quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SBT e um ano desastroso

O ano de 2010 está chegando ao fim e com ele as emissoras seguem fazendo seu balanço e, claro, crítica e público também realizam este tipo de balanço. Entre todas as emissoras, certamente 2010 foi pior para o SBT que teve um ano daqueles que nada ou quase nada deve ser lembrada, graças a sucessão de equívocos de sua direção.

Após um final de 2008 e parte de 2009 muito bons, a emissora de Sílvio Santos voltou a recorrer a boa e velha estratégia da grade voadora graças a troca da direção de programação, quando saiu a filha de Sílvio, Daniela Beyruti e a palavra final voltou a ser do todo poderoso patrão. Equívocos atrás de equívocos serviram para distanciar novamente o SBT da corrida pela vice-liderança e deu a Record a tranquilidade necessária para não se preocupar em olhar no retrovisor, coisa que vinha fazendo do segundo semestre de 2008 em diante.

A dramaturgia da emissora foi um desastre completo no ano, Sílvio Santos investiu alto na contratação de Tiago Santiago e, ansioso como sempre, não deu tempo para que o autor mostrasse os resultados que vinha mostrando na Record. A novela Uma Rosa com Amor foi encurtada por audiência baixa e, pouco depois do anúncio dos corte na trama, ela passou a dar resultados e brigar de igual para igual pela vice-liderança. Aí, já era tarde demais para voltar atrás e a história acabou completamente comprometida, além de não ter continuidade no trabalho de dramaturgia. A volta de A História de Ana Raio e Zé Trovão acabou se mostrando um erro, já que não deu resultado algum na disputa pela audiência.

A Linha de Shows da emissora correu por praticamente todos os horários possíveis e imagináveis. Foi das 20h15 para as 21h15 e recentemente voltou para 20h15 - detalhe que já havia passado também pelas 22h15. Nenhuma estratégia e acabou queimando programas que davam resultados como Esquadrão da Moda e Qual é o seu Talento?

Nos finais de semana, a mesma coisa. O SBT apostou alto nos domingos e conseguiu bons resultados em 2009, não em 2010. Eliana se perdeu no meio do caminho e, do melhor programa da TV aberta, passamos a ver um programa modorrento, sem graça e apagado. Sílvio Santos perdeu constantemente do Domingo Espetacular, apesar de vir mostrando reação nos últimos domingos. O único que foi vice-líder no ano foi o Domingo Legal, que é um horror de programa.

O que salvou-se de fato no ano do SBT foi a excepcional contratação de Raul Gil que ressurgiu das cinzas e, mostrou ser capaz de dar audiência. Brecou a audiência de Rodrigo Faro, ao menos enquanto disputam o público, por cerca de uma hora, e conseguiu altos picos. Desde que estreou, o apresentador foi praticamente por todos os sábados vice-líder, coisa rara no ano do SBT.

De qualquer forma, o fim de 2010 aparentemente é promissor. Daniela Beyruti está de volta e a grade apresentada para as tardes e início da noite na emissora é interessante. Certamente 2011 será um ano melhor para o SBT. Até porque, pior não pode ser.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Passione com um baita capítulo

Muitos podem questionar a necessidade do autor Sílvio de Abreu usar do artifício de matar mais um protagonista de sua novela na tentativa de alavancar a audiência (já morreram vários em Passione: Saulo, Myrna, Noronha e Diana), principalmente porque no caso da morte de Totó ninguém tem certeza se o personagem morreu de fato.

O que não se pode discutir é a capacidade que o autor mostrou e a boa forma. Após decepcionar a todos - público e crítica - no capítulo da morte de Saulo, apresentando um roteiro sem graça e um capítulo extremamente arrastado, Sílvio de Abreu recuperou a boa forma e mostrou ainda ser um gênio quando o assunto é tramas policiais.

No capítulo desta segunda-feira ele conseguiu criar todo um clima de suspense, mistério, além de muita adrenalina nos momentos finais que antecederam a morte de um dos principais personagens da novela. Foi incrível assistir toda a preparação, ver o plano bem armado por Clara e todos ficamos muito ansiosos esperando o momento em que o plano seria colocado em prática.

Aliás, Clara que, desde muito antes da estréia de Passione, já dava o que falar, finalmente foi a vilã que o público sempre quis. Em um único capítulo a personagem foi mais maquiavélica do que em todo o restante da novela, lançando mão de frases realmente geniais, aqui vai duas: "Não é hora de amar, é hora de matar"; "O amor é tudo... Cretino". Era disso que falávamos durante toda a novela e foi isso que faltou ao folhetim nesses meses.

Tivesse Sílvio de Abreu feito a novela toda como foi o capítulo de ontem, certamente Passione seria um sucesso de crítica e de audiência. Aliás, é preciso também parabenizar a diretora Denise Saraseni que vinha errando a mão nesta trama, mas principalmente na cena em que Clara atira em Totó tudo ficou perfeito, sem falhas e muito bem desenvolvido. Um baita capítulo de uma novela que prometia muito e cumpriu tão pouco.

Em tempo; Segundo os dados prévios, Passione registrou no capítulo média de 46 pontos com picos de 50. Recorde absoluto da novela.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Hebe, Faustão e o SBT

E não é que a Hebe foi mesmo para a Globo? Como convidada do Domingão do Faustão, mas foi. Confesso a vocês que não assisti a nenhum minuto da participação da apresentora no programa dominical, mas soube que, além de receber o prêmio Mário Lago, Hebe Camargo ainda participou do quadro Arquivo Confidencial, um dos mais importantes do programa.

Vamos por partes: a princípio, não acho que ela mereça um prêmio que já foi dado a personalidades que realmente fizeram a diferença ao longo da história da TV brasileira. É quase um sacrilégio pensar que Hebe Camargo tenha recebido e Fernanda Montenegro não. Também não consigo entender o que ela fez de tão importante para ser tratada como a "rainha" da TV brasileira. É evidente que Hebe merece respeito por sua trajetória, afinal, se manter no ar desde que a televisão surgiu não é tarefa para muitos, além do que, ela claramente parece ser uma excelente pessoa.

Como profissional, contudo, nunca a achei grande coisa. Hebe não é boa apresentadora, visto que tenta a todo custo ser debochada, sem nenhum sucesso, as vezes partindo até para a deselegância através de palavreado de extremo mau gosto. Ela também não é entrevistadora. Coloque ela ao lado de Marília Gabriela ou Fernanda Young e veja o que é entrevistar de verdade. Não foi uma nem duas vezes que Hebe deixou seus convidados desconcertados com perguntas impertinentes sobre a vida pessoal e que não dizia respeito a ela e nem ao público.

Posto isso, vamos ao outro assunto. Uma bobagem a ferrenha discussão que surgiu na internet. Fãs do SBT - sempre eles - em comunidades no orkut e também no twitter vociferavam ao final da participação dela no Faustão pelo fato de, nem a Globo, nem Hebe terem agradecido e nem citado a emissora de Sílvio Santos. Após a série de exigências estapafúrdias que o SBT fez - a Globo não pôde sequer exibir chamadas divulgando a presença de Hebe no programa - nada mais justo que ignorar uma emissora que age de forma tão mesquinha, certo?

Hebe não tem o que agradecer ao SBT. Na verdade, ninguém tem nada que agradecer a emissora alguma no Brasil. Nenhum apresentador de nenhuma emissora neste país é tratado minimamente com respeito. Hebe era tratada como rainha no SBT enquanto dava resultados, nesta década foi tratada como um tapete velho, desagradável e que não podia ser jogado fora por ser "relíquia". Então, transitou por todos os horários, teve seu salário diminuído constantemente, foi até proibida de dar o selinho (quanta bobagem!). Ela deveria agradecer pelo que?

