sábado, 6 de fevereiro de 2010

Poder Paralelo só melhora


É inacreditável e, as vezes até eu mesmo penso que pode ser exagero, mas Poder Paralelo não para de melhorar. Quando eu penso ser exagero, Lauro Cézar Muniz e a produção da trama nos brinda com uma semana como foi esta com um capítulo melhor que o outro, sem exceção e sem capítulos ruins.

A novela chegou num ponto em que é impossível perder um só capítulo dado ao ritmo alucinante que o autor e o diretor conseguiram criar. E ritmo alucinante não tem qualquer relação com morte ou tiroteio. Nesta semana mesmo, não houve mortes, não houve um só tiro. Houve história e muito história, com qualidade, com texto profundo, com sátiras inteligentes, a cara de Lauro Cézar.

Os núcleos tiveram a oportunidade de mostrar suas histórias. Deu gosto de ver a história de Nina e Pedro voltando a caminhar com o retorno (triunfal, diga-se) de Patrícia França. Esta é a história de amor mais bonita de toda a novela e eu torço muito pelos dois. O surto da Lourdes ao se imaginar criando o Pedrinho deu oportunidade de vermos um banho de atuação da atriz (e também para imaginarmos certas "coisas" sobre a história da novela). Téo e Gigi também formaram um lindo casal e com uma história que pode se tornar interessante, bem interessante.

Mas nesses núcleos a cena mais linda foi mesmo o encontro da Nina e de seu filho após alguns dias separados. Patrícia França roubou a cena - que contava com uma quantidade grande de atores - e mostrou todo o seu talento, inclusive ofuscando os demais em cena. Lindo de viver.

Ver o embate entre Fernanda e Lígia também foi interessante, aliás, toda a seqüência na casa do Rafael foi interessante. Desde as investidas de Antônia em Tony até a frieza como Fernanda a tratava. A segurança de atuação de Paloma Duarte chega a ser assustadora, ela realmente nos faz crer que Fernanda Lira existe. Por isso eu não canso de dizer que ela é a melhor atriz atuando no momento.

Imaginar que está chegando o dia de nos despedirmos da novela não é fácil, mas já passou do momento de chegar ao fim, antes que a novela comece a perder o rumo em virtude de seu tamanho absurdo. De qualquer forma, é difícil imaginar a Record produzindo uma obra de tamanha qualidade tão cedo novamente, sua sucessora, Ribeirão do Tempo, não empolga pela sinopse, nem pelas chamadas. A novela que pode substituir Poder Paralelo em nossos corações é Passione, a próxima novela das 8 da Rede Globo.

Enfim, não há palavras para definir o tamanho da qualidade de Poder Paralelo, uma novela rejeitada pela própria Rede Record, mas que não se cansa de brindar seu público fiel com cenas lindas, seqüências inteligentes e trama redonda, sem falhas. Parabéns a nós, que merecemos assistir um produto assim.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Inversão de Valores na Teledramaturgia Nacional

Há um bom tempo é possível se fazer uma análise quase sociológica em referência ao comportamento do cidadão brasileiro diante dos produtos apresentados a ele pela TV aberta do país ao longo dos últimos anos. Esta análise seria quase comportamental ao se verificar os produtos de grande audiência em cada emissora, pois dá uma amostragem do que o público gosta em cada um dos canais abertos.

Essa análise, porém, seria preocupante, pois mostraria com clareza que o telespectador brasileiro em pleno século 21 ainda não sabe assistir televisão. Esta afirmação é forte, mas elementar ao se verificar que produtos popularescos - e não necessariamente populares - dão excelente audiência em detrimento de produtos mais elaborados, mais cuidados e com qualidade infinitamente superior.

O motivo disso? É difícil dizer, como é difícil saber o porque as emissoras preferem conquistar audiência assim, de forma mais fácil, sem exigir o menor senso de reflexão e compreensão da responsabilidade que é colocar um programa no ar, pois ele será visto por milhões de pessoas e - evidentemente - irá influenciar boa parte desse público.

Um clássico exemplo disso é o que acontece atualmente na teledramaturgia do Brasil. Uma inversão de valores que chega a ser assustadora. Comecemos pela Rede Record, que vem investindo na área nos últimos anos. A própria emissora mostra a falta de noção ao dar uma atenção exacerbada a um de seus produtos em detrimento do outro. Bela a Feia é tratada como a principal novela da Rede e ninguém faz questão de esconder isso nos corredores da Barra Funda.

