sábado, 8 de agosto de 2009

Os Melhores Filmes de todos os tempos

Continuando as listas de melhores e piores do blog, chegou a hora de falar de Cinema! Num universo tão cheio de obras de qualidade (diferente da de novelas, que chegava a ser difícil encontrar 10 boas), creio que pra maioria dos votantes (Daniel César, vulgo demo, e mais 9 de seus amigos, incluindo o mais bonito, sábio e inteligente, esse que vos escreve), foi tarefa difícil escolher apenas 10. O resultado traz algumas surpresas, alguns filmes óbvios, presentes em qualquer lista do gênero, ausência de outros que sempre figuram nessas listas de “tops”, mas a lista é nossa e entra quem a gente quer! Vamos então à lista dos 10 melhores filmes de todos os tempos:

10º O Poderoso Chefão – Parte II - 1974



Direção: Francis Ford Coppola
Roteiro: Francis Ford Coppola e Mário Puzo

Considerado por muitos como um dos raríssimos casos em que a segundo parte consegue superar o manter o nível do original, O Poderoso Chefão II continua a história da saga da família Corleone, contando paralelamente duas histórias: a de Vito Andolini (Robert DeNiro, vencedor do Oscar de ator coadjuvante pelo papel), sua juventude na Sicília e a chegada à América daquele que veio a se tornar Don Vito Corleone, e a de seu filho Michael (Al Pacino), já no papel de Don assumido após a morte do pai, cada vez mais poderoso, temido e paranóico, o que nos rendeu uma das cenas mais chocantes do cinema: após descobrir que o irmão Fredo o havia traído, Michael lhe dá o “beijo da morte”, seguido da clássica frase “I know it was you, Fredo. You broke my heart.” E a seqüência da “pesca” (não igual a da música) num barco. O Poderoso Chefão II iniciou também uma discussão que se mantém até hoje entre os fãs da série: quem foi o melhor Don: Vito ou Michael? Enquanto um foi respeitado por todos e um homem amado pela família e amigos, o outro foi respeitado muito mais pelo medo, se tornou um homem solitário, mas muito mais poderoso que o próprio pai. O filme, de 1974, foi vencedor de 6 Oscars (incluindo Melhor Filme, sendo a primeira seqüência a conseguir tal feito) e várias outras premiações e abre a nossa lista em 10º Lugar.

9º O Silêncio dos Inocentes - 1991



Direção: Jonathan Demme
Roteiro: Ted Tally

Um grande depende, inicialmente de três fatores básicos para poder ser considerado “grande”: direção, roteiro e atuações. O Silêncio dos Inocentes conseguiu como poucos levar esses três fatores a níveis altíssimos. Jodie Foster é Clarice Starling, agente recém-formada no FBI envolvida na investigação de um serial killer responsável por vários assassinatos. Para isso, conta com a ajuda de um outro serial killer, Hannibal Lecter, preso e condenado ao corredor da morte e que tinha o curioso hábito de deglutir pedaços de suas vítimas. O roteiro nos brinda com diálogos sensacionais entre Lecter e Starling e a direção de Demme, que até então não havia feito nenhum filme muito relevante, consegue criar um clima de tensão a cada cena. Mas é Anthony Hopkins e seu Hannibal talvez o maior responsável pela enorme admiração do mundo pelo filme, considerado por muitos como a obra mais importante do cinema nos anos 90, assim como a sua atuação é apontada como a, ou uma das, maiores da história, conseguindo criar no espectador sentimentos de admiração, horror, pena e até mesmo fazer pensar que ele poderia vir a ser um homem bom, e não um cruel assassino.
Com todas essas qualidades, O Silêncio dos Inocentes saiu vencedor dos 5 principais prêmios no Oscar, feito obtido por apenas outros dois filmes, e fica no 9º lugar por aqui.