É evidente que diz a boa educação que quando uma emissora libera um artista para outra, não custa agradecer durante o programa. Mas, este foi um caso excepcional, visto que o contrato de Hebe te duração de menos de uma semana. Ela já não é mais do SBT. Portanto, Hebe não merecia essa homenagem toda, e nem o SBT merecia citação. Simples assim.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Globo acerta em especiais de Fim de Ano

Nem bem começaram os tradicionais Especiais de Fim de Ano da Rede Globo e nota-se que a emissora de novo acertou na escolha de sua programação para as Festas que comemoram o encerramento do ano de 2010. Na noite de quarta foram exibidos dois e ambos muito interessantes: Papai Noel Existe e Diversão.com marcaram a noite do telespectador brasileiro.

Papai Noel Existe foi o primeiro especial com o tema natalino da emissora. Tendo a excepcional e injustiçada na TV aberta Regina Casé no papel principal, o programa contou de forma descontraída um dia dos vendedores de "bugigangas" no Rio de Janeiro em dias que antecedem o Natal. Um programa leve, despretencioso, mas com um texto rico e bem aprofundado marcaram a atração.

Como tudo que tem a marca de Regina Casé, o programa prezou pela fuga dos clichês e mesmo falando de Natal, da pobreza e do sonho do Papai Noel, temas recorrentes neste período, conseguiu falar de tudo isso sob uma ótica um pouco diferente e, principalmente, sem apresentar nenhum tema de forma caricata ou sonhadora ao extremo.

Destaque para Regina Casé e Rodrigo Santoro que formaram um casal divertido, leve e com muita química. Rodrigo Santoro, aliás, que é um baita desfalque para a televisão brasileira, sensacional ator, cheio de elementos e que constrói personagens como poucos. A cena em que ele mostra toda sua revolta com o Natal e tenta convencer o menino que Papai Noel não existe e, chorando, fala um pouco sobre as dificuldades dos pobres neste período por ver todos fazendo compras e ele não podendo, foi muito interessante. Além disso, lembrar da música de Natal marcante em sua infância foi ótimo. Parabéns aos envolvidos no Projeto, muito bom.

Diversão & Cia foi um pouco diferente. Apresentou um grupo de publicitários que trabalham para uma grande empresa e que, cada personagem tem sua ótica de trabalho e seus problemas pessoais, além de características próprias que moldaram o episódio especial. Apesar de ter sido muito mais raso que o anterior, o programa foi leve e muito bonito de se assistir. O objetivo, evidentemente, não foi de transmitir cultura 'cult' para o público, apenas um passatempo gostoso. E atingiu o objetivo.

O texto divertido - sem nenhum nexo e com personagens completamente irreais o que deu charme ainda mais para a história - somente poderia vir de alguém com o brilhantismo de Juca de Oliveira, um monstro da TV e que apresentou seu primeiro projeto como autor para a Globo. Começou muito bem. 

O elenco não foi formado propriamente por um grupo de primeiro escalão, mas impossível não destacar as ótimas atuações do trio Márcio Gárcia, Christine Fernandes e André Gonçalves, todos muito bem e infinitamente superiores ao restante do elenco. A história foi toda amontoada, é verdade, muita informação ao mesmo tempo e até difícil de acompanhar em alguns momentos, mas tudo muito bem amarrado e por isso valeu a pena assistir.

Que os próximos continuem tão bons quanto estes. E vocês, gostaram?

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Do Sucesso ao Fiasco: essa foi A Fazenda 3

Quando começou poucas pessoas apostaram que a 3ª edição do principal Reality Show da Record conseguiria algum sucesso. Após o fracasso que foi a edição anterior, A Fazenda 3 veio com a clara missão de tentar recuperar o prestígio e a repercussão midiática do formato, caso contrário, seria a última pá de cal necessária para acabar com o projeto.

Mas bastou uma semana e aproximadamente 4 centenas de brigas - naturais ou não, isso já foi debatido e não vem mais ao caso - e o Brasil mudou o foco da discussão. A disputa eleitoral caiu para segundo momento em alguns casos e A Fazenda passou a ser o alvo de todos os principais veículos de comunicação do país. Uma repercussão jamais vista em edições anteriores e, em alguns momentos, comparada as de Reality Shows da Rede Globo.

E os dias foram passando, a direção da emissora passou a tomar cuidado com a edição, na tentativa de criar uma novelinha que agradasse o público. O roteiro? Claro, as brigas constantes de participantes tresloucados como Santa Cruz, Sérgio Malandro e Nany People. As brigas eram tantas todos os dias que chegou um momento que passou ser impossível acreditar que tudo aquilo fosse real, a menos que todos ali fossem um bando de loucos.

De qualquer forma, o programa ganhou em repercussão e, com isso, também em audiência, principalmente no Rio de Janeiro onde conseguia liderar praticamente todos os dias. Em São Paulo o desempenho foi mais modesto, mesmo assim, os resultados ficaram muito acima da 2ª e catastrófica edição do programa. Aí, o público começou a votar e eliminar todos os polêmicos da casa. Um a um eles foram saindo e tirando a graça do Reality.

Com isso, a final não poderia ser diferente. Um fiasco completo. E em todos os sentidos. Uma péssima edição fez o programa final ser arrastado, lento, cansativo e sem a menor graça. Os 3 finalistas não tinham o menor carisma e, por conta disso, pouco interessou saber quem ganhou ou quem perdeu. Para piorar, Brito Jr esteve péssimo, parece que completamente perdido em suas funções.

Em audiência, o programa que conseguiu liderar ao menos uma vez em praticamente todos os dias da semana - exceção talvez para a segunda-feira - foi um completo horror. Enquanto disputou com As Cariocas, a final do Reality perdeu por 05 pontos de diferença (21 a 16) e somente no cômputo geral é que conseguiu vencer a Globo porque ficou no ar até madrugada. Ainda assim, 17 pontos de média foi a pior audiência para a final de A Fazenda e mostra a queda contínua, preocupante, mesmo que a média final de 15 pontos seja maior que as anteriores (14 e 10 respectivamente). A linha decrescente preocupa.

As Cariocas 1x10: A Traída da Barra

Foi exibido ontem pela Rede Globo o último episódio da série que deu o que falar neste último trimestre do ano. As Cariocas. Muito antes da estreia, algumas pessoas já afirmavam categoricamente que a série tinha tudo para ser um desastre de audiência e a emissora estava dando um tiro no pé colocando um produto com este formato para competir com a principal atração da Rede Record, A Fazenda.

Mal sabiam estas pessoas que Daniel Filho não estava para brincandeira e, no auge de sua inspiração, voltava a TV como produtor de uma série bem diferente de tudo que já foi visto e, logo de cara, atrairia completamente a atenção dos telespectadores. Sem medo de errar, em 10 episódios, ele muito mais acertou do que errou, felizmente.

Em A Traída da Barra, a Globo deu uma missão à série: competir com a final de A Fazenda. E o episódio não deixou por menos. De extremo bom gosto, ele brincou com todos os clichês conhecidos em relacionamentos que tratam de traição e o fez com maestria. Foram seqüências e mais seqüências em que o óbvio abria espaço para os diálogos divertidos e muito bem elaborados. A narração, que patinou feio no episódio anterior, estava afinado com o texto e os acontecimentos, mas muito mais do que isso, voltou a ter o humor afinado que sempre gostamos.

Mais do que acompanhar a saga de Maria Tereza pela noite da Barra, desiludida com o marido, irada e com desejo de traição por pura vingança, o que chamou a atenção no episódio final da série foi as situações em que a protagonista se meteu tentando se vingar. De esposa devotada a mulher entrando num carro para uma noite a três, ou quatro, ou cinco, até mulher buscando conselhos - e também aconselhando - o trio mais maluco de prostitutas que o Rio de Janeiro já viu, tudo foi muito bem montado.

