ao ar. Mas o programa era novo, tinha começado em agosto, e com quadros repetidos com exibições tão próximas, o público se afastou e não mais voltou. Depois de sofrer vergonhosas derrotas, Eliana voltou de férias e conseguiu melhorar significativamente  sempre disputando a vice-liderança com a Record.

Atualmente é isso que acontece, o programa sofre para tentar conseguir ser vice-líder, atingir picos de 10, 11 pontos e médias sempre entre 7 e 9 pontos, muito abaixo dos impressionantes números de seus primeiros meses. É impossível acreditar que o problema dela seja o mesmo de Gugu, ao contrário, Eliana apresenta um programa de uma qualidade poucas vezes visto na história da TV aberta brasileira. Programa de auditório que desafia o padrão atual, inova e mostra qualidade no entretenimento.

Ainda assim, já passou da hora da produção começar a se preocupar. Definitivamente a competente apresentadora não foi contratada para ficar em terceiro e as vezes em segundo lugar na preferência do público no horário. E muito menos para ficar numa vergonhosa 4ª colocação como aconteceu neste domingo. Nem de longe a situação de Eliana é como a de Ana Hickman, que conseguiu média de 5,5 pontos na prévia com 4h30 de programa e enfrentando o futebol por apenas 1 hora. Eliana teve uma pífia média de 6 pontos, mas em suas 4 horas, disputou com o futebol por 2 horas, ou seja, metade do tempo.

Não é justificativa para ficar em 4º lugar, é apenas um atenuante que mostra a situação menos desconfortável a ela do que para a concorrente. Mesmo assim, já é hora da produção de Eliana começar a se mexer, porque apesar de ser curioso, Eliana é atualmente a pedra no sapato do SBT aos domingos.


Só nos resta zombar de Legendários

Já se foram duas semanas e é possível fazer um comentário mais aprofundado sobre o novo programa da Rede Record, Legendários. Um dos programas mais aguardados dos últimos anos no país, muito disso se deve a extensa divulgação realizada pela emissora e por Marcos Mion, idealizador, diretor e apresentador do novo formato.

Desde a estréia, o programa já mostrou e deixou claro que não era um humorístico e nem gostaria de ser taxado como tal. A idéia é promover entretenimento de qualidade para o telespectador e fugir do humor pastelão e que debocha das pessoas. Mion disse que a idéia era promover o "humor do bem", ou seja, a intenção não é rir de ninguém, mas fazer todos rirem.

Em princípio o projeto é muito interessante, principalmente num momento em que as pessoas dentro ou fora da TV preferem o caminho mais fácil para tudo, seja para humor, trabalho ou o que quer que seja, sugerir algo de qualidade e sem os clichês típicos sempre chama a atenção. O problema é quando se propõe isso, mas não se consegue colocar em prática.

Foi exatamente isto que aconteceu com Legendários. Em duas exibições o programa não disse a que veio. Quadros absolutamente sem graças que não promovem entretenimento, ao contrário, dão sono e, as vezes, até irrita o telespectador, são a marca principal do programa que, ao que parece, inspirou-se em diversos programas da TV brasileira para produzir seus próprios quadros.

Não é a toa que telespectadores reclamam e zombaram bastante das duas exibições do programa pela internet. Foram raras as vezes em que foi produzido na TV brasileira numa emissora grande algo de qualidade tão duvidosa. Desde os elementos técnicos, como câmeras, iluminação e até caracteres, até a disposição dos quadros e os roteiros, tudo é ruim em Legendários, um verdadeiro desperdício de alguns profissionais que já foram muito bons em outras emissoras, principalmente na MTV.

É bem verdade que o segundo programa foi ligeiramente menos irritante que a estréia, mas é muito pouco para um programa que prometia revolucionar a TV brasileira. Marcar 10 pontos de média na estréia e ver este número cair para 8,4 pontos (segundo a prévia) no segundo programa é um resultado pífio para quem alardeava transformar a noite de sábado na TV brasileira e até sonhava em desbancar o Zorra Total da liderança. Sonhos muito altos para uma realidade que beira o ridículo.


Este texto também está disponível no site Famosidades, do grupo MSN Entretenimentos.

domingo, 18 de abril de 2010

Tudo é Possível é a grande vergonha da Record

Desde sempre eu disse que havia um problema grave com o programa Tudo é Possível apresentado por Ana Hickman na Rede Record. A fragilidade dela para ficar a frente de um dominical era evidente, mas a cúpula da emissora conseguia encobrir, já que alguns quadros davam audiência satisfatória, mesmo que Ana não aparecesse na tela justamente nestes quadros.

Ocorre que tanto as Pegadinhas como o Troca de Família já estão desgastados e não apresentam resultados. Nos últimos dois domingos, Tudo é Possível apresentou as suas duas piores médias históricas. No domingo passado fechou com míseros 6 pontos de média e nesta semana, segundo os dados prévios do Ibope, o resultado foi ainda pior, 5,5 de média e chegou a antipico de 2,3 pontos, no ar e não em break.

Uma emissora que vive às custas de promessas de liderança, que tem o ego maior que a torcida do Flamengo e insiste que incomoda a Rede Globo não pode admitir que um programa dominical - dia de principal share do país - atinja o 4º lugar e chegue a dar menos audiência que programas religiosos, isso é uma vergonha sem precedentes para a Record.

Ana Hickman nunca teve condições de ser apresentadora deste tipo de programa e muito menos quinhão para a disputa dominical que é quase desumana. Ela não tem carisma diante do público dominial e não consegue agregar audiência. Isso não significa que ela é uma má apresentadora, significa que ela não tem perfil para os domingos.

Não se pode alegar que Ana consegue disputar de igual para igual com Eliana e, as vezes vencer, as vezes perder. A Record não pensa em disputar a vice-liderança com o SBT, não pensa em ver sua programação perder feio metade do programa, empatar outra metade e ficar em 3º lugar na média. A emissora se propaga vice-líder sem se preocupar com a terceira colocada, portanto, qualquer programa abaixo disso, está atrapalhando e é o caso do Tudo é Possível, disparado o pior programa em audiência na Record.

Se a Rede Record não tomar providências urgentes, é provável que o Tudo é Possível continue passando vergonha e, pior, que a carreira da jovem, que chegou a ser uma das mais promissoras na época do Hoje em Dia, seja jogada pelo ralo e não haja mais conserto conforme o tempo a destruir. E o programa é ruim, muito ruim, chega a ser constrangedor ver Ana Hickman apresentando quadros daquele tipo. Uma pena. Para todos nós.


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