8º O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei - 2003



Direção: Peter Jackson
Roteiro: Peter Jackson

Terra média. Hobbits. Elfos. Magos. Anões. Orcs. Palavras já conhecidas dos fãs de Literatura de fantasia dos livros de J.R.R. Tolking, e que era considerada como impossível de ser adaptada para os cinemas. Até que um desses fãs, Peter Jackson, resolve se aventurar a tornar real todo o universo imaginado por Tolking. Lançado em 2003, O Retorno do Rei é a terceira e última parte dessa tremenda aventura de tirar o fôlego. Nela, os anõezinhos de pés peludos Frodo (Elijah Wood) e seu fiel escudeiro Sam (Sean Astin) são guiados pela criatura esquizofrênica Gollum (Andy Serkis) a Mordor, para destruir o Um-Anel e, cocnsequentemente o Senhor das Trevas Sauron. Enquanto isso, o mago Gandalf (Sir Ian Mckellen), o elfo Légolas (Orlando Bloon) e o anão Gimli (John-Rhis Davies) vão com o humano Aragorn (Viggo Mortensen) para que ele cumpra o que o título do filme diz. Batalhas épicas, efeitos especiais que não é exagero chamar de perfeitos, emoção do início ao fim e um leve sentimento de tristeza ao fim, por saber que ali terminava a maravilhosa experiência que era acompanhar essa obra prima. O Retorno do Rei foi, assim como os dois filmes anteriores, um enorme sucesso de público e crítica, sendo a segunda maior bilheteria da história do cinema, com mais de 1 bilhão de dólares arrecadados, o maior vencedor do Oscar (ao lado de Titanic e Bem Hur) com 11 estatuetas e o 8º lugar na nossa lista de melhores filmes.

7º O Fabuloso Destino de Amelie Poulan - 2001



Direção Jena-Pierre Jeunet
Roteiro: Guillaurne Laurant

Única produção não-americana a figurar no nosso top 10, o filme francês O Fabuloso Destino de Amelie Poulan conta a história da personagem-título, Amelie, jovem que foi criada praticamente isolada do mundo, graças a educação recebida dos pais, e que tinha um peixinho de estimação suicida. Ao se mudar para Paris, começa a trabalhar como garçonete e, um belo dia, encontra no seu banheiro uma caixa com objetos pessoais escondia há mais de 40 anos, e fica sabendo que pertenciam ao antigo morador do apartamento. Decide então entrega-la ao seu dono e, ao realizar, fica encantada com a felicidade do sujeito e descobre o prazer de levar alegria às pessoas, o que a leva a encontrar um novo sentido para sua vida. Passa então a realizar pequenos gestos para ajudar as pessoas em volta, ao mesmo tempo em que descobre que faltava algo, até que num desses pequenos gestos encontra um homem por quem se apaixona e que seria o responsável por completar sua felicidade. Amelie Poulan consegue ser ao mesmo tempo cômico e dramático, impressiona pela belíssima fotografia, e foi um grande sucesso de crítica, tendo concorrido em diversas premiações e se tornado um filme adorado pelos fãs de cinema “cult” é o nosso 7º colocado.

6º Star Wars IV – Uma Nova Esperança - 1977



Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas

“Há muito tempo, numa galáxia muito muitodistante...” (talvez daqui o dono do blog tenha tirado a maneira de escrever “muito, muito”). Com essas palavras, iniciava em 1977 o filme que revolucionou para sempre o conceito de cinema. Uma história simples, baseada na luta universal entre o bem e o mal, representado respectivamente pelos jedis e siths, e por isso mesmo atual em qualquer época. Mas não era apenas uma história entre o bem e o mal. Era uma luta entre o bem e o mal com batalhas entre naves no espaço, lasers, andróides, sabres de luz, criaturas exóticas, macacos gigantes, monstrinhos verdes peludos que as frases ao contrário de falar gostam, efeitos especiais nunca antes vistos e o que é considerado o maior vilão de todos os tempos: Darth Vader. Cabia a Luke Skywalker (filho de Vader, como o filme seguinte revelou) a missão de destruir o sith e trazer de volta o equilíbrio à força. Para isso é treinado pelo seu mestre Obi-Wan Kenobi (Alec Guiness) e conta com a ajuda da princesa Leia (Carrie Fisher) e Han Solo (Harrisson Ford, e Hans hot first!), entre outros. Todos esperavam um fracasso total, inclusive a produtora, o que a levou a inclusive deixar os direitos de produção com Lucas (hoje bilionário). O fracasso veio a se tornar a maior bilheteria do ano e uma das maiores até hoje, gerou uma franquia de estimados 20 bilhões de dólares em faturamento, tornou-se algo maior do que simplesmente o universo do cinema e se consagrou como um ícone da cultura pop mundial, adorado por uma legião de fãs e odiado por outros tendo, segundo a lenda, criado até mesmo uma religião. O Jedaísmo. Com tudo isso, na nossa lista de melhores filmes com 6º lugar Star Wars fica.