Além da deliciosa história, o público ainda foi brindado com a volta de Angélica para a dramaturgia. Afastada deste formato desde o fim da novelinha de seu programa na Globo (lembram da Fada Bela?), Angélica continua com a impressionante química diante das câmeras. É bem verdade que ela não domina completamente as técnicas de atuação e também, às vezes, exagera em algumas expressões. Mas quem precisa de técnica de atuação quando se tem um carisma como a Angélica? Além do que, ela continua com impressionante timing para o humor. Nota 10.

Nota 10 mesmo quem merece é Daniel Filho por devolver a televisão um formato tão interessante e, mais do que simplesmente apresentar uma série de qualidade, ele permitiu mostrar a todos que há novo fôlego para a TV brasileira. As séries vem se mostrando um formato interessante e As Cariocas foi prova disso. Ficará em nossa memória.

Em tempo: o episódio final de As Cariocas registrou média de 22 pontos contra 17 pontos da Rede Record

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um ano razoável para a Record

Mais um ano terminou e, óbvio, novamente o adiamento da cúpula da Record para o tal primeiro lugar consolidado da emissora. A subida vertiginosa que a Rede teve na primeira metade da década empacou e, inclusive, sofreu pequena queda nos últimos anos, aproximando-a muito mais do SBT na briga pela vice-liderança do que propriamente da Rede Globo na disputa pelo primeiro lugar.

Especificamente em 2010, a emissora de Edir Macedo conseguiu estancar a queda gradual que vinha ocorrendo desde a segunda metade de 2008 e em todo o ano de 2009. Ainda assim, não é possível afirmar que houve um balanço positivo do ano para a Record. De uma maneira geral foram poucos os programas que funcionaram e conseguiram atingir a meta e, menos ainda, os programas que conseguiram efetivamente brigar pela liderança, que é a meta da cúpula na Barra Funda.

A começar pela teledramaturgia que recuou drasticamente não apenas no quesito audiência, mas principalmente na qualidade. Uma emissora que chegou a cogitar três horários para telenovelas e que conseguiu audiência de até 25 pontos em suas obras se contentar com apenas uma novela inédita no ar com média discreta de 11 pontos de audiência não pode ter um saldo positivo. Ribeirão do Tempo não conseguiu emplacar na audiência, não caiu no gosto da crítica e, portanto, não conseguiu nenhuma repercussão. Muitas pessoas sequer sabem o nome da novela da emissora. E a minissérie? A História de Ester foi um dos maiores fiascos da história recente da teledramaturgia no Brasil. Péssimo texto, péssima direção, interpretação pior ainda e audiência, claro, horrenda.

No telejornalismo a emissora não mudou em nada. Seus programas populares conseguiram altos picos apenas em grandes tragédias que aconteceram ao longo do ano utilizando o expediente da exploração da tragédia humana, o que mostra que, nesta matéria, a emissora é muito mais 'populista' e menos profissional que a concorrente, Globo. O principal telejornal sofreu um 'up' com a presença de Ana Paula Padrão, ganhou em qualidade, mas não em audiência, ao contrário, chegou a perder algumas vezes para o SBT.

Os programas de entretenimento tiveram dois tipos: os que fizeram sucesso e os fiascos. Rodrigo Faro e o seu O Melhor do Brasil explodiram durante o ano de 2010. O quadro em que o apresentador dança fez muito sucesso em todo o país e, além de dar números impressionantes de audiência - beirando os picos de 20 pontos - alcançou vasta repercussão da mídia. Em compensação, O Programa do Gugu ainda não disse a que veio. Perdendo constantemente para Sílvio Santos, o apresentador mudou de horário e ainda não conseguiu se firmar durante as tardes, disputando a audiência ponto a ponto com Eliana.

Os Realities, de uma maneira geral, também foram discretos. O Aprendiz com novo comando foi um fiasco. Pior audiência da história do programa, críticas para todos os lados e um final mais do que discreto, mas infeliz mesmo. Ídolos, lançado para as madrugadas da emissora, sempre tentava beliscar a liderança, mas com modestos 08 pontos de audiência, o horário prejudicou muito e, por isso, repercussão nenhuma. O único que se salvou entre os realities foi A Fazenda que vem alcançando constantemente a liderança, além de ser o assunto mais falado do momento.

De uma forma geral, a Rede Record não tem muito o que comemorar em 2010. Ano discreto, sem crescimento e que conseguiu apenas estancar a queda que vinha ocorrendo e se firmar na vice-liderança. Será que 2011 será um ano melhor?

domingo, 19 de dezembro de 2010

A inovação chega a Passione

E não é que Sílvio de Abreu conseguiu inovar mesmo em meio à sua trama mais confusa? Passione mostra capítulo após capítulo que é, de longe, a novela mais fraca do autor - o que não significa que ela seja necessariamente ruim, não é - e que, infelizmente, desta vez Sílvio de Abreu não foi capaz de escrever um roteiro que atraísse a atenção do telespectador.

No capítulo deste sábado, o autor colocou no ar a cena que muita gente duvidou quando a mídia jogou a notícia no ar. A morte da protagonista da história, Diana (Carolina Dieckman). Gostem ou não, isso foi de uma coragem absurda, afinal, é muito raro a mocinha de uma novela morrer ao invés de vencer tudo e todos e "viver felizes para sempre". É bem verdade que não é a primeira vez, mas isso é muito raro e, também é verdade que Diana nunca agradou o público, ao contrário, sempre foi uma das personagens mais rejeitadas na telenovela.

Mesmo assim, a morte da personagem caiu como uma bomba diante do público que reclamou na Rede Globo durante a semana toda que antecedeu a fatídica cena. Cena esta que foi muito criticada nos veículos de comunicação, provavelmente porque os jornalistas já estão propensos a criticarem tudo que vem de Passione, uma vez que a cena foi, além de muito bem conduzida pela direção, rica em atuação de ambos os atores (Dieckman e Rodrigo Lombardi), mas acima de tudo, teve um texto cuidadoso, emocionante e rico.

Rodrigo Lombardi não está bem como Mauro, aliás, muito abaixo do bom desempenho que teve em Caminho das Índias como Raj, mas em especial nesta cena ele soube colocar para fora toda a emoção que a cena e o personagem exigiam e por isso merece os parabéns. Carolina Dieckman já não precisa mais provar nada a ninguém, é uma boa atriz e, mesmo num papel complicado, uma personagem meio vazia e sem graça, ela conseguiu dar um desempenho interessante. Nesta cena, ela esteve muito bem, conduziu com talento seus minutos finais na trama.

A morte de Diana pode não mudar os rumos da teledramaturgia no Brasil, certamente não vai. Mas representa a lembrança de que Sílvio de Abreu é um autor corajoso, ousado e que não se importa em fugir do comum e desagradar os telespectadores e crítica, desde que seja para construir uma história interessante dentro de seu folhetim. Isso pode ter sido o grande momento de Passione.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

E a Band, hein? Por onde anda?

Quando se fala de TV aberta brasileira logo se pensa em algumas emissoras tradicionais como Rede Globo, SBT, Rede Record e BAND. Todas as outras emissoras abertas estão ainda buscando seu espaço e, nem de longe, possuem a rica história cultural que as 04 principais Redes de TV do país são donas e carregam em seu "currículo".

Na atual década falou-se muito do crescimento vertiginoso da Rede Record em sua escalada rumo a vice-liderança, que se consolidou de fato na atual década e também da grave queda do SBT que, desde a década de 80 era a emissora vice-líder do país e, nesta década, perdeu o lugar para a concorrente e também perdeu muito de sua credibilidade.

Porém, não se vê muito falar da BAND. Uma década triste para uma emissora que já foi a predileta da classe masculina no Brasil, principalmente na década de 90 quando a emissora tinha por slogan: "Bandeirantes, o canal do esporte". Com as mudanças da cúpula da Rede, nos primeiros dez anos do novo milênio, o que se viu foi um afastamento gradual do esporte e o perfil da emissora passou a mudar consideravelmente quando em comparação com os 10 anos anteriores.