A direção geral colocou grande expectativa neste produto, criando uma meta irreal de 20 pontos de média de audiência para a novela. Após patinar muito nos números do Ibope e sofrer com constantes mudanças de horário, a novela engrenou alavancada por CSI. Em mais uma mudança de horário, atualmente Bela é exibida entre as 22h15 e 23h00, a novela ganhou público e vem alcançando média satisfatória.



Porém, aí começa o problema. Essas mutações na programação jogaram a melhor novela da história recente da Record, Poder Paralelo, para quase a madrugada - a trama vem sendo transmitida entre 23h15 e 00h10 - horário infeliz para um texto de tamanha qualidade. A Record inverteu completamente as suas tramas, dando prioridade a novela errada e o público fez o mesmo. Ultimamente, Bela a Feia vem conquistando audiência similar a Poder Paralelo, o que, em matéria de qualidade, é quase uma heresia.

E se olharmos de forma mais ampla, o problema cresce. Lembremos que as maiores audiências da emissora foram com tramas absolutamente fracas como Vidas Opostas.

Este problema também acontece com a Rede Globo, mesmo ela não mexendo em sua grade de programação é possível notar a inversão de valores do público da emissora ao longo dos últimos anos. Por exemplo: a novela mais vista da década é também uma das piores, Senhora do Destino, enquanto a melhor novela da década está entre as 3 piores audiência neste período, A Favorita.



Não precisamos analisar a década toda para perceber o problema. Um olhar mais recente mostra isso. No horário das 6, a trama Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa recolocou o público diante da TV no horário e fechou com uma audiência mais satisfatória que suas antecessoras. A trama não é ruim, mas está longe de ser ágil, com roteiro de qualidade e situações dramáticas fortes. Sua sucessora, Cama de Gato, apresenta tudo isso e certamente é muito melhor que Paraíso, mesmo assim, patina na audiência conquistando bons e maus resultados frequentemente.

O horário das 7 é ainda pior. Após engrenar uma sequência de novelas com audiência preocupante, a emissora carioca conseguiu recuperar-se completamente no horário ao exibir a divertida Caras e Bocas. Novela de Walcyr Carrasco que apostou nas situações inusitadas e no humor pastelão, vazio, além dos bordões para colocar o público diante da TV, deu certo. Atualmente, Tempos Modernos, a mais inovadora novela da década, que conta uma história deliciosa, conta com um roteiro bacana, bem bolado e humor ácido e inteligente, tem a pior audiência da história do horário. Dá pra entender?

Dá. Isso em última análise, deixa claro que a TV aberta brasileira exibe produtos de qualidade duvidosa simplesmente porque é exatamente isso que o público quer ver. Ou seja, o gosto do telespectador brasileiro é duvidoso. Simples assim.

A falta de criatividade e de inteligência

Existem vários tipos de pessoas que escrevem sobre televisão. Na verdade, atualmente, muita gente gosta de escrever sobre o tema por se tratar de um assunto fascinante e que chama a atenção de boa parte da população brasileira, já que são poucos os brasileiros que não são apaixonados por este veículo de comunicação de massa que comanda ainda nosso país.

A crítica especializada tem crescido ano após ano, basta olharmos com atenção para Jornais e Revistas que cada vez mais dão espaço maior para o tema. Jornalistas se especificam para falar exclusivamente do universo da televisão, com críticas e análises sobre programas, personagens e produções. Isso mostra o quanto existe público para este tipo de texto.

Basta olharmos atualmente para a quantidade de blogs e sites que falam sobre TV. A maior parte destes são de pessoas "normais" com outros empregos e que utilizam o espaço para falar daquilo que gostam, sem compromisso com o profissionalismo - no sentido técnico e financeiro da palavra. E nesta onda, surgem os problemas, que não são pequenos.

Eu estou neste blog desde abril e tudo que escrevo o faço com prazer e com o máximo senso crítico possível. Considero que colocar a minha opinião sobre qualquer tema para outras pessoas lerem exige um exercício de reflexão e, o melhor que se pode fazer, é dar sua opinião de forma clara e específica, sem rodeios.

Produzir um texto, mesmo que para um blog simples, como o meu, não é fácil. É preciso cuidado, escolher as palavras corretas e, antes disso, demanda tempo, não apenas para produzir o texto, mas só se pode falar daquilo que se conhece, portanto, é necessário assistir ao máximo televisão para estar sempre antenado.

E aí o que acontece? Pessoas sedentas por serem inseridas neste mundo virtual de sites e blogs, desrespeitam completamente você e seu espaço, simplesmente acessando o site (no meu caso o blog) e copiando descaradamente aquilo que está escrito sem dar o menor sinal de respeito. Essas pessoas vem utilizando categoricamente os textos do meu blog sem minha autorização e sem colocar este espaço como fonte.