5º Titanic – 1997



Direção: James Cameron
Roteiro: James Cameron

A história do desastre do navio que “nem Deus seria capaz de afundar” foi contada em 1997, e já nasceu com ares de superprodução, com a réplica do navio original, o enorme orçamento e toda a expectativa gerada. O filme inicia com a velhinha Rose (Gloria Stuart) assistindo na TV uma reportagem sobre uma expedição ao Titanic em busca de um colar que pertencia a um dos passageiros. Rose então entra em contato com os responsáveis pela expedição, e passa a contar sua história. Já jovem interpretada por Kate Winslet, embarca na primeira classe do navio com seu noivo (Billy Zane). Lá, conhece o pobretão Jack (Leonardo DiCaprio), por quem se apaixona, e os dois passam a protagonizar a história de amor que fez palpitar os corações de todas as garotas da época. Mas Titanic é muito mais que isso: o filme consegue unir amor, tragédia, alegria, sofrimento, ação e se tornou um fenômeno de crítica e público. Enquanto os filmes costumam começar com uma bilheteria gigantesca e ir caindo com o tempo, Titanic iniciou com “modestos” 25 milhões de dólare, mas conseguiu manter ou subir esse valor durante vários meses. Não é raro encontrar pessoas que foram ao cinema 3, 5, 10 vezes assistir ao filme, fato de causar inveja aos fãs mais xiitas de quadrinhos. É a maior bilheteria da história, é o maior vencedor da história do Oscar (ao lado de Bem-Hur e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei) e é o 5º colocado no nosso top 10.

4º Laranja Mecânica - 1971



Direção: Stanley Kubrick
Roteiro: Santley Kubrick

Welly welly welly well... nosso 4º colocado não é a seleção da Holanda, como muitos podem pensar, é o clássico adaptado do livro de Anthony Burgess por Stanley Kubrick. Se há uma palavra que pode sintetizar esse filme, sem dúvida seria “violência”. Violência física, violência psicológica, até mesmo a impossibilidade de ser violento traz violência a Laranja Mecânica, tanto que foi tirado de cartaz no Reino Unido pelo diretor, devido às críticas de que seria violento demais, o que o levou a afirmar que só permitiria que fosse exibido por lá após sua morte. O protagonista é Alex DeLarge (Macolm Macdowell) e seus droogs, uma gang que se “divertia” de uma forma deveras alternativa: destruindo, batendo, estuprando, matando.
Quando a polícia o consegue pegar, Alex é submetido a um tratamento de reabilitação, em que é drogado e obrigado a assistir cenas de violência, de forma que passa a relacionar essas ações à dor que sentia no tratamento. Apesar de toda a violência contida no filme, em momento algum ela parece desnecessária ou banal, e Kubrick consegue como ninguém nos fazer refletir, nos incomodar com uma realidade que parece não ter época, já que quase 40 anos depois, o filme de 1971 ainda parece completamente atual. A produção de Laranja Mecânica é também cercada de curiosidades, como o fato de Kubrick ter colocado uma cobra no set ao descobrir que Macdowell tinha medo delas, ter inspirado um cd da banda brasileira Sepultura, e ter sido feito com um orçamento de U$ 2 milhões. Kubrick era um gênio e provavelmente o cineasta mais completo que já existiu, e uma de suas obras-primas foi o filme mais votado pelos 10 participantes (7 pessoas votaram nele) e consegue o 4º lugar.

