sábado, 7 de novembro de 2009

Troféu TV x TV


Vem aí o "Troféu TVxTV" que vai eleger os melhores do ano de 2009 na TV Brasileira. Não foi fácil escolher os indicados ao Troféu, mas finalmente consegui, serão cinco indicados nas seguintes categorias:

Melhor Série ou Minissérie; Melhor Novela; Melhor Ator; Melhor Atriz; Melhor Ator Coadjuvante; Melhor Atriz Coadjuvante; Ator Revelação; Atriz Revelação; Melhor Apresentador de Programa; Melhor Apresentadora de Programa; Melhor Programa de Auditório; Melhor Programa de Humor; Melhor Jornal; Melhor Programa Jornalístico; Melhor Apresentador de Jornal; Melhor Apresentadora de Jornal; Melhor Programa de Esportes; Melhor Quadro da TV

Os indicados serão divulgados em um post amanhã com o link para a votação. TODOS que votarem devem comentar no post de amanhã. Explico: Em todos os posts a partir de amanhã, eu encerrarei a postagem com o link do post para os comentários para o "Troféu TVxTV", quem votar deve comentar neste ÚNICO post. No comentário é imprescindível que você coloque seu nome completo e email para que você possa concorrer ao prêmio.

Ao final da votação, o "TVxTV" vai divulgar quem são os vencedores do "1º Troféu TVxTV" e também irá divulgar o internauta que ganhou o prêmio. O prêmio é exclusivamente para quem votar e comentar no blog. O prêmio será realizado via sorteio e o vencedor leva para casa um Kit com os DVD´s das séries A Muralha e Hilda Furacão.

Além dos votos do internauta, a equipe do "TVxTV" vai eleger os vencedores, ou seja, serão dois os grupos de vencedores: os escolhidos do internauta e os escolhidos dos críticos.

Fique atento e conheça os indicados ao 1º Troféu TVxTV amanhã.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Uma cena quase boa. Um ibope ruim.


Viver a Vida chegou finalmente ao dia mais esperado desde antes da novela começar. O acidente com Luciana (Aline Morais). Acidente que deve deixar a personagem tetraplégica, segundo já informou o próprio autor da novela, Manoel Carlos.

Primeiro falemos do capítulo, mais uma vez fraco. Manoel Carlos, além de insistir nos diálogos ruins, vazios e que não compõem de nenhuma forma a personalidade de cada um dos personagens, mostrou que não soube criar expectativa nos telespectadores. O capítulo não teve aquele ar necessário de suspense até chegar ao clímax, ao contrário, foi mais um capítulo parado, sem grandes acontecimentos, sem nenhum gancho.

O diálogo entre a Helena e a Luciana foi ridículo, parecia briga de criança de 4ª série por uma carteira melhor no colégio, tudo muito mal feito. Helena continua formal demais e Luciana exagera nos movimentos e nas expressões faciais. Os outros núcleos continuam iguais, ou seja, inexistindo.

Falemos então do acidente. Uma cena que utilizou inúmeros profissionais e uma equipe técnica de primeiro escalão, segundo divulgação da Globo. E tudo esteve perfeito (ou quase). A construção da cena gerou a expectativa necessária para deixar todos ansiosos. A forma como Luciana se posicionou diante das câmeras também foi muito boa (apesar do choro exagerado enquanto via a foto). Cenas sem diálogos o Manoel Carlos parece que ainda sabe escrever.

O momento do acidente então foi espetacular. As várias vezes que o ônibus capotou foi incrivelmente real, principalmente ora mostrando o ônibus virando, ora mostrando as modelos "voando" do lado de dentro, tudo muito bem feito e muito bem recortado. Parecia que finalmente Viver a Vida teria uma cena digna de novela das oito.

Mas, a direção tinha que estragar tudo. Ônibus parado, já virado de cabeça pra baixo, a cena enfoca completamente em Luciana, mostrando-a desacordada, deitada dentro do ônibus, com ferimentos pelo rosto e o que acontece? Uma enxurrada de estilhaços é jogada em cima dela, sim JOGADA. Não foi efeito de vidro quebrando e caindo, tamanha a força e com o ônibus parado, não dava pra ir tão forte. Erro primário de direção ou de edição que quase estragou a cena. Mas ainda assim, como um todo, a cena foi boa.

Falemos da audiência. Muita gente especulou que Viver a Vida teria uma virada neste acidente. Que o público queria ver a novela a partir do acidente, que a novela iria bombar no dia do acidente. A Globo fez sua parte, atrasou o capítulo em 10 minutos pra obter resultados. A expectativa, segundo alguns jornalistas, era de 45 pontos para os otimistas e 40 já se pensando em share baixo. O resultado? 36,5 na prévia. Para se ter uma idéia, a mesma "virada" em outra novela aconteceu em A Favorita, na revelação de quem era a vilã, o capítulo deu 46 de média, quase 10 a mais. Isso mostra o fiasco que foi o capítulo de hoje, em se tratando de números.