Ou seja, elas se apoderam de um texto que levou tempo para ser escrito, que exigiu trabalho sério e colocam em seus blogs e sites - na maior parte das vezes de qualidade duvidosa - e assinam o texto como se fossem delas próprias. Além de mostrar a falta de criatividade que elas têm, isso é crime e todos os servidores para blogs e sites punem os proprietários que utilizam este artifício, até porque os direitos sobre o texto são de quem o escreve.

Estou utilizando este espaço que a priori deveria ser exclusivamente para falar de TV, simplesmente porque cansei de acessar esses blogs e sites e me deparar com meus textos, sem fonte, sem autorização prévia. A partir de agora, cada vez que um texto meu for utilizado sem prévia autorização e sem citar este espaço como fonte, eu irei denunciar o blog e, enquanto não conseguir tirar o referido blog do ar, não irei sossegar.

Acho que é válido outras pessoas falarem sobre o universo da TV. Há espaço para todos, há público para todos. Mas se você quer fazer um blog, fazer um site, seja inteligente, crie seus próprios textos. O que você está fazendo é feio, muito feio.

Quero deixar claro que há exceções. Muitas pessoas me procuraram pedindo autorização para publicar meus textos e eu dei autorização de bom grado. Essas pessoas, além de serem extremamente educadas, ainda ajudam a divulgar o blog em seus sites, portanto é uma parceria válida e muito importante. A essas pessoas, vai o meu agradecimento.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nova Grade do SBT altera apenas horário nobre

Leia também: La x: O retorno (literal) de Lost


Muitos veículos começaram a divulgar nesta semana a Nova Grade de Programação do SBT que entrará em vigor a partir do mês de março. Esta é talvez a maior novidade da televisão aberta nos últimos anos, já que a própria emissora vem alardeando desde o fim de 2009 que esta nova grade, além de dar maior organização aos programas da emissora, também seria a responsável pela recuperação do 2º lugar de audiência.

Para tal, o SBT fez contratações de peso, comprou formatos, começou produções próprias e realmente parecia disposto a recuperar a vice-liderança. Ocorre que a tal grade de programação não traz nada de surpreendente, na verdade é o que todos já esperavam e, com alguns programas ainda correndo sérios riscos.

Programação de TV é sempre um mistério, por isso é impossível afirmar se as mudanças na grade darão certo ou não, mas aparentemente o SBT conseguiu de fato uma estrutura mais organizada, o que já é um avanço. O que não dá para garantir é que a emissora irá de fato recuperar o segundo lugar na preferência do telespectador, principalmente porque as mudanças ocorrerão apenas na grade noturna, a manhã - talvez a maior fragilidade da emissora - continua intacta.

Basicamente a mudança que ocorrerá trata de transferir a vencedora Linha de Shows que atualmente está no horário das 20h15 para às 22h00, com algumas alterações nos dias de exibição. Em alguns casos a emissora apostou alto, como Esquadrão da Moda numa quarta-feira, disputando com o futebol. Neste caso é bem possível que dê certo, sem A Fazenda, da Record, o público que não tem interesse por futebol, certamente migrará para o SBT, já que a emissora concorrente não está no momento mais organizado.

De qualquer forma, não dá para dizer que a grade do SBT seja uma surpresa, tampouco que seja uma decepção. A grade parece suficientemente forte para tentar disputar o 2º lugar, porém, vencer a Record a noite, não deverá ser o suficiente.

Confira a Nova Grade do SBT

Segunda-Feira

22h15 – “Conexão Repórter”, com Roberto Cabrini
23h – “Hebe”

Terça-feira

22h15 – “Cine Espetacular”

Quarta-feira

22h15 – “Esquadrão da Moda”
23h – “1 contra 100”

Quinta-feira

22h15 – “Qual é o seu Talento?”
23h – “A Praça é Nossa”

Sexta-feira

22h15 – Tela de Sucessos

Sábado

21h - "Supernanny"
22h15 – “Aventura Selvagen”, com Richard Hasmussen
23h – “Cine Belas Artes”

O telejornal “SBT Brasil” continuará sendo exibido de segunda a sábado, a partir das 19h30. E a novela “Uma Rosa com Amor”, de Tíago Santiago, vai ao ar a partir das 20h15, de segunda a sábado.

A faixa noturna de séries, que é exibida atualmente de segunda a sexta, às 21h, permanecerá no mesmo horário.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

la x: O retorno (literal) de Lost

* Este texto contém spoilers. Se você não viu o episódio e não quer saber o que acontece, evite o texto.