Porém, é nítido que essa mudança não surtiu o efeito esperado. Atualmente, poucos são os programas da emissora que o público queira assistir e, mais do que isso, exceção feita ao excelente CQC, praticamente nenhum programa da grade atual da BAND tem qualquer tipo de repercussão junto ao público e também junto a mídia especializada.

Apesar de, em 2010, a emissora ter tido certa melhora, principalmente no horário nobre e se aproveitando da fragilidade do SBT, ao lançar programas interessantes como A Liga, isso é pouco perto do que a emissora outrora especializada em esporte vem fazendo atualmente. A bem da verdade é que ninguém sabe por onde anda a estrutura da BAND e, ao que parece, ninguém saberá, pois a próxima década não promete nada de interessante.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

As Cariocas 1x09: A Suicida da Lapa

Todas as séries, praticamente sem exceção alguma, mesmo as melhores, passam por momentos delicados e sofrem em um momento ou outro com episódios abaixo da média. Quando a série é boa, isso fica mais evidente quando surge um episódio que se destaque por não ter a mesma qualidade da maioria que normalmente é exibido.

As Cariocas pode servir como exemplo disso. Uma primeira temporada realmente muito boa, melhor até do que muita gente esperava. Em nove episódios, ao menos 06 foram excelentes, o que é uma marca e tanto para uma produção deste porte. Ainda houve um regular e, pena, dois abaixo da média. E o de ontem foi um deles, o mais fraco até o momento.

A Suicida da Lapa não chamou a atenção em nenhum momento. O roteiro não conseguiu atrair a atenção do telespectador que viu um episódio arrastado e que tentava a todo o tempo ser engraçado, sem conseguir nem arrancar sequer um sorriso amarelo de quem assistia. As metáforas que foram inseridas tentando levar o público a buscar elementos históricos e poéticos também não surtiram efeito e, em conseqüência disso, nada houve de importante.

As frases todas muito fracas, inclusive as de narração que normalmente dão o tom divertido e até poético para as histórias, chamaram a atenção dessa vez pela falta de criatividade e, em alguns momentos, chegaram a irritar o público. A personagem principal, Alice, não tinha carisma algum, ao contrário, a imagem de psicótica que ela passou muito mais fez o público bocejar do que se divertir ou torcer por um desfecho surpreendente.

Para ajudar, Débora Secco não esteve bem. Ela ressuscitou a fraca interpretação de Sol em América e voltou a falar gemendo, um de seus principais defeitos como atriz. Todas as cenas em que Alice demonstrava sua insegurança e indecisão foram prejudicadas por um texto ruim e por uma atriz que não soube compor uma personagem um pouco mais densa.

O jeito agora é esperar pelo episódio final - o que gera mais expectativa por ser protagonizado por Angélica - e torcer para que a última imagem de As Cariocas seja positiva, porque, de qualquer forma, a temporada teve um balanço muito bom.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Hebe deixa SBT. Destino pode ser Rede TV!

A apresentadora Hebe Camargo anunciou nesta segunda-feira, durante gravação de seu programa especial de fim de ano que, 25 anos após comandar seu programa na emissora de Sílvio Santos, está deixando o SBT. Segundo a apresentadora, foram mais de duas décadas de uma parceria vitoriosa e vivendo literalmente como uma família, porém, era chegado o momento de sair e manter os laços de amizade que criou com praticamente todos da emissora.

Porém, nos bastidores, o que se comenta não é bem isso. A proposta salarial feita por Sílvio Santos não agradou a apresentadora que optou por não renovar o contrato que vence no último dia de dezembro de 2010. Por isso, a apresentadora achou melhor deixar o SBT ao invés de manter uma relação profissional que vem sendo desgastada ao longo dos anos com constantes reduções salariais também motivadas pela significativa queda de audiência do programa.

Muito se cogitou que o destino da apresentadora seria a Rede Globo que vem fazendo uma série de homenagem a ela ao longo de 2010. Quando Hebe anunciou estar com câncer, logo após a cirurgia, a primeira emissora a ouví-la foi a Rede Globo, através do Fantástico. No último domingo, ela recebeu também uma homenagem da emissora. Tudo muito estranho.

Mas engana-se quem acha que já está tudo acertado. Segundo fontes dentro da emissora dos Marinho, há o interesse em contar com Hebe, porém, como ela não atrai mais audiência, existe preocupação da cúpula, pois pode ser um tiro no pé na briga pela audiência e abrir mais um horário em que a concorrência pode se aproveitar.

Segundo o jornalista Alê Rocha divulgou em seu perfil no twitter e confirmado por fontes dentro das emissoras de TV, o provável destino da "rainha" da TV brasileira deve ser a Rede TV! Caso isso se confirme, seria um fim de carreira deprimente para uma mulher que já chegou a liderar a audiência e fechar sua vida profissional apenas na 5ª emissora do país. A aposentadoria seria muito melhor. Mesmo assim, pode haver uma reviravolta e ela ir parar na Globo. Vamos esperar.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Parabéns Sílvio Santos

Neste dia 12 faz aniversário o maior comunicador que o Brasil já viu. Senor Abravanel, o popular Sílvio Santos. Donos de uma das mentes mais brilhantes que a TV brasileira já viu, ele é responsável por criar um modo de se fazer televisão e dar a ela o típico jeito brasileiro, popular, divertido, sem frescuras e, acima de tudo, com improviso.

Sílvio Santos já era um baita apresentador há 40 anos, ainda na Rede Globo e dono dos domingos da TV ele criou quadros, programas e tinha a incrível capacidade de se manter por até 8 horas no ar sem nenhuma dificuldade, sem que seu programa se tornasse cansativo ou que o telespectador cogitasse mudar de canal. Isso por si só é prova do que ele representa.

Ainda hoje, Sílvio Santos parece ser o único apresentador da televisão brasileira que não precisa se renovar. Todos os mais antigos comunicadores tiveram que repensar seus estilos para continuar no ar, ou então a audiência começou a ser afetada. Não com Sílvio Santos. Ele faz a mesma coisa que fazia na década de 70 e, ainda hoje, todos a sua volta gostam e o admiram. O telespectador tem um carinho incrível para com ele e ninguém se cansa de ver seu programa.

Sílvio também representa muito para a TV de um outra forma, como empresário. Afinal, desde que a Globo derrubou a extinta TV Tupi e assumiu a liderança da audiência, Sílvio Santos foi o primeiro a conseguir assustar a vênus platinada. Ao adquirir o SBT, Sílvio Santos montou uma programação alternativa, popular e com cara própria, colocando rapidamente a emissora no segundo lugar de audiência.

Pertence a ele as idéias mais geniais da televisão e as maiores audiências fora da Globo com programas como Casa dos Artistas, Show do Milhão. Como empresário, Sílvio sempre teve ótima visão, por isso fez do SBT um celeiro de sucessos como Bozo, Mara Maravilha, Show de Calouros, Domingo Legal e tantos outros programas que conseguiram boa audiência.

O momento do aniversário de Sílvio pode ser o pior de sua vida profissional. A notícia do rombo em seu Banco (Panamericano) e com o SBT não conseguindo disputar a vice-liderança com a Record, parece que é o fim da linha. Mas não é, para um homem como Sílvio Santos, nunca é, pois ele sempre encontra uma saída criativa. Independente se o SBT voltará ou não a ser a segunda maior emissora do país, o público brasileiro tem muito o que comemorar graças ao maior comunicador do país.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma série para a Jaqueline. URGENTE

É raro, muito raro ocorrer o que vem acontecendo em Tititi. São anos e anos de telenovelas brasileiras no horário das 7 e, a maioria delas, sempre carregando forte apelo de comédia. Ainda assim é muito raro acontecer de um personagem cômico cair nas graças do público e haver unanimidade entre todo tipo de crítica e todo tipo de público. É o que acontece com Jaqueline.