3º Sociedade dos Poetas Mortos - 1989



Direção: Peter Weir
Roteiro: Tom Schulman

Sociedade dos Poetas Mortos narra a história do professor de literatura John Keating (Robin Williams) e seus alunos da Wlton Academy, uma rígida e tradicional escola, cujos valores os alunos são obrigados a repetir em coro: tradição, honra, disciplina e excelência. Com seus métodos nem um pouco adequados ao estilo da escola, Keating acaba encontrando a resistência dos superiores e, ao mesmo tempo, o respeito e admiração dos alunos. Ao descobrirem que o professor havia estudado na mesma escola e feito parte de uma “sociedade secreta” (que dá título aofilme), os alunos, liderados por Neil Perry (Robert Sean Leonard) e Todd Andersen (Ethan Hawke) descobrem que a Sociedade dos Poetas Mortos tratava-se de um grupo de estudantes que se reunia às escondidas para recitar poemas, criar versos, a “viver intensamente e não, ao morrer, descobrir que não havia vivido”, como no poema de Thoreau que recitam ao decidirem fazer o mesmo. Mas não apenas isso, os ensina e motiva a mudarem completamente seus estilos de vida, a viverem da forma como sempre sonharam, a valorizar sua liberdade, princípios que todos decidem seguir à risca. Sociedade dos Poetas Mortos é uma obra profunda, sensível e que influenciou e influencia jovens sonhadores, e por isso encontra lugar no pódio em 3º lugar. Darpe Diem. Aproveitem o dia, garotos. Tornem extraordinárias as suas vidas.

2º Os Bons Companheiros - 1990



Direção: Martin Scorcese
Roteiro: Nicholas Pillegi

“Até onde eu consigo lembrar, eu sempre quis ser um gângster”. Essa é a história de Henry Hill (Ray Liotta), norte-americano meio italiano, meio irlandês e de como ele, desde garoto se envolveu entre os mafiosos. Ainda garoto acaba se tornando o protegido de um mafioso e, junto com seus amigos Jimmy Conway (Robert DeNiro) e Tommy DeVito (Joe Pesci) com o passar do tempo vai se enveredando pelo mundo do crime, apesar de não poder se tornar um membro da máfia. Tendo o próprio protagonista como narrador, nós acompanhamos toda a sua trajetória, o início, a asenção, o declínio... Martin Scorcese, fã declarado do gênero, usa toda a sua genialidade para retratar o glamour da máfia, já mostrado em outras obras, e ainda assim priorizar o “submundo” da mesma e um “american way of life” à sua própria maneira, sem com isso tirar o fascínio que o universo da máfia costuma causar no espectador. As técnicas de filmagem utilizadas pelo diretor são um show à parte, repletas de metáforas e uma criatividade gigantesca, sendo clara influência para diversos filmes, como o brasileiro “Cidade de Deus”. As atuações são outra grande qualidade do filme: seu ator queridinho, Robert DeNiro, como todos os filmes em que fez parceria com Scorcese está espetacular. Até o Ray Liotta está bem. Mas é de Joe Pesci a grande atuação do filme, com o papel que lhe rendeu um Oscar. Os Bons Companheiros é o filme de gangster definitivo, e o 2º lugar no top 10 de melhores filmes.