Saber que Lost está de volta já é suficientemente legal para que todo o resto se torne mero detalhe. Pouco importa se o episódio foi visto por 12,1 milhões de pessoas nos EUA (mais gente do que a estréia da 5ª temporada) e importa pouco também as novas teorias que irão surgir. O importante é que Lost voltou e trouxe isso tudo consigo.

O episódio duplo foi bem dividido - em todos os sentidos. Os primeiros 42 minutos da 6ª temporada de Lost foram eletrizantes a tal ponto de mal conseguirmos respirar e, uma piscadela fora de hora, significaria perder cenas muito importantes - ou não, depende do ponto de vista, como tudo em Lost.

O ritmo alucinado do episódio deu a dimensão do que será a temporada. Mas quem esperava o começo das respostas, afinal a série está chegando ao fim, se frustrou. O que a volta da série trouxe foram novas perguntas, novos mistérios, novas situações que ninguém esperava.

Depois dos flash-backs e dos flash-forwards que revolucionaram a forma de se fazer televisão, os produtores mais criativos do Planeta nos surpreenderam criando duas dimensões, duas realidades paralelas. Isso significa o que? Sim, vimos o avião 815 da Oceanic Airlines descendo normalmente em Los Angeles. Vimos um Jack Sherpard ainda tentando enterrar o pai, vimos um John Locke ainda de cadeiras de rodas, vimos um Hurley ainda divertido (e agora com sorte), vimos um Sayd ainda buscando sua realidade na Terra, vimos uma Kate ainda fugitiva (e muito ágil, diga-se), vimos um Sawyer sempre sarcástico, vimos Sun e Jin ainda afastados, mas também vimos Charlie ainda vivo, e drogado, e vimos, mesmo que rapidamente Claire e Desmond.

Em contrapartida, na outra realidade, nada deu certo. O grupo continuou na ilha, a bomba não serviu para nada - além de matar a Juliet e deixar Sawyer sem chão. Essa nova realidade não me agradou porque trouxe consigo novos personagens. O tal templo com um povo muito estranho que, aparentemente era protegido por Jacob, soou muito fake, muito forçado a essa altura do campeonato.

O monstro de fumaça também está de volta e agora muito mais pomposo, imponente e cruel. Ah, e descobrimos que o John Locke-não-Locke é, na verdade o tal monstro de fumaça que também é o tal amigo de Jacob que apareceu no último episódio da temporada passada.

Tudo isso em um episódio. O importante de Lost neste momento foi a divisão das realidades que pelo jeito continuarão até o fim da temporada - e da série, um minuto de silêncio - uma tacada genial dos produtores, afinal, estamos tendo a chance de saber o que ocorreria com os personagens que tanto amamos se o avião não tivesse caído, e, de uma forma ou outra, novamente a vida das personagens se encontraram.

De qualquer forma é impossível dizer se gostamos ou não deste episódio - e até nisso Lost é diferente. O ritmo do episódio foi ágil, tudo impressionou, as mudanças, os choques, as novidades, tudo muito bem feito. Mas somente saberemos se isso tudo funcionou mesmo, no fim da série, quando as respostas virão. Ou pelo menos é o que esperamos.

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Alguém poderia parar todas as séries, todas as transmissões e aplaudir de pé Michael Emerson? O que foi a atuação dele encarnando o bom e velho Ben de sempre?

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As duas realidades são agora, mais confusas que o flash-back e o flash-forward e as viagens no tempo. É preciso muita atenção para não nos perdermos, porque aparentemente a bomba "funcionou" como disse Juliet, mas criando uma nova dimensão e não os livrando da dimensão na ilha.

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A ilha debaixo d'água? Damn it!

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Lost nos brindou novamente - como já havia feito no fim da temporada passada - com uma das mais emocionantes cenas da TV mundial. A cena da morte de Juliet é de uma sensibilidade impressionante. O texto, a fotografia e a atuação da dupla Juliet e Sawyer fizeram dessa a melhor cena de Lost neste retorno. "Deveríamos tomar café uma hora dessas". Bye Juliet, te amamos para sempre.

O público quase estragou o BBB


* Ainda hoje no Blog. Crítica sobre a estréia da 6ª e última temporada de Lost. Não perca

O BBB10 ainda não acabou, mas chegou bem perto disso. Na última terça-feira o público escolheu com uma votação expressiva (78% dos votos) eliminar a participante Tessália no paredão triplo formado por ela, Anamara e Alex. O resultado não foi propriamente uma surpresa, afinal, em todas as pesquisas dos grandes portais de internet no Brasil, o resultado era muito próximo disso, sempre com a eliminação de Tessália.