O trabalho que Cláudia Raia vem desempenhando na novela das 7 não é apenas digno de nota, mas digno de várias e várias notas, principalmente ao se levar em conta um ano como o de 2010 em que temos atuando na TV atrizes do porte de Fernanda Montenegro, Eva Wilma e Aracy Balabanian. Mas não resta dúvida que o grande nome feminino da TV brasileira em 2010 é Cláudia Raia.

Jaqueline não é apenas uma mulher, é um furacão que deixa seu rastro de bom humor e frases geniais por onde passa. Tititi nem bem está na metade e Jaqueline já coleciona uma série de frases divertidas e que entraram para a história recente das novelas. Isso também se deve ao excelente texto de Maria Adelaide Amaral, inspiradíssima e mostrando ser hoje a melhor autora do país, ao lado de João Emanuel Carneiro, e com a interpretação forte, coesa e divertida de Cláudia Raia, tudo vai bem.

É importante ressaltar que Cláudia Raia tem uma personagem difícil. Além de ser um remake e, claro, as comparações viriam - só no começo, pois hoje ela é dona da personagem - é difícil interpretar uma personagem tão cômica e não cair na caricatura. Jaqueline passa longe disso, além de ter também uma forte proximidade com o drama e a atriz manda muito bem também.

De qualquer forma, tenho certeza que todos os fãs de Tititi concordam com o título do texto. Jaqueline não apenas é o grande destaque da novela de Maria Adelaide Amaral, como merece uma série só para ela, devido ao sucesso e a qualidade da personagem que pode render muitas risadas.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

As Cariocas 1x08: "A Iludida de Copacabana

Nem dá para dizer que já há um preparo para o fim de As Cariocas, afinal, a série apresenta episódios independentes e histórias com começo meio e fim num único episódio, mas só de pensar que a série está perto do fim, começa a causar nostalgia e saudades de um trabalho tão bem feito que marcou o retorno de Daniel Filho para a TV.

Em oito episódios é óbvio que nem todos mantiveram o mesmo nível, isso é natural mesmo em séries conceituadas tanto no Brasil quanto fora dele. Porém, é inegável também que As Cariocas entrou para a lista das boas produções brasileiras em 2010, mesmo antes de seu final - ainda restam dois episódios para serem exibidos.

O que se viu em A Iludida de Copacabana foi a junção de tudo de melhor que os episódios anteriores haviam mostrado. Uma história consistente, apresentando Marta, a carioca da noite. Uma mulher que faz de tudo para provar que tem uma vida normal, casada e com filha. A história foi se contando aos poucos, como uma mulher devota de um marido que não lhe dá bola, mas ainda assim permanece fiel a ele.

Achei bem interessante como tudo foi mostrado com calma, principalmente a personalidade de Marta, interpretada genialmente por Alessandra Negrini que deu um show de interpretação em cada uma das cenas. O público foi se acostumando a protagonista e a vendo como uma mulher ímpar e completamente humana, cheia de conflitos e necessidades guardadas para si.

De longe, este foi o episódio mais complexo da série até agora e, sem dúvida, o melhor ao fazer uma análise geral. Desde a construção narrativa da história, até a intromissão do narrador, mas principalmente o desfecho surpreendente e muito divertido marcaram este episódio e mostrou que Daniel Filho realmente sabe fazer televisão.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Fazenda perdendo força

Após ter sido certamente o maior fenômeno de audiência do ano, A Fazenda 3 parece começar a perder o fôlego e justamente na entrada de sua reta final, o que pode parecer estranho, já que é normalmente quando o público mais se interessa por Realities Shows deste tipo.

Em 2010 nem a Globo pode se gabar por algum fenômeno de audiência - talvez Tititi em algumas médias que surpreenderam - e A Fazenda conseguiu números interessantes, bem acima da edição anterior e liderando até com mais freqüência que a primeira edição do programa. Com o elenco bem montado e um roteiro de tirar o fôlego, o programa conquistou a audiência graças às constantes brigas entre os participantes, brigas essas que, em determinados momentos, eram não apenas diárias, mas quase como o anúncio da tele-sena, de hora em hora.

Porém, o público brasileiro sempre deu mostras de ser tradicional. A última edição do Big Brother Brasil mostrou bem isso, quando todos os participantes considerados briguentos, causadores de confusão e, mesmo sendo honestos, falando o que ninguém quer ouvir, o telespectador foi tirando um por um do programa. O mesmo se repete agora. Os mais briguentos e que movimentavam a casa já saíram faz algum tempo e o que se vê diariamente é algo sem graça, parado, sem fôlego.

Para uma reta final isso é muito ruim. Foi o que aconteceu na segunda edição que teve uma audiência catastrófica e, é provável que A Fazenda 3 consiga boa audiência em seu programa final, mas começo a ter dúvidas se a média geral irá manter. Na última semana, o programa registrou a pior média semanal desde a estréia, o que mostra ser preocupante. No sábado e no domingo, o programa chegou a ficar alguns minutos com um dígito e, no domingo, ficou boa parte do tempo na terceira posição da audiência.

O que parecia ser um fenômeno, pode se tornar um final completamente fiascado. Tudo porque a edição quis criar novelinha com mocinhos e vilões e atrapalhou o jogo se é que há algum jogo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O marasmo de volta aos Domingos

Por praticamente um ano o domingo das TVs abertas do Brasil ficaram muito movimentados. Após a troca de emissoras de Gugu Liberato e Eliana, todo o Brasil queria saber como os dois se sairiam a frente de seus programas nas novas emissoras. Esse interesse durou de agosto a dezembro de 2009. 

Já no começo de 2010, após as férias do mês de Janeiro, o interesse ficou por conta de outro assunto. Eliana perdia fôlego e começava a cair vertiginosamente na audiência, saindo de médias incríveis de 13 pontos - e liderança em muitos momentos - para pífios 06 pontos e o quarto lugar. Já Gugu que, no começo, chegara a liderar contra o Fantástico, já não tinha mais forças para disputar contra seu ex-patrão Sílvio Santos e também seguia em 4º lugar.

O interesse se manteve após o primeiro quatrimestre do ano, pois a Rede Record não aguentou muito tempo as derrotas de Gugu e o transferiu de horário, voltando o apresentador para as tardes de domingo, horário que havia o consagrado na década de 90 no SBT. A partir daí, o interesse passou a ser em saber quem venceria aos domingos, Eliana ou Gugu.

Foram meses assistindo a derrotas e vitórias de ambos. Os interesses por vezes mudavam, como ver o Domingo Legal disputar com o Tudo é Possível e o Domingo Espetacular disputar com o Fantástico e o Programa Sílvio Santos.

Fato é que, aparentemente, não há mais disputa acirrada. Tudo se estabilizou, tudo perdeu o interesse e a disputa pela audiência aos domingos, pouco mais de um ano de intensa briga, voltou a ser o que era, um marasmo só. Enquanto as emissoras não buscarem novos formatos, novos quadros e até adaptarem horário, o público não mais se interesserá e não haverá mais disputa que chame a atenção da mídia.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ratinho em momentos épicos

O SBT acertou em cheio. Pode ser que os números de audiência ainda não reflitam o significado real do que representa a volta de Carlos Massa, o Ratinho, para o horário nobre da TV brasileira, mas, é provável que isso ocorrerá muito mais rápido do que se imagina.

Ratinho surgiu para a TV na CNT exatamente neste horário e fazendo este tipo de programa, foi assim que ele ficou famoso e foi assim que, primeiro na Record e depois no SBT ele assombrou os especialistas ao conseguir números impressionantes de audiência, chegando a picos de 43 pontos e massacrando a Rede Globo, vencendo em alguns momentos as novelas das 8. É isso que ele sabe fazer e, ainda bem, é isso que ele está fazendo novamente.

