sábado, 16 de janeiro de 2010

Um ano sem a melhor novela de todos os tempos - A Favorita

Há exatamente um ano - dia 16 de Janeiro de 2009 - chegava ao fim a melhor produção de telenovelas da história da TV Brasileira, de João Emannuel Carneiro, estreante no horário das nove da Rede Globo, A Favorita fechava o ciclo de sete meses de uma produção impecável do início ao fim.

Mesmo antes de estrear, quando se iniciou o teaser da novela, o público já percebeu que viria algo muito bom, mas ninguém esperava que o autor conseguisse escrever a melhor trama da história da TV. E isso não é palavras de um mero fã - sim eu sou um grande fã desta obra - mas é opinião de muitos críticos especializados no assunto.

João Emannuel Carneiro teve a coragem de inovar depois de anos de mesmice no formato e produziu uma novela que, no início, não apresentava uma mocinha e uma vilã. Donatella e Flora contavam sua versão de uma mesma história, a morte de Marcelo Fontinni, mas ninguém sabia quem estava dizendo a verdade. Isso foi surpreendente, afinal, o público se identificou com uma das duas sem saber quem de fato era a vilã da trama.

Após o anúncio de que Flora Pereira da Silva era a vilã e assassina de Marcelo, a novela tomou novos rumos e conhecemos a vilã mais pérfida da TV. Com frases geniais, um humor ácido e muito inteligente, Flora conquistou corações brasileiros e fez uma legião de fãs que davam de ombros para suas maldades, suas frases foram eternizadas pelo público, frases como: "Que bonitinho, a Chapéuzinho Vermelho veio salvar a Vovó do Lobo mau", "Não tem problema, depois você psicografa.", "Mas que velha safada, dando bola para o outro velho caquético." e a melhor de todas: "Gente velha é um perigo, morre por qualquer coisinha".

O elenco da novela também foi muito bem escalado. Cláudia Raia no papel da mocinha Donatella fez o público após anos torcer por uma mocinha e desejar vê-la se dar bem. Mariana Ximenes interpretou Lara, filha de Flora, mas criada por Donatella, e segurou muito bem o papel, se destacando como uma grande atriz. Glória Menezes deu um banho de interpretação como Dona Irene, mostrando todo o seu talento. Ary Fontoura teve finalmente um papel digno de seu talento depois de muitos trabalhos frustrantes, interpretando Silveirinha. Murilo Benício solidificou ainda mais sua carreira ao interpretar o vilão Dodi e segurar a onda. Outros nomes se destacaram em seus papéis como Elisangela, Cláudia Ohana, Lília Cabral, Leonardo Medeiros e tantos outros.

Mas A Favorita teve uma dona: Patrícia Pilar. Na pele da vilã Flora, Patrícia teve uma das melhores atuações de todos os tempos em telenovelas e levou para casa todos os prêmios possíveis e imagináveis da TV brasileira, e com merecimento. Sua atuação foi inesquecível.

Outro diferencial que o autor conseguiu dar a sua trama foi que A Favorita pôde se gabar de ser a primeira novela brasileira sem barriga. Barriga é o período da trama em que não acontece muita coisa, os núcleos esfriam, isso ocorre porque as novelas têm períodos muito longos no ar. João Emannuel eliminou isso e era impossível perder um capítulo da novela, porque sabia-se que se perderia algo significativo para a história.

A Favorita saiu de cena exatamente no dia 16 de Janeiro de 2009, há um ano atrás e deixava uma lacuna que ainda não foi preenchida no horário pela Rede Globo. As duas sucessoras, Caminho das Índias e Viver a Vida são muito fracas e nem de longe se comparam a qualidade avassaladora de A Favorita, a melhor novela de todos os tempos. Sentimos saudades -e muita.

Veja alguns trechos da novela:

1º - 1ª Parte do 1º Capítulo da novela. Ali já se via o tamanho da qualidade



2º - Capítulo em que Flora mata Gonçalo



3º - Último Capítulo - Lara atira em Flora



4º - Último Capítulo - Fim da Novela

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

BBB 10 acerta em cheio com participantes


Estreou na última terça-feira na Rede Globo a nova edição do Big Brother Brasil, o Reality Show com maior audiência da TV brasileira e que anualmente reúne milhões de fãs na frente da TV para acompanhar a casa mais vigiada do país.

Como já vimos em outros Realities, várias edições podem desgastar a fórmula, torná-la cansativa e acabar enjoando o telespectador, por isso normalmente a audiência sofre queda ao longo de suas apresentações - e quedas significativas. O BBB10 veio com ares de inovação para fugir da mesmice e arrebatar a audiência do público.