Eu não sei se as pessoas estão assistindo ao mesmo Big Brother Brasil que eu, porque até agora não consegui entender o que motivou a escolha de tantas pessoas por eliminar a moça que é uma das mais interessantes participantes em todas as edições do programa - Tessália tem o perfil correto para um Reality Show, tem estratégia, sabe jogar e sabe como se proteger.

Talvez as pessoas não entendam que num programa assim as pessoas não devem ir para fazer amizades. O objetivo do BBB nunca foi criar amigos, romances ou o que quer que seja. O que sempre dá audiência são os conflitos, as intrigas, as estratégias. E a 10ª edição acabou de perder muito desses ingredientes por conta da eliminação da melhor jogadora da casa.

A situação foi tão constrangedora que até Pedro Bial - apresentador do programa - ficou constrangido com a forma de realizar seu discurso de eliminação. Já no princípio, ele deixou absolutamente claro que considerou injusta a decisão do público porque não condizia com o que ele estava assistindo. De fato, o público parece não ter compreendido ainda quem são os verdadeiros vilões do BBB10 e isso é uma pena.

Tessália fora do jogo significa a perda de quase a metade da graça. A engrenagem que movia as situações do programa funcionava muito bem também por causa dela. Mas não dá para dizer que o programa acabou mais cedo. Uma outra participante com o perfil semelhante - e mais inteligente - permanece e pode animar muito - para o público - o Big Brother. Elenita é uma figura que sabe como controlar seus concorrentes e age sempre de caso pensado, uma baita jogadora que já tem minha torcida.

Espero que o público não a elimine de forma tão antecipada também, porque aí sim, o programa deixa de ser um Reality e vira uma colônica de férias com gente chata e sem graça.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Lost: O Começo do Fim


Faltam menos de 24 Horas para iniciar nos EUA e no computador mais perto de você a última temporada do maior fenômeno da história da TV mundial - LOST. A série americana que agrega milhões e milhões de fãs em todo o mundo - e fãs típicos das grandes sagas, fãs xiitas que se dedicam para estudar e entender os mistérios que giram em torno da série.

Sinto muito dizer a meus leitores - caso vocês não gostem da série - mas diante desse dia tão importante, tudo o mais na TV aberta brasileira e mundial se torna pequeno, quase insignificante. Seria impossível fazer um texto nesta terça-feira sem fazer referência a série que me conquistou como fã de carteirinha.

Até o momento foram cinco temporadas mostrando a Ilha mais louca do mundo e as situações mais bizarras já vistas na TV mundial. Podemos fazer ressalvas sobre a série? Sim podemos. As interpretações de um modo geral estão muito abaixo da maior parte das grandes séries, o roteiro principalmente da 3ª temporada deu uma derrapada legal, mas o que não se pode dizer nunca é que LOST seja uma série indiferente.

Um roteiro impressionante que mistura uma série de crenças e estudos de ficção científica e parece jogar tudo num liquidificador, mas que faz com que estes mistérios nos prendam quase o tempo todo diante do televisor é o grande responsável pelo fenômeno que se transformou a série. Além disso existem alguns personagens tão complexos como poucas vezes se vê - tanto na TV quanto no cinema - como o caso de John Lock e Benjamin Linus.

Falar de LOST e não citar alguns de seus mais espetaculares episódios seria cometer um grave erro. A começar pelos dois primeiros episódios "Piloto - parte 1 e 2" que foi o responsável por nos tornar apaixonados imediatamente pela série. A 1ª temporada toda é recheada de grandes episódios. A 2ª temporada teve uma pequena queda, mas podemos selecionar dois episódios como sensacionais: "One of Them" e "Lockdown".

A terceira temporada apesar de ser a mais fraca de todas, teve um final de temporada impressionante, até hoje considerado o gancho mais espetacular da história das séries, com a inesquecível frase de Jack: "We have to go back, Kate". A 4ª temporada veio para corrigir a mancha que a temporada anterior havia deixado. Com excelentes episódios é muito difícil selecionar alguns para citar, mas entre todos, além de mais um gancho espetacular no fim da temporada, podemos selecionar dois: "Confirmed Dead" e o que muitos consideram o melhor episódio da série "The Constant".

O que vimos na 5ª temporada foi LOST nos preparando para o fim que viria na temporada seguinte. Episódios com muitas respostas, mas com inúmeras outras perguntas marcaram a temporada. É impossível destacar apenas dois episódios, mas faço menção aos excelentes "LaFleur", "Dead is Dead", "The Incident parte 1 e 2" e ao que eu considero o melhor episódio da série "The Variable".