Somente quem assistiu a primeira semana do apresentador neste horário sabe do que se está falando. Foram momentos épicos para a TV brasileira. Ratinho mais desinibido do que nunca, em um só programa, falou mal do Ministério Público, de bandidos, da polícia e até se disse frustrado com o segredo de Gérson em Passione - no mesmo dia, inclusive. Tudo isso aos berros, como é seu costume, com a famosa câmera nervosa e, principalmente, com a banda e o público participando muito.

E durante a primeira semana já tivemos tudo de volta. De Marquito com suas sensacionais performances passando por briga durante o teste de DNA e chegando ao retorno triunfal do cacetete durante uma das crises histéricas do apresentador. Dá gosto de ver.

Realmente, em tempos de internet e notícia globalizada, a quantidade impressionante de informações que se passavam simultaneamente no Programa do Ratinho era bizarra. Como eu afirmei na data da estreia do programa em meu twitter particular, Ratinho faz na TV a baixaria com bom gosto, isso sim é saber como se faz televisão.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As Cariocas 1x07: "A desinibida do Grajaú"

As Cariocas, com um outro deslize natural para um programa que busca um formato um tanto quanto inovador para a televisão brasileira, definitivamente se firmou como uma das coisas boas da TV brasileira em 2010 e uma volta triunfal de Daniel Filho a Rede Globo.

Em 07 episódios já são 05 os que estiveram acima da média da TV - incluindo o atual - um que manteve-se regular e apenas um que tenha sido alvo de críticas, isso mostra um balanço muito positivo e que já se pode afirmar sem medo de errar: a série é realmente boa.

Em A Desinibida do Grajaú a história foi, acima de qualquer coisa, muito divertida, isso graças aos toques de genialidade e cor dados pela direção segura de Daniel Filho que, certamente, estava muito inspirado enquanto filmava este episódio em especial. A história de Michelle não foi a mais profunda entre as exibidas até o momento, mas foi, disparada, a que mais chamou a atenção do telespectador, tudo graças aos muitos toques de bom humor e seqüências realmente divertidas a que fomos colocados.

Daniel Filho mostra que é despretencioso com o roteiro em si. A história da ex-gordinha que virou miss é uma das coisas mais batidas da televisão mundial, mas quem liga pra isso quando o texto é divertido e explora todos os possíveis e imagináveis clichês disponíveis em torno disso. Brincar com clichê é tarefa difícil, mas o episódio conseguiu com maestria.

O elenco também esteve muito afinado dando apoio a toda estrutura montada para que o sétimo episódio conseguisse ser o que de fato foi, o melhor episódio da temporada de As Cariocas. E o elenco bem escolhido realmente deu apoio, apoio a grande estrela da noite que atende pelo nome de Grazi Mazzafera. 

A atriz nunca esteve tão a vontade num personagem como encarnando Michelle e foi graças a sua atuação impecável que a personagem fugiu da caricatura e se tornou deliciosa para assistir (sem trocadilho, claro) e, muito, muito divertida.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sílvio de Abreu se ajoelha a censura e decepciona

Após meses de mistério finalmente o segredo de Gérson Gouveia foi revelado. No capítulo de ontem, segunda-feira, foi ao ar pela Rede Globo, na novela Passione, a seqüência em que o personagem conta a seu psicanalista qual é o grande mistério que o assola desde a estréia da novela. Afinal, o que ele tanto via no computador? Era a pergunta que praticamente todos, fãs e críticos se faziam.

Após a revelação é preciso abrir duas discussões distintas para não ser injusto. Primeiro ponto a ser debatido é óbvio, o mistério em si. Muita gente não compreendeu qual era o segredo que Gérson guardava a sete chaves e o incomodava tanto e, por conta disso, veio uma avanlanche de críticas a Sílvio de Abreu, autor da novela, com afirmações do tipo: "sério? Ele é apenas viciado em ver sexo?" "Gérson gosta de uma boa sacanagem, e daí?". Não é nada disso. O personagem de Marcelo Antony é "coprófilo", ou seja, se excita em inalar odores nojentos durante o sexo, tais como fezes, urina ou vômito. Dizer que isso não é chocante seria loucura, um tema muito pesado, mesmo nos dias atuais.

Portanto, é óbvio dizer que o autor do folhetim foi ousado a trazer a tona um tema controverso como este, porém, de nada adiantou tentar fazer isso se a seqüência foi toda estragada e aí chegamos ao segundo ponto da discussão. Em tempos em que o Ministério Público faz uma clara censura contra os veículos de comunicação e que o merchan comanda o mundo do entretenimento, Sílvio de Abreu foi um bom moço e abaixou a cabeça para o sistema. Para não desagradar os censores - e o termo é exatamente este - nem os patrocinadores, o autor escreveu uma cena de revelação apenas didática, com frases vazias, com sentido vago e sem dizer exatamente qual era o problema do personagem, deixando a conclusão para o telespectador.

Basicamente o ponto foi este. O segredo de Gérson é um dos temas mais ousados da televisão brasileira, a revelação deste segredo foi uma das coisas mais broxantes já vista nos últimos anos. Se era para tratar do tema desta forma, se era para criar expectativa para se acovardar no momento da revelação, o melhor era que nem levantasse a bola porque, apesar da coragem pelo tema, o que vai ficar marcado na mente do público é a seqüência sem nexo e com Gérson repetindo um milhão de vezes a palavra "nojento". Quero meu dinheiro de volta.

domingo, 28 de novembro de 2010

O Fim do Casseta e Planeta é o fim de uma Era

A equipe de humoristas do Casseta e Planeta informou durante esta semana que o último programa do grupo será exibido pela Rede Globo no mês de dezembro e o programa - principal humorístico do país em números de audiência - não será exibido em 2011, terminando 19 anos após surgirem na TV.

A princípio, o que se viu, principalmente da nova geração de telespectadores, foi comemoração pelo fim do humorístico. Nos últimos 05 anos, desde a morte de Bussunda, principal roteirista do grupo, os Cassetas enfrentam uma difícil crise de audiência e criatividade. Vem perdendo pontos importantes na audiência e, principalmente em 2010, mesmo recebendo em alta das novelas - quase sempre acima dos 40 pontos, dão média de 23 pontos e entregam sempre abaixo dos 20 para a próxima atração.

Isso não justifica que se comemore o fim da atração. É evidente que havia um desgaste natural de quase duas décadas no ar e também uma clara crise de criatividade. É fato que o programa merecia um descanso - eterno ou não, aí vai da consciência de cada um - porém, quem começou a ver TV nos últimos 05, 06 anos, não pode nem tem o direito de fazer piadinhas macabras com o grupo.

Casseta e Planeta revolucionou a forma de se fazer humorístico na televisão brasileira. Antes do grupo só se via o mesmo formato de humor pastelão, fosse em programas ruins e de qualidade duvidosa ou até mesmo nos idolatrados Trapalhões ou Chico Anísio e até Jô Soares. Foi o grupo de universitários que tinham um jornal de humor que entraram para mudar o humor da televisão.

O grupo conseguiu o que poucos imaginavam. Numa década muito sofrida para a população brasileira, principalmente nos primeiros cinco anos, o Casseta e Planeta soube roubar a cena com humor inteligente, tiradas geniais, crítica social bem humorada e, principalmente, fugindo dos clichês, das caricaturas e do humor de cunho sexual, sempre mais fácil e mais vulgar.

Em tempos em que arrotar nas pessoas é engraçado, em tempos que entrevistar famosos e deixá-los sem graça é engraçado. Em tempos que ser mal educado é engraçado. Definitivamente não há espaço mais na TV para humor como Casseta e Planeta. Certamente a maioria dos telespectadores não conseguiam compreender a profundidade do humor do grupo - que, frise-se não vivia a melhor de suas fases e enfrentava uma crise de criatividade - e, por isso, o melhor a fazer é tirar do ar. Casseta e Planeta chega ao fim e fica guardado na memória da TV como o melhor humorístico já produzido. Descanse em paz.

sábado, 27 de novembro de 2010

O corre-corre no SBT nesta semana

O SBT parece que decidiu. Sua direção deixa todos os grandes acontecimentos do ano no segundo semestre e sempre para acontecer de uma tijolada só. Foi assim em 2009 quando, em um único final de semana, Sílvio Santos anunciou a contratação de Eliana e Robertos Justus, assombrando a crítica televisiva pela investida do empresário sobre a Record, o que parecia improvável aquela altura do campeonato.