E a culpa desses números é toda da direção e do autor que jogaram o gancho para o fim do capítulo de quinta-feira, isso significa que o desenrolar da trama vai acontecer numa sexta-feira, de share mais baixo. Tudo errado.

Enfim, chegou o acidente e o capítulo mostrou que a novela é ruim, com ou sem acidente.

Tudo Absolutamente Errado


Me desculpem ter me adiantado, pois sei que ainda essa semana terei que falar novamente de Viver a Vida por conta do acidente que deve acontecer nesta quinta com a personagem Luciana (Aline Morais), mas é impossível não observar o que ocorreu no episódio de ontem.

Depois de muito se falar, ontem ocorreu a tal briga entre Luciana e Helena (Taís Araújo) e, após Luciana falar que Helena não tem o direito de recriminá-la e tentar ser sua mãe e lembrá-la que ela deve sentir remorso por ter tirado um filho pra continuar a vida de modelo, Helena não perdoa a enteada e a esbofeteia. Essa cena foi tão ou mais aguardada que o famoso acidente.

O resultado de audiência, sem dúvida ficou muito abaixo do esperado, mas não quero me ater aos números pífios que a novela vem obtendo. Quero falar da cena em si. Eu acompanho a carreira de Taís Araújo desde que ela explodiu em Xica da Silva da extinta TV Manchete e a vi fazer personagens complexos e muito diferentes uns dos outros como a Preta em Da Cor do Pecado e a Helen em Cobras e Lagartos. Mais recentemente a vi fazer um excelente trabalho na pele da tresloucada Alícia em A Favorita e sempre, sempre aprovei o trabalho da moça.

Com Aline Morais é a mesma coisa, me encantei com sua interpretação em Mulheres Apaixonadas num papel difícil, mas que ela soube fazer muito bem, sou uma das poucas pessoas que gostou da novela Como Uma Onda, primeiro papel protagonizado por Aline, ainda a vi em Bang Bang, fracasso, mas que ela esteve bem e mais recentemente ela foi aprovada como a vilã Sílvia, de Duas Caras.

Com duas atrizes desse naipe fiquei me perguntando o que estaria acontecendo. Na cena de ontem, o que se viu não foram atuações, mas foram duas moças vomitando o texto diante das câmeras. Aline, interpretando Luciana, estava exagerada, esbugalhava o olho ao extremo, as vezes lembrava até a Sílvia em momentos de surto, falava alto demais, tudo muito exagerado. O que pra Aline sobrou, pra Taís faltou. A formalidade da personagem esteve presente até nessa cena que exigia emoção. Helena falou todo o seu texto, deu todo o sermão em Luciana sem mover um músculo facial, rígido como em toda a novela.

No momento do tapa então, tenho certeza que vocês notaram. Helena esbofeteou Luciana sem mover um centímetro do corpo, apenas o braço se levantou e agrediu, mais nada, absolutamente nada. Taís Araújo não é assim, ela sabe fazer muito melhor que isso.

Então detectei o problema. Além do texto horrendo que ambas tiveram nas mãos ("você tem que procurar um terapeuta". "não, é você que tem") e que as impedia de aprofundar as personagens, a direção da cena é quem pecou. O posicionamento da câmera e as marcações das personagens claramente estragaram tudo. Essa formalidade da Helena é repetida em outras personagens, o que mostra ser uma opção da direção (e já víamos essa formalidade em Páginas da Vida, quando Jayme Monjardim dirigiu).

É pena ver tantos talentos como Taís Araújo, Aline Morais e outros sendo desperdiçados numa novela que não disse a que veio e que a cada dia dá provas de que não falta apenas acontecer e engrenar, é uma novela que falta o mais importante: qualidade.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A criatividade é premiada


Você manter um programa de televisão com um mesmo formato no ar por algum tempo não é fácil. Principalmente quando não se é um programa de auditório, mas linha de show. A possibilidade do programa se desgastar rapidamente junto ao público e ter de ser tirado do ar, mesmo com sucesso estrondoso no começo de sua exibição, é muito grande, por isso as emissoras americanas optam por temporadas e as brasileiras começam a importar esse formato.

O SBT ainda insiste em não dar folga a seus programas exibindo-os exaustivamente, temporada em cima de temporada, sem dar um tempo fora do ar para que o telespectador descanse do formato e venha sentir falta, porque assim é muito mais fácil de sobreviver mais tempo no ar.

Mesmo assim, a criatividade da direção e dos apresentadores mostram que Esquadrão da Moda pode continuar sim muito no SBT. O programa estreou juntamente com a grade de shows do SBT colocada no ar por Daniela Beyrute (diretora geral do SBT e filha de Sílvio Santos) às 8 e 15 da noite. Desde a estréia sob o comando de Isabela Fioretino e Arlindo Grund o Esquadrão vem conquistando números interessantes de audiência e crítica positiva tanto dos telespectadores quanto dos críticos especializados.