Não quero utilizar este texto para pensar, criar teorias sobre o final da série. Longe disso. Quero apenas expressar o tamanho da minha ansiedade pelo início da temporada mais aguardada entre as séries. Diante do retorno de LOST, até mesmo pensar na história fica menor, o importante é sabermos que teremos nossa querida série de volta, mesmo que seja pela última vez.

Agora o que nos resta é mais uma temporada, uma única temporada para não apenas responder a todas as perguntas e aos mistérios criados, mas apenas uma temporada para nos despedirmos de LOST. Para nos despedirmos da melhor série de todos os tempos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quando o Domingo Espetacular acerta


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Sempre fui a favor de assistir jornalismo de qualidade, seja em qual emissora for. Concordo com o presidente Lula no que tange a importância da informação não poder em nenhuma hipótese ser monopolizada por apenas um grupo de pessoa, isso induz o público a seguir a opinião e a visão de mundo daquele veículo e é perigoso para a democracia.

A Rede Record tenta a todo custo criar um padrão de qualidade para seu jornalismo colocando-o como opção para a equipe solidificada que a Rede Globo criou e mantém há mais de 4 décadas. Convenhamos que nenhuma emissora aberta consegue se aproximar da emissora dos Marinho quando o assunto é jornalismo, porém, o esforço da Record deve ser levado em conta.

Muitos erros ocorreram ao longo desta empreitada. A emissora quase sempre aposta no mais fácil, produzindo reportagens sensacionalistas, que até dão resultados em número de audiência, mas que não trata o assunto sob o prisma correto, de seriedade, e acaba gerando no telespectador uma sensação de não confiar inteiramente no que vê.

Porém, há uma exceção. E a prova disso é o jornalismo do Domingo Espetacular. A revista eletrônica inspirada no Fantástico, da emissora concorrente, já caminha com as próprias pernas e parece muito pouco com o jornalístico global. Sob o comando do ótimo Paulo Henrique Amorim, o programa apresenta reportagens sérias, aprofundadas e com assuntos de interesse público.

A equipe de profissionais por trás do Domingo Espetacular demonstra uma competência que poucas vezes é vista na televisão fora dos corredores da Globo. A capacidade de driblar problemas durante a reportagem, a busca incessante pelo furo da notícia e também a criatividade das pautas marcam o programa que sempre dá ótimos resultados de audiência.

Paulo Henrique Amorim e sua equipe conseguiram - também graças ao trabalho da direção - produzir um programa que varia o tipo de jornalismo. Há reportagens muito pesadas, mas sempre realizadas com a sensibilidade necessária para não ferir o público nem os envolvidos, há também reportagens mais leves e até divertidas, ou seja, jornalismo para todos os gostos.

O caminho é este. A Rede Record deveria aprender com o Domingo Espetacular o jeito certo de se produzir jornalismo com seriedade e sobretudo com respeito a seu telespectador, sem imediatismo, sem desespero, sem apelação em busca de audiência porque quando se trata de jornalismo, a qualidade e o respeito sempre dão bons resultados.

O problema é quando há ingerência - sim eu chamo isto de ingerência - por parte dos proprietários da emissora na pauta do programa. Quando o Domingo Espetacular é obrigado a produzir reportagens tratando da briga de poder entre Globo e Record ou entre Record e Ibope, o programa se perde e automaticamente o público rejeita se afastando do programa.

Os executivos do canal precisam compreender que muito mais que a disputa de bastidores entre as emissoras, a credibilidade é um fator de suma importância para que o telespectador se acostume semanalmente a um programa jornalístico. O público não gosta de assistir um programa que ora é bom, ora se perde, e isso acaba pesando nos números de audiência. Tanto que o Domingo Espetacular já obteve excelente audiência que foi se perdendo com o tempo, mas aparentemente, nos últimos domingos vem conseguindo recuperar seu público com um trabalho sério.

É preciso dar valor a Paulo Henrique Amorim, um dos maiores jornalistas de televisão deste país. Ele sabe produzir um programa de qualidade, sem precisar apelar, dando o tom e a cor correta para a notícia. Fez isso com o antigo e excelente Tudo a Ver e agora faz o mesmo ótimo trabalho a frente do Domingo Espetacular. Um jornalista sério, respeitado pelo telespectador e que vem conseguindo sucesso fora da Globo.

É necessário melhorar, sempre é, mas a revista eletrônica melhorou muito nesses 05 domingos de 2010 e é preciso que os executivos e a direção tenham a sensibilidade para perceber que o caminho é este, ou então irão destruir tudo que foi construído no mês de Janeiro.