Em 2010 a estratégia, boa ou ruim, se repete. Vamos por partes. O primeiro grande anúncio da semana na emissora foi da nova grade noturna que, pela primeira vez em muitos anos, foi organizada de forma séria, pensando no programa seguinte e com algum tipo de estratégia lógica. É evidente que não é possível fazer qualquer tipo de afirmação sobre resultados, mas parece ser a melhor grade para o momento.

Colocar a Linha de Shows às 20h15 não chega a ser um risco, pois foi neste horário que estes programas davam os melhores resultados. Foi começando as 8 e quinze da noite que Esquadrão da Moda e Qual é o Seu Talento? conseguiram picos impressionantes de até 15 pontos da audiência. É possível que todos os programas desta linha melhorem seus números, mesmo que pouco, logo no início. Mas, a tacada realmente brilhante foi colocar o Programa do Ratinho de volta ao horário nobre, às 21h15 e sem censura. Os flashes de divulgação da volta do apresentador para o horário relembram grandes momentos dele, principalmente entre 2000 e 2001 quando alcançava o primeiro lugar de audiência beirando os 40 pontos.

E a grade faz sentido, afinal, em 2011 tem duas novelas para estrear e é possível encaixá-las sem o menor problema nesta grade. Corações Feridos pode ser colocada tranquilamente às 19h30, logo depois do SBT Brasil e Amor e Revolução entra normalmente às 22h30, substituindo Ana Raio e Zé Trovão. Se isso for realmente feito, 2011 tem tudo para ser um ano melhor para o SBT.

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E o que dizer de Luiz Bacci? O rapaz foi anunciado como novo apresentador do Boletim de Ocorrências, em novo horário, as 6 da tarde e com uma hora de duração, para no outro dia anunciar que estava trocando o SBT pela Record. Os fãs da emissora reclamaram bastante nas páginas de relacionamento, mas não compreendem que Bacci é profissional e fez uma escolha profissional. A Record ofereceu não apenas melhor salário, mas melhores condições de trabalho, afinal, o jornalismo lá é muito superior ao do SBT
Isso foi decisão técnica e bem tomada. Simples assim

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As Cariocas 1x06: "A Adúltera da Urca"

"Eu esperava que você estivesse me traindo com uma safada. E descubro que você me trai com outro safado" - Júlia

As Cariocas conseguiu o que poucas séries conseguem neste formato de episódios individuais com personagens tão diferentes uns dos outros. Criar um padrão fixo para cada história, para cada profundidade dos personagens ambientados em determinado bairro do Rio de Janeiro e, principalmente, para a licença poética que o roteiro toma posse.

Em seis episódios isso ficou quase sempre claro e, mesmo que o episódio 04 tenha sido muito abaixo da média e o 05 apenas razoável, a série utiliza-se o tempo todo da licença poética para brincar e até zombar das caricaturas espalhadas por todas as figuras femininas do Rio de Janeiro que são meio que uma lenda.

Em A Adúltera da Urca, além de uma história incrivelmente leve, com texto ágil e divertido, os telespectadores brasileiros puderam rever atuando na TV nacional Sônia Braga, uma grande atriz que pouco faz trabalhos por aqui, visto que há anos está radicada nos EUA - e faz muito sucesso por lá com participações em diversas séries de sucesso, diga-se.

O episódio foi muito bem ambientado e mostrou-nos uma esposa fiel, mas que se sentiu perseguida por um homem que ela considerou bonito, atraente, um tipo único. Sônia Braga soube compôr com elegância sua personagem Júlia e mostrou uma mulher fiel, porém insegura e com pensamentos nada puros. Ela nunca precisou dizer nada de impuro, mas suas expressões dentro do contexto falavam por si só.

Destaque também para todo o elenco que esteve muito bem. Regina Duarte quando interpreta de fato um personagem e não é apenas Regina Duarte dá gosto de vê-la na TV e este episódio foi um caso assim, ela soltou uma série de frases preconceituosas e divertidas ao longo do episódio. Dalton Vigh, mesmo sem praticamente nenhum texto, apenas uma seqüência na penúltima cena, conseguiu cumprir bem seu papel de elenco de apoio. Antônico Fagundes, como sempre, muito bem em suas funções e compôs um personagem interessante, confuso, ciumento e, sobretudo, com trejeitos divertidos.

A Adúltera da Urca corrigiu os equívocos dos últimos dois episódios e retomou a onda de grandes histórias contadas em As Cariocas, mostrando que o formato da série é muito interessante e pode ser mantido - a Globo já confirmou em 2011 a série As Paulistas - desde que as histórias sejam exploradas da forma correta, como este foi. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Com recorde de indicações, Brasil sai de mãos abanando no Emmy

Aconteceu ontem em Nova Iorque, nos EUA, a premiação da edição 2010 do Emmy Internacional, uma das maiores premiações da TV Mundial. Basicamente, o evento é igual a cerimônia do Emmy, que aconteceu há alguns meses e premiou os melhores da TV norte-americana, porém, este premia exclusivamente produções de televisão fora do território dos EUA.

O Brasil chegou muito bem ao evento, pela primeira vez indicado em 05 diferentes categorias e com status de favorito em algumas delas, o país tinha tudo para ter uma boa performance e marcar ainda mais seu nome no cenário internacional da teledramaturgia. Mas, novamente, ficou no quase. Apesar de todos reconhecerem que aparecer entre os 05 indicados nas categorias já é uma vitória, em 2010 o país não conseguiu levar para casa nenhuma estatueta.

Nas categorias em que havia brasileiros indicados, houve muita expectativa nos anúncios e sempre seguido de frustração ao anúncio do vencedor. A noite começou a indicar que não seria boa quando Helena Bonham Carter foi anunciada como a vencedora na categoria melhor atriz, derrotando Lília Cabral, atriz indicada por seu papel em Viver a Vida.

Ainda restavam 04 categorias e o telespectador brasileiro ainda tinha alguma expectativa. A segunda frustração ficou por conta da categoria "Programa Infantil" em que o vencedor foi  Shaun the Sheep e o excelente Dó Ré Mi Fábrica, especial de fim de ano da Rede Globo, não conseguiu vencer, deixando a todos decepcionados.

E a noite parecia ser interminável para os brasileiros. A categoria em que o país era mais favorito, minissérie, reservou uma surpresa, o bem produzido, bem avaliado e surpreendente Som e Fúria foi derrotado por Small Island, causando surpresa até mesmo nos presentes ao evento que esperavam uma vitória da série brasileira de Fernando Meirelles.

Ainda haviam duas categorias, mas de nada adiantou. Como melhor documentário Kuarup perdeu para Mom and the Red Bean Cake e Por toda minha Vida - Cazuza foi derrotado para The World According to Iron B. Oficialmente ninguém da Rede Globo ficou frustrado com as derrotas, pois segundo eles, somente a participação brasileira em 05 categorias mostra a força da teledramaturgia nacional, mas é óbvio que esperava-se ao menos uma vitória.

domingo, 21 de novembro de 2010

As 10 Melhores Revelações Femininas da Década

É, não é fácil conseguir arranjar tantos temas para continuar com nossa lista, tanto que semana passada, já foi necessária uma pequena mudança, mas, por essa semana, voltamos a tradicional lista de Melhores da Década. Como deixar de lembrar das atrizes que surgiram ou se consolidaram ao longo dos últimos 10 anos e foram alvos de elogios da crítica? Vamos às 10 Melhores Revelações Femininas da Década



10 - Giovana Antonelli

Ela está na TV faz tempo. Desde meados da década de 90 aparecia em pequenas participações, ainda criança. Conforme foi crescendo, conseguiu alguns pequenos papéis, como em Xica da Silva e Força de um Desejo. Seu primeiro personagem que ganhou algum destaque foi Capitu de Laços de Família, ainda na década anterior. Mas foi nesta década que conseguiu destaque. Giovana foi protagonista de um grande sucesso do principal horário global, O Clone, interpretando a linda e sensual Jade. A partir daí, somente sucessos como A Casa das Sete Mulheres, Da Cor do Pecado e Amazônia. Giovana sempre que surge na tela, recebe elogios por sua interpretação.