1º O Poderoso Chefão - 1972



Direção: Francis Ford Ccoppola
Roteiro: Mario Puzo e Francis Ford Coppola

Baseado no livro de Mario Puzo (roteirista também do filme), Coppola apresentou ao mundo em 1972 a primeira parte do que seria a mais aclamada trilogia da História do cinema: O Poderoso Chefão. Nele tem início a história da família Corleone, e mostra a sucessão de Don Vito (Marlon Brando), que preparava seu filho Sonnuy (James Caan) para assumir o papel de chefe da família de mafiosos, cujo papel acaba sendo realizado por Michael (Alo Pacino). O filme conta com inúmeros personagens complexos (Kay, Fredo, Tom, Barzini, Tataglia, Clemenza, Tessio, etc); frases inesquecíveis (“Bonasera, Bonasera... o que eu fiz para que me trate com tanta falta de respeito?”, “Eu farei uma oferta irrecusável”, “Deixe a arma, pegue o Canolli.”, etc) e cenas maravilhosas (a festa de casamento, a cena do cavalo, a morte de Sonny, Don Vito e o neto na plantação de laranjas, e tantas outras), além de várias curiosidades, como a de que sempre que laranjas aparecem em cena, tragédias acontecem; vários atores hoje consagrados e que fizeram testes para papéis e não foram aceitos, outros que recusaram e devem se arrepender até hoje; a cabeça de cavalo que aparece numa das cenas e que é de um cavalo de verdade. Mas é impossível falar de O Poderoso Chefão e não falar de Marlon Brando: mesmo já tendo feito papeis importantes, ganhado prêmios por atuações, Brando sempre foi um arruaceiro, e por isso os produtores não o queriam. Coppola, porém, não aceitava mais ninguém para o papel de Don Vito – Frank Sinatra bem que tentou – e deu uma de bobinho: o convenceu a gravar uma cena de “brincadeira”, mostrou para os produtores que se impressionaram. Daí surgiram os algodões nas bochechas, que não estavam previstos para o papel, mas que o ator encontrou pela frente e resolveu usar, assim como o gato que ele aparece acariciando na cena inicial, e várias outras situações fruto da formação que ele, assim como DeNiro, Pacino e outras atores tiveram, em que qualquer elemento presente era um possível objeto dramático. O resultado disso tudo foi uma das (a, para muitos) maiores atuações de sempre, e um Oscar recusado, em que uma falsa índia foi recebe-lo no lugar do ator. O Poderoso Chefão é um marco na História do cinema, uma obra completa e cultuada por décadas em todo o mundo, e fecha nossa lista como o melhor filme de todos os tempos!

Texto de Jailson Júnior

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Are Baba, cena horrível!

Vi alguns blogs elogiando a cena de agora pouco em Caminho das Índias, em que Melissa Cadore (Christiane Torlone) agride violentamente a vilã Yvone (Letícia Sabatella), eu juro que meu sonho é saber o motivo de tantos elogios. A cena foi fraca, muito fraca.

Se formos analisar a situação, é evidente que os fãs da novela e os fãs de partes da novela (já que é quase impossível admirar Caminho das Índias como um todo), é óbvio que a cena foi motivo de vibração, já que ver a Yvone apanhando de Melissa não tem preço, principalmente depois de tudo que ela vem aprontando na novela, como disse minha mãe: "Quem tinha de ter dado essa surra era a Sílvia, mesmo assim, bem feito".

Mas esquecendo que a situação e o roteiro foi ótimo, é preciso ser sincero e reconhecer que a cena foi muito mal dirigida. A começar pelos golpes malucos de artes marciais que Melissa aplicava em Yvone que mais nos lembrava uma luta livre do que uma briga de mulheres. Já no primeiro tapa ficou claro o erro da direção, a distância que Melissa estava de sua opositora tornava um tapa virando-se duma vez impossível de se acertar.

Toda a sequência de golpes que incluia golpes ensinados por Sandra Bullock em Miss Simpatia (eu só consegui lembrar disso assistindo, re-assista a cena e vai comprovar, até o pisão no pé teve) foi algo tenebroso que mais parecia uma cena de Os Mutantes. O diretor dessa cena foi absolutamente infeliz.

A atuação de Letícia Sabatella também não convenceu, suas reações foram bobocas e sua expressão facial estava seca demais e até meio gélida para a situação. Somente se salvou a excelente atuação de Christiane Torlone que soube dar a entonação correta para as frases, deixando o tom de cinismo no ar.

Nada que se compare a surra que Maria Clara (Malu Mader) deu em Laura (Cláudia Abreu) em Celebridade, inaugurando as seqüências de surras das mocinhas em vilãs.

Vejam os dois vídeos e compare as brigas:

Caminho das Índias


Celebridade

Qual é o seu Talento? Um acerto!


Começou nesta semana mais um programa de calouros no SBT, dessa vez baseado no fenômeno de audiência inglesa que deu fama a Suzan Boyle, Qual é o seu talento? vem embalada pelo hit Suzan Boyle e o SBT pegou a esteira para tentar alavancar a audiência do programa.