Hoje, não há dúvidas que mesmo diante de pequenos deslizes, o Domingo Espetacular se tornou a melhor opção jornalística da TV brasileira fora da Rede Globo, o que não é pouca coisa, diga-se.

*Este texto está disponível no site MSN Entretenimentos. O melhor site com notícias sobre o mundo da TV.

** Montagem da Foto @vilsonm

domingo, 31 de janeiro de 2010

Novidades no Blog

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Quando eu criei o "TVxTV" em abril de 2009 o fiz com um único objetivo: ter um local em que eu pudesse escrever minhas impressões sobre uma de minhas maiores paixões: o mundo da televisão. Não sou experiente quando o assunto é conceitos de blog. Nunca fiz questão de aprender as técnicas para se montar e manter um site, por considerar esta uma área fascinante, mas que não me dizia respeito. Por isso, criei o blog apenas como uma ferramenta que me permitisse falar o que eu penso sobre a TV para meus amigos e conhecidos.

Nunca tive a pretensão de me tornar conhecido. Nunca tive a pretensão de me especializar como crítico. Nada disso. Para mim, o blog sempre foi uma terapia ocupacional para diversão, uma válvula de escape para os problemas do cotidiano, a correria do trabalho entre outras coisas. E o fiz com carinho, cuidando para que meus contatos, pessoas que respeito e que têm opinião importante sobre os temas estivessem sempre aqui, caminhando, debatendo.

Não posso dizer que mantive profissionalismo no layout e na área "técnica" do blog. Nunca me preocupei com isso. Para mim, o importante sempre foi o conteúdo, era isso que aproximava os leitores. Eu pensava assim porque não tinha idéia - até bem pouco tempo atrás - do quanto o "TVxTV" havia crescido e se tornado popular entre os fãs de televisão.

Em pouco mais de 9 meses de existência - é quase como um gravidez - este espaço teve um crescimento impressionante até mesmo para o mundo da Internet, considerando que minha ferramenta de divulgação é fundamentalmente o twitter. No primeiro dia de vida, o "TVxTV" registrou a marca de 35 acessos únicos e, para se ter uma noção, a média atual é de 480 acessos únicos diariamente, ou seja, um crescimento de aproximadamente 1400%. No total, neste período, registramos 61582 acessos únicos. Os visitantes totais - incluindo os que acessam mais de uma vez por dia - também cresceram muito. No primeiro dia de vida do blog foram 52 e a média atual é de 568, crescimento de quase 1100%. Já chegamos a meta de quase 74 mil visitantes.

O crescimento do blog se deve ao perfil editorial crítico, livre e sem medo de atingir as feridas. Foi este tipo de texto que conquistou meus leitores e é disso que eu gosto. Mas também é preciso reconhecer que muito do crescimento do "TVxTV" se deve a parceria com o MSN Entretenimento. Através do site Famosidades que abriu espaço para que eu pudesse escrever um texto semanalmente - todas às segundas-feiras a tarde o mesmo texto que é publicado aqui entra no ar no site - fez com que o número de visitas aumentasse e muito. Por isso agradeço a toda a equipe do Famosidades e do MSN Entretenimento por ter me convidado e fazer uma parceria tão vitoriosa.

Estes números foram os responsáveis por me fazer perceber que o blog não é mais meu. Ele passou a ser de todos os internautas que diariamente acessam este espaço em busca de críticas, informações e opiniões divertidas, as vezes ácidas, sobre o mundo da TV. E por este público fiel e crescente é que decidi melhorar o ambiente.

O primeiro passo foi criar novas formas de contato com meus leitores. A partir de agora você poderá se inscrever para receber as novidades do blog em seu email. Nosso Newsletter não irá apresentar os textos diários do blog, apenas novidades, promoções, enquetes. Mas é importante que você, leitor assíduo, se inscreva para ser o primeiro a receber quaisquer informações importantes sobre nosso espaço.

Você também poderá criticar, sugerir e opinar, sempre com o objetivo de melhorar mais e mais. Através do "Fale Conosco" o leitor poderá enviar dicas, críticas e suas impressões sobre o blog. Prometo ler com cuidado todos os emails e, na medida do possível, responder.

Você que gosta disso poderá também assinar nosso RSS. Uma ferramenta importante e que vem crescendo entre os blogueiros. Agora também iremos utilizá-la para ajudar nossos leitores.

Outras mudanças virão. O layout irá mudar, não agora, estamos providenciando isso, mas em breve vocês terão novidades agradáveis com relação a isso. Também iremos criar promoções exclusivas para nossos leitores e àqueles que comentam neste espaço. Fiquem ligados.