Com 15 novos participantes escolhidos a dedo pela direção, o programa acertou em cheio ao montar o estilo de personalidade que gostariam de ver dentro da casa. Existe praticamente todo tipo de pessoa lá dentro, o que certamente facilita na identificação do público de forma mais rápida.

Ao contrário do BBB9 que demorou para engrenar porque muitos participantes tinham o mesmo perfil sereno e amigável - por isso a confusão demorou a rolar, mas também quando chegou... - o BBB10 promete muitas histórias com pessoas tão diferentes e aparentemente com muita história para contar.

É impossível apontar favoritos num cenário como este, mas é possível dizer que o grande favorito é o sucesso. Além da competência na escolha dos participantes, há também que se detacar o apresentador Pedro Bial que conduz com maestria tudo isso. Como eu cheguei a dizer no twitter, Bial dá uma aula de como se apresentar um Reality e mais, assistindo a produção do BBB, temos a impressão que A Fazenda - da concorrente Rede Record - não passa de um programa caseiro.

O único erro de estratégia da produção foi não aproveitar de forma eficaz uma idéia aparentemente muito boa. Colocar na casa dois ex-participantes do programa que foram eliminados nas primeiras edições, foi uma tacada de gênio. O problema é que a escolha dos 05 que teriam chance de entrar na casa foi muito infeliz - exceção feita a divertida Fanni. Por fim, Joseane e Marcelo voltaram a casa e muita gente sequer lembrava da participação deles. A idéia era boa e devia ter sido melhor aproveitada, escolhendo participantes que não venceram, mas que marcaram suas prsenças, como a ótima Cida do BBB2.

O fato inegável é que em todas as edições nunca se falou tanto dos participantes logo nos primeiros dias como se fala deste BBB10. Seja por amor ou ódio o público já se identificou e a audiência cresceu do primeiro para o segundo dia, o que mostra o caminho do sucesso.

*Este artigo estará disponível também no site Famosidades. O melhor site que trata do mundo das celebridades.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Solitários é arrastado e sonolento

Leia também: Tempos Modernos é 20x Melhor que Caras e Bocas


Estreou na última segunda-feira, 11, Solitários, o novo Reality Show do SBT. Um dos programas - se não - o mais aguardado para o ano de 2010, produzido pelo SBT que fez questão de manter o máximo possível de sigilo em torno dos métodos e das provas que iriam ao ar.

Após quase um mês de divulgação - muito bem feita por sinal - que deixou o público instigado para conhecer o Reality que prometia enlouquecer os participantes que ficam presos dentro de cabines individuais sofrendo de todo tipo de privação e passando por situações nada agradáveis, o resultado disso parecia quase uma sessão de tortura e que, evidentemente, seria muito interessante para o telespectador, finalmente veio a estréia.

Infelizmente nada disso foi constatado. O que se viu no primeiro episódio de Solitários foi um programa arrastado, com uma longa apresentação que certamente irritou o público, além de alguns participantes que insistiam em aparecer, fazendo tudo soar meio falso, exagerado.

A culpa disso, sem dúvida, é da criação que não soube roteirizar o episódio. O público não estava muito interessado em apresentações nem em provas simples, Reality assim precisa "chegar, chegando", como faz No Limite, da Rede Globo com maestria. Solitários, ao contrário, apresentou as primeiras provas simples, sem empolgar e sem dar graça para quem via.

Falha também da edição. Ouvir comentário de participante dizer que ficou dias sem tomar banho não ajuda em nada se isso não for visto de forma ágil. Um Reality assim, deve ser editado de forma que o telespectador também sinta a agonia por ver um participante sofrendo. Este resultado não foi conseguido.

Ainda assim, acredito no potencial do programa. A idéia é boa, a premissa é interessante, mas cabe a direção do SBT acertar a mão na edição dos próximos episódios e fazer com que Solitários ganhe ritmo. Por ora, é arrastado e dá muito sono.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tempos Modernos é 20 x melhor que Caras e Bocas


Estreou nesta segunda-feira, 11, a nova novela das 7 da Rede Globo, "Tempos Modernos" com o objetivo de segurar a audiência conquistada pela sua antecessora, Caras e Bocas, e pelo que o público viu no primeiro capítulo, pode ficar tranquilo. A trama é ótima.

A história maluca imaginada por Bosco Brasil parece funcionar perfeitamente e, pelo visto, o autor vai cumprir a promessa de gravar praticamente todas as cenas da novela em estúdio, o que de certo modo é interessante. A história da tecnologia com um computador de última geração foi muito bem bolada, principalmente pela forma como está sendo lidada. Frank - o computador - é praticamente uma pessoa. Conversar, "enxerga", opina, é malcriado, enfim, praticamente um ser humano - e dos mais divertidos.