Com os jurados que já conhecemos desde os tempos de Ídolos, passando pelo bizarro, porém divertidíssimo Astros, os 04 jurados são um show a parte e dão cor ao programa com seus comentários sensacionais e divertidos, além do carisma incrível que todos os 04 têm. Eu pessoalmente gosto muito mais da Cyz e do Miranda do que dos outros, mas é somente uma questão de gosto pessoal, pois é nítido que há um ótimo entrosamento entre os 04 e por isso tudo funciona direitinho.

O formato do programa é bem parecido com o Show de Calouros, já que não é necessário apenas cantar, mas o participante pode mostrar qualquer talento que tenha e, essa peculiaridade permite com que apareça as pessoas mais criativas e bizarras da televisão, ou seja, prato cheio para nossa diversão.

Outro ponto alto do programa é o apresentador, o ex-MTV André e que vem dando conta do recado, ao menos nesse início. André foi um dos pontos altos da noite com uma apresentação segura, bem humorada e com muito carisma diante da câmera, o que certamente fez com que o público mantivesse sintonizada a TV no SBT.

Infelizmente o erro da emissora foi na escolha do horário, as 8 da noite. O programa deveria ser exibido nas quintas-feiras as 22:30, no lugar de A Praça é Nossa que devia voltar para a faixa das 8. Após o encerramento de A Fazenda nas próximas semanas o SBT facilmente teria o público cativado pelo programa e disputaria a audiência com o ótimo No Limite.

Escondido as 8 da noite a audiência vai sempre girar entre os 8 e 11 pontos, quando há potencial de audiência para ao menos 14 de média, devido a qualidade do programa. Bastava o SBT colocar no dia e horário certos e fazer uma grande campanha de lançamento. Ainda assim, acredito que neste horário Qual é o seu Talento pode roubar a segunda posição da Record.

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Amanhã sai a Lita com os 10 Melhores Filmes da História. Não deixe de ler.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O Retorno de Casagrande


Há um tempo atrás o ex-jogador e comentarista da Rede Globo de Televisão Walter Casagrande Júnior teve seu retorno a TV organizado pela equipe da Rede Globo, após seu envolvimento com drogas e afastamento temporáreo para tratamento e internação em um clínica.

O retorno do astro aconteceu há alguns meses primeiramente nos canais SPORTV - pertencente as Organizações Globo - participando quase que diariamente do ótimo programa Arena, com Cléber Machado. Na época eu fui uma das pessoas que comemorou o retorno dele, pois o considero de longe, o melhor comentarista esportivo do Brasil.

Ontem, para minha surpresa, quando coloquei na Globo para acompanhar mais uma rodada do campeonato brasileiro fui surpreendido ao perceber que Casagrande era um dos comentaristas escalados para a partida entre Náutico e Corinthians, e foi uma surpresa muito agradável para um fã confesso.

Eu não tenho nada contra Caio Ribeiro, o comentarista contratado pela emissora para substituir Casagrande, mas ele não passa força em sua opinião como Casão sempre fez, dá a impressão exagerada de bom moço e acaba deixando suas opiniões um tanto quanto sem sal.

Ontem, na primeira partida de Casagrande, a transmissão da Globo já foi completamente diferente. Não foram poucas as vezes em que o telespectador se divertiu com os comentários dele, como quando ele falou sobre o jogador Petkovic, do Flamengo: "Ele é um grande jogador, dribla muito, mas minha preocupação é quando ele põe a mão no quadril. Ele põe a mão no quadril o mesmo tanto que joga bem", falando sobre a falta de mobilidade do jogador. Impagável.

A transmissão esportiva ontem acabou sendo muito mais leve, divertida e com comentários inteligentes. E a presença de Casagrande contribuiu, inclusive, para que Caio ficasse mais solto, participasse mais da transmissão sem aquele gesso que ele parece ter.

Muito bom assistir jogos com os comentários de Casagrande. Boa sorte a ele.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

True Blood: Que temporada!


Não foram muitos os episódios da segunda temporada de True Blood exibidos até o momento, mas pelo que se viu já é possível fazer uma afirmação sem o menor medo de errar: True Blood é a melhor série americana em 2009.