Com tantas mudanças, era necessário compreender que o blog merecia um olhar diferente. Este olhar da mídia será muito bem-vindo. A partir de agora abrimos espaço para as empresas que tenham a intenção de anunciar no "TVxTV". Banners grandes ou menores poderão ser divulgados no blog, além de um ou outro texto, desde que se encaixe no perfil do editorial do blog. Se você tem uma empresa e quer atingir um público grande todos os dias, mande um email para editortvxtv@gmail.com e entre em contato conosco.

Todas as mudanças visuais e também o espaço publicitário aberto não irão mudar o perfil editorial deste local. O editor continua um apaixonado por televisão e muito - muito mesmo - crítico com aquilo que vê, além de estar sempre disposto a escrever sobre qualquer assunto ligado ao tema, sem estar preso a nenhum veículo e sem apresentar paixão por nenhuma emissora em particular.

Encerro este texto agradecendo a todos - desde os mais críticos e que sempre tentam me desanimar com críticas negativas e cruéis - até aos queridos leitores, amigos que eu formei neste espaço por me darem a oportunidade de escrever diariamente para vocês. Tenho certeza que cresceremos muito - e juntos.

O Melhor de todos os BBB's


Meses após a Rede Record lançar cheio de pompas aquele que se tornaria o carro-chefe de toda sua programação - A Fazenda - a Rede Globo lançou a 10ª edição do Reality Show mais assistido do Brasil, Big Brother Brasil. E a produção do programa acertou em cheio nas escolhas fazendo o Reality da concorrente parecer um programa amador.

É preciso antes de qualquer análise afirmar que de fato o BBB é um programa exclusivamente de entretenimento e que não acrescenta coisa alguma para o telespectador e, em alguns momentos, chega a ser constrangedor devido ao tipo de cena que vai ao ar - não apenas de cunho sexual, mas brigas, palavrões entre outras coisas. Mas também é preciso lembrar que uma das funções da televisão é entreter e não apenas informar e formar.

Para aqueles que gostam do formato o BBB10 é um prato cheio. Os participantes foram selecionados a dedo a parecem de fato dispostos a tornar esta edição a mais polêmica da história do Reality. Desde antes do início já se sabia que isso poderia ocorrer, pois Boninho, diretor geral do programa, informou que iria colocar na casa dois homossexuais e uma lésbica, e isso num país tradicional como o Brasil ainda é um tabú.

O que ninguém sabia é que os outros participantes também carregam a polêmica em seu sangue. Com poucos dias de programa os problemas começaram e são justamente eles - os problemas - que alimentam a expectativa e a curiosidade do público, tornando o programa um sucesso.

A edição tem colaborado para tornar o público ativo e opinando em praticamente todas as Redes de relacionamento da Internet. Em tese, o Big Brother Brasil 10, ainda está no começo, mas já acumula confusões e polêmicas que outras edições não tiveram durante todo o programa no ar, o que mostra o acerto da produção ao escolher os participantes e também na edição agressiva.

Mas não seria possível uma edição assim se os envolvidos estivessem apenas se divertindo na casa. Longe disso, o que vemos são pessoas que entraram ali com estratégias prontas e preparadas a fazer o que for necessário para vencer a edição ou - pelo menos - aparecer bastante, como é o caso de Tessália - uma de minhas prediletas, diga-se. Outra participante polêmica é Elenita, com uma formação intelectual infinitamente maior que a de qualquer outro ali, ela é polêmica, diz o que pensa e acaba sofrendo por isso.

Mas todos os participantes estão contribuindo para tornar esta edição tão viciante. Não há ninguém apagado, ninguém que tente não se envolver, ninguém adotou a estratégia e ir ficando na casa para ver o que acontece. Todos estão ali com estratégias muito bem definidas e isso torna tudo muito mais atrativo para o público.

Em três semanas já houve brigas, casais formados, casais brigando, selinho gay, festas, pessoas bêbadas, rixas, intrigas, fofocas, ou seja, todos os ingredientes para um Reality de sucesso já estão dentro da casa. E, ao que tudo indica, já houve sexo também, pelo menos é o que se comenta. Segundo comentários gerais na Internet, Tessália e Michel não resistiram e praticaram sexo oral na madrugada de sábado para domingo debaixo do edredon.

É impossível hoje apontar um favorito ao prêmio de R$1,5 milhão, mas o que se pode prever sem medo de errar é que o Big Brother Brasil continuará ser o principal assunto da internet nos próximos meses.

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