9 - Carolina Dieckmann

Outra atriz que está na TV desde a década passada. Como criança fez inúmeros trabalhos na TV e foi conseguindo algum destaque como em Vira-Lata e Por Amor, mas também em Laços de Família ela conseguiu seu grande papel até então. Como Camila, a atriz mostrou-se completa e preparada para integrar o elenco de estrelas da emissora. Desde então, Carolina é uma das maiores estrelas da Rede Globo, pena que escolhe tão mal seus papéis, como em Senhora do Destino, Três Irmãs e Passione. Mesmo assim, ela esteve muito bem em As Filhas da Mãe, Mulheres Apaixonadas e principalmente Cobras e Lagartos.

8 - Maria Flor

Esta sim, surgiu apenas na atual década quando, em 2003, fez seu primeiro papel na TV na novelinha teen Malhação. Logo depois, a atriz saltou diretamente para sua primeira novela, Cabocla, já como co-antagonista e deu um show. Foi em Belíssima que Maria Flor foi alvo de diversos elogios da crítica. Vivendo o papel da prostituta Taís, a atriz ganhou destaque e foi crescendo sua personagem ao longo da história, graças a sua excelente interpretação. Ela já foi também protagonista de novela, em Eterna Magia. Atualmente ela é Aline, protagonista da série homônima e que vive recebendo prêmios e elogios da crítica.

7 - Ísis Valverde

Se existe uma atriz que chegou pronta para a televisão, é ela. Em Sinhá Moça, Ísis Valverde passou boa parte do tempo sem mostrar seu rosto, dando vida a personagem Ana do Véu e, mesmo apenas com a voz, ela arrasou em sua primeira aparição na TV e conquistou o público. Em seguida, a atriz fez uma pequena ponta em Paraíso Tropical e o público a queria como personagem fixa. Mas foi em Beleza Pura, com a tresloucada Rakelli que Ísis mostrou ser uma grande atriz, sem os vícios que muitas na TV apresentam. Com elogios vindos de toda a parte, ela cresceu em sua profissão e, duas novelas depois - Caminho das Índias, como Camila e atualmente em Tititi como Marcela - ela mostra ser, mesmo nova, completa.

6 - Juliana Paes

Aparentemente esta era uma que seguiria a triste história de um rosto bonito, um corpo sensual e péssimos papéis. A atriz surgiu em Laços de Família e, desde então, seus primeiros trabalhos pouco exploravam seu talento e muito mais seu corpo, deixando-a marcada como uma atriz ruim. Foi em Pé na Jaca que Juliana Paes se livrou deste estigma e mostrou quão excelente atriz é. Sem nenhuma sensualidade, a atriz segurou a onda, conseguiu dar um show de interpretação e mostrou-se competente. A partir daí, somente interpretações seguras, firmes. Em A Favorita, ela recebeu um pequeno papel, mas foi bem e fez com que sua personagem fosse ganhando cada vez mais destaque, até ter de morrer, pois a atriz iria protagonizar a próxima novela e em Caminho das Índias como Maya, Juliana conseguiu, mesmo numa novela fraca, mostrar ter muito talento.

5 - Alinne Moraes

Uma beleza diferente, e uma voz linda. Essa foi a primeira definição a Alinne Moraes, quando ela surgiu em Coração de Estudante. Mostrando uma atuação sensível e muito fofa, ela conseguiu destaque e um papel em Mulheres Apaixonadas. Ali sim, pôde mostrar seu talento e sua capacidade de atuação, recebendo vários elogios. Depois disso, Alinne já era figurinha marcada na Globo e conseguiu ótimos papéis, inclusive, como protagonista de Como uma Onda. Após o fiasco de Bang Bang a atriz surgiu com sua primeira vilã, Sílvia, em Duas Caras e simplesmente roubou a cena por sua atuação e composição genial. Em Viver a Vida, Alinne conseguiu arrancar boa atuação numa personagem ruim e enfadonha, mostrando ter muito talento.



4 - Paola Oliveira

A bem da verdade é que Paola surgiu na TV em Metamorphosis, mas como ninguém viu esta novela que foi um fiasco, acreditemos que a atriz apareceu mesmo em Belíssima. Novela que deu a ela a grande oportunidade e ela não desperdiçou. Mesmo num papel pequeno a princípio, ela conseguiu ganhar destaque e foi crescendo na história. Depois disso, a surpresa, Paola protagonista de sua primeira novela, O Profeta, e não é que a menina bonita e aparentemente tímida arrasou como Sônia e roubou a cena? A partir daí uma sucessão de papéis no horário das 6 como Ciranda de Pedra e a vilã pérfida Verônica de Cama de Gato. Paola já estava se preparando para sua protagonista na próxima novela das 6, mas foi escalada para ser a mocinha do horário nobre e a veremos em seu primeiro grande papel no horário em Insensato Coração. Merecido.

3 - Andreia Horta

A prova de que até trabalhos ruins podem mostrar grandes talentos. Foi em Alta Estação que esta baita atriz apareceu para a TV com destaque. Antes, é verdade, Andréia já havia feito Prova de Amor e JK em papéis sem grande destaque. Depois disso, o mundo da televisão e da crítica aplaudiu - e de pé - a atriz por seu talento esplendoroso na série da HBO brasileira Alice, em que ela arrasou e demonstrou ser uma das grandes atrizes de sua geração. De volta a Record, ela fez Chamas da Vida e conseguiu ser o maior destaque do folhetim, tanto destaque, que chamou a atenção da Globo e, Horta foi convidada e deu um show em A Cura. Talento nato.

2 - Marjorie Estiano

Atriz, cantora e vilã da temporada de maior sucesso da história de Malhação. Essa é Marjorie Estiano. A primeira atriz que conseguiu ficar dois anos seguidos na novelinha, no primeiro como vilã e no segundo como mocinha, e com o mesmo papel, mostra de um talento incrível. Ao abandonar a marcante Natasha, a atriz migrou diretamente para o horário nobre, com novelas seguidas, como Páginas da Vida em que ela arrasou como Marina e, depois, já em sua primeira mocinha, Maria Paula de Duas Caras. Em Caminho das Índias, a atriz teria uma personagem menor, mas foi ganhando destaque até se tornar uma das que mais aparecia como Tônia. Marjorie é querida do público, da crítica, dos colegas e dos autores.

1 - Mariana Ximenes

É bem verdade que ela também surgiu na década de 90, mas consolidou-se nesta década e, seria impossível, que Mariana Ximenes não estivesse no topo desta lista. A atriz fez inúmeras novelas, todas sem nenhuma repercussão no início de sua carreira, como Uga Uga e A Padroeira. Mas, a partir de A Casa das Sete Mulheres, Ximenes mostrou seu talento sensacional e passou a receber convites de grandes nomes. Foi protagonista de Chocolate com Pimenta e de Cobras e Lagartos e arrasou. Ainda roubou a cena em JK e, principalmente, na novela América, quando deu vida a revoltada, e divertida, Raíssa. Em A Favorita, ela mostrou muito talento com a sofrida Lara e, mesmo sendo a personagem que mais chorava, conseguiu fugir do clichê e do melodrama. Atualmente no ar em Passione, ela é, talvez, o único grande destaque da trama ao lado de Fernanda Montenegro, o que mostra seu baita talento.

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