Com uma história que parece muito interessante, Tempos Modernos tem tudo para manter e até aumentar a audiência deixada pela antecessora. Graças também ao talento de um elenco escolhido a dedo e que, se formos olhar pelo primeiro capítulo, tem tudo para engrenar. Antônio Fagundes está mais uma vez firme e compôs de forma sólida seu personagem. Sério, empresário, solitário e muito divertido, Fagundes promete nos tirar grandes risadas.

Regiane Alves e Viviane Pasmanter também compuseram muito bem suas personagens - filhas de Leal, personagem de Fagundes. As duas personagens são divertidas, mas os tiques de Regiane Alves por enquanto me chamaram mais a atenção.

Existem outros destaques neste primeiro capítulo: Leonardo Medeiros impressionantemente bem no papel de um rockeiro de meia idade, Eliane Giardine também apresentou uma personagem que tem tudo para ser muito interessante, além de explosiva e divertida. Felipe Camargo é outro que promete tirar grandes gargalhadas do público. Neste primeiro capítulo, ao menos, já fez o público rir algumas vezes em poucas aparições.

Mas o primeiro capítulo teve dois donos. Guilherme Weber chama a atenção por seu vilão - mais um na carreira. Firme, endurecido até no modo de andar e falar, provavelmente será um vilão pra marcar na história. E sua parceira de vilanias? Grazi Mazzafera, que ninguém acreditava que funcionaria como vilã - deu certo, pelo menos no primeiro capítulo. A moça está determinada e compôs muito bem a personagem.

As duas exceções - entre os principais nomes - deste capítulo são Thiago Rodrigues e Fernanda Vasconcelos. Além do casal nunca ter funcionado - nem em Malhação e muito menos em Páginas da Vida - Thiago aparentemente não se desvencilhou de seu personagem Cassiano de A Favorita e Fernanda Vasconcelos, com o mesmo problema de ainda não estar natural com uma personagem.

De qualquer forma, Tempos Modernos superou as expectativas de um primeiro capítulo e - me arrisco dizer - tem tudo para superar Caras e Bocas. E não adianta as viúvas da novela anterior reclamar porque ao menos este capítulo foi - pelo menos - vinte vezes melhor.

O que acontece com o Gugu?


É de dar vergonha alheia. Certamente a Rede Record tem muito do que reclamar de seu principal nome no casting da emissora. Gugu Liberato saiu do SBT para a sua nova Casa com status de grande apresentador que levaria a emissora em busca da liderança nas noites de domingo.

Como se não basta, a cúpula da Barra Funda ainda entregou ao apresentador o principal horário da emissora, 20h00 nos domingos. Isso quer dizer que o Programa do Gugu recebe de Domingo Espetacular que chega a liderar a audiência no fim do programa com grandes reportagens e - depois - entrega para A Fazenda, que se não é o maior fenômeno da Rede Record, mantém a emissora nos dois dígitos.

Com tudo isso parecia claro o sucesso do programa, como foi no início, chegando a liderar em alguns momentos contra o Fantástico da Rede Globo, mas com a mesma preguiça que já vinha apresentando nos últimos anos de SBT, Gugu Liberato voltou a fazer um programa sofrível, muito ruim, com assistencialismo barato e, pior, sem entretenimento algum para o público.

E o resultado? Evidente queda de audiência. Nas últimas três semanas o Programa do Gugu vem perdendo religiosamente para o Programa Sílvio Santos, de acordo com números do Ibope e - o pior para a Record - é que a cada domingo a diferença começa a aumentar, o que é alarmante, afinal Gugu não foi contratado a peso de ouro e com salário milionário de R$ 3 milhões por mês para deixar a Rede Record em terceiro lugar de audiência no horário com apenas um dígito, certo?

No último domingo houve momentos em que o Programa do Gugu estava com 5 pontos de audiência, menos de 01 ponto a frente da BAND, ou seja, beirando o 4º lugar, o que é impensável para uma produção desse porte que gasta tanto para ser colocada no ar. Enquanto isso, Sílvio Santos comemora seu desempenho excelente - na prévia o Programa Sílvio Santos registrou 11 pontos de média com picos de 16, conquistando a liderança por alguns minutos.

Algo precisa ser feito - e rápido - pela produção do Gugu, como por exemplo o diretor Homero Salles parar de brigar com fãs do SBT pelo twitter e passar a pensar em estratégias e quadros que melhorem o programa. Enquanto ele desce o nível ofendendo telespectadores, o Programa do Gugu desaba, em audiência e em qualidade. Lamentável.

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