Na última terça-feira foi ao ar o tão falado Esquadrão da Moda Especial com Stefhany foi uma das melhores coisas do ano na linha de shows da TV brasileira no ano. Um programa escandalosamente divertido, com a dupla de apresentadores muito inspirados e mostrando que não se preocupam se a convidada já está na mídia e tem em sua identidade o fato de "ser brega". Eles pegaram pesado como pegam com qualquer um.

Stefhany também mostrou uma personalidade ardilosa, não concordava com inúmeras críticas e fazia dos bate-bocas os momentos de maior riso para os telespectadores. Um programa muito bem editado que fez com que o SBT explodisse em audiência (o programa atingiu 9 de média e picos de 13, ficando na vice-liderança).

É assim que se faz, não se tornar repetitivo é a fórmula para conseguir continuar no ar. A criatividade, neste caso, foi muito bem premiada com números expressivos de audiência.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Zorra Total é apenas um quadro na parede


Já se passaram dez anos desde a estréia do humorístico que revolucionou a TV Brasileira, o Zorra Total. Me lembro o quanto a estréia do programa causou alvoroço entre os fãs da televisão. Na escola não se falava em outra coisa, afinal a Rede Globo estava ousando e colocando num só programa nomes de peso do humor brasileiro como Chico Anysio e Tom Cavalcante.

E o programa de fato não decepcionou. Com quadros absolutamente hilários, logo o Zorra se tornou o principal programa de humor da TV brasileira, recebendo inclusive inúmeros prêmios por isso. Os humoristas demonstravam bastante satisfação em trabalhar num formato tão diferente de tudo que já se tinha visto na televisão e o entrosamento fazia o ritmo ser ainda melhor.

Os anos foram passando e a estratégia da direção mudando. Após perder Tom Cavalcante para a Rede Record, decidir colocar Chico Anysio definitivamente na geladeira e perder alguns outros humoristas que foram morrendo com o passar do tempo, a emissora resolveu apostar em novos humoristas do Brasil para manter o fôlego do Zorra.

Durante algum tempo isso funcionou, e fomos brindados com novos humoristas que realmente são absolutamente talentosos e com quadros inovadores e divertidos, como o ótimo Patrick que no começo era o grande diferencial do Zorra Total de sua época.

Mas, a mistura de quadros, a direção forçada, o roteiro horrível estragaram o programa. Hoje, com mais de 10 anos de idade, o Zorra Total é apenas um quadro na parede, ao ver o programa nos sentimos nostálgicos pela lembrança do que ele já foi um dia e que definitivamente não será mais.

Um programa que já foi premiado como o melhor homorístico do Brasil e que fazia todo o país cair na gargalhada hoje, quando muito, arranca um sorriso amarelo por parte daqueles que ainda tem coragem de assisti-lo. E o problema não está apenas nos humoristas, alguns deles são talentosos, mas o roteiro é muito, muito fraco, e a forma como a direção tenta inovar, misturando os humoristas, criando quadros novos a cada semana, fez com que o Zorra Total perdesse completamente a identidade.

domingo, 1 de novembro de 2009

Um bom desenho em qualquer época

Já se vão mais de 10 anos do começo da minha adolescência e me lembro que ela foi regada por muitas coisas que hoje seriam impensáveis para um adolescente normal, também, nessa década a geração mudou completamente e as tais brincadeiras de adolescentes mudaram completamente. Na TV então essa diferença é ainda muito mais perceptível. Discutir se os desenhos de hoje são melhores ou piores que os de ontem, não faz parte do objetivo deste texto, até porque depende de muitos fatores que não vem ao caso.

Mas me lembro de um desenho da década passada que fazia muito sucesso entre a garotada - eu não acompanhava audiência na época, óbvio, mas pelo sucesso entre crianças e adolescentes, certamente o sucesso era tremendo - o desenho era transmitido pelo SBT e foi usado quase como um coringa, passando por diversos horários e programas da casa.

Hoje, mais de dez anos depois, vemos este mesmo desenho - sim, até com episódios repetidos - fazendo sucesso novamente e levando a TV Cultura às suas melhores audiências diariamente. Doug é a prova de que a qualidade televisiva ultrapassa os limites do tempo e quando um produto é bom, ele o é em qualquer época.



É um prazer pra quem foi adolescente e acompanhou a saga de Doug Funny e seu cachorro Costelinha saber que as crianças e adolescentes de hoje em dia também têm a oportunidade de conhecer esse desenho que certamente está na história da TV Brasileira como um dos melhores e dos grandes fenômenos. Seria impossível esquecer os detalhes do desenho, como a música de abertura que era - e ao que parece voltou a ser - cantada por inúmeras crianças.

A TV Cultura está de parabéns por ter apostado num desenho mais antigo, mesmo em tempos em que os desenhos mais vistos são os que apresentam lutas, estratégias e tecnologia, Doug continua apostando na inocência, no bom humor e nas situações improváveis para atrair o público e, como fazia há mais de uma década, faz hoje, atrai o público.

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