A primeira temporada já havia sido excelente, com muitos elementos de qualidade para fazer uma grande série, mas esta segunda temporada está acima do esperado - e olha que a expectativa era muito alta - cada episódio que assisto fico mais surpreendido pela criatividade dos roteiristas e pelas novidades apresentadas semanalmente, haja roteiro para se conseguir isso.

E não são novidades malucas, como vemos em algumas séries como "Heroes", são elementos interessantes, histórias muito bem construídas e amarradas e que acabam prendendo a atenção do telespectador de uma forma única. Qualquer pessoa que assiste essa série tem a mesma impressão de que o tempo de episódio passa voando porque ficamos presos, hipnotizados pela sucessão incrível de acontecimentos.

Raras foram as vezes em que assisti uma série cujo episódio tenha tido tantas revelações bombásticas como o da última semana de True Blood. O mais interessante é que em séries assim, normalmente nós esperamos algum tipo de revelação que, mesmo bombástica, ao menos está sendo esperada, como é o caso de "Lost", mas em True Blood não, surge uma revelação quando ninguém espera e ela cabe perfeitamente ao eixo dos acontecimentos.

Esse ano tem sido de boas séries, sem dúvidas, tivemos ótimas temporadas em Lost, em 24 Horas, em Damages, e uma primeira temporada que tem sido interessante em The Mental, mesmo assim, nenhuma dessas se comparam em qualidade ao texto, elenco, atuação, fotografia, enfim, tudo, em True Blood. Recomendo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O que pensava Thiago Santiago?



Não vi inteira, mas me dispus a assistir ontem alguns trechos do tão aguardado último capítulo de Promessas de Amor - aguardado porque ninguém suportava mais a história dos Mutantes - e confesso que fiquei mais do que impressionado, fiquei completamente chocado com o que vi.

Como um fã assumido de programas de TV e mais fã ainda de teledramaturgia, seja série, minissérie ou novela, isso quer dizer que faz muitos anos que assisto esse tipo de programação na TV brasileira e após assistir o capítulo de ontem de Promessas de Amor, não tenho mais dúvidas em minha conclusão: essa novela foi a coisa mais bizarra que já foi vista na história da TV aberta brasileira.

Ao longo dos quase dois anos em que Thiago Santiago nos fez engolir goela abaixo sua trama amalucada e seus humanos mudados geneticamente eu confesso que assisti alguns trechos e todas as vezes tive a mesma impressão de algo muito ruim. Como não acompanhei nenhuma das tramas, sempre ficava com a impressão que o erro era na insistência em transformar uma trama claramente voltada para o formato de séries em uma novela, ficando longe de funcionar, mas não foi isso, não mesmo.

Quem viu o capítulo de ontem, assistiu situações bizarras e grotescas. Cenas ridículas que certamente os atores e atrizes se sentiram constrangidos em terem de encenar. O texto principalmente era muito fraco. Frases batidas e politicamente corretas pelos mutantes do lado bom e frases horripilantes pelos inimigos, bem ao estilo desenho animado para criança de 3 anos. Eu não sei exatamente quem é quem na novela, mas a cena em que Gorete Milagres e seu marido na novela duelam com uma dupla de vilões e os vencem é de dar vergonha alheia. Ela invocando os poderes dos astros e estrelas enquanto seu oponente dizia: "Toda estrela tem sua luz apagada um dia" e ela "E todo vilão encontra seu fim". Veja você o tipo de texto.

Não sei se a novela foi toda assim ou se piorou nesses últimos dias, já que Thiago passou a ser boicotado na Record depois de anunciar sua mudança para o SBT, eu particularmente duvido porque acredito que quando ele assinou o contrato com a nova emissora já havia acabado de escrever, o que só comprova o quanto ele errou a mão nesse trabalho.

Mutantes é de longe a pior novela da história da TV brasileira e não é porque foi feita fora da Globo - algumas pessoas acham que eu afirmo isso porque somente gosto de novelas globais, o que é mentira - mas o texto não pode nem sequer ser chamado de roteiro, mas um amontoado de palavras. A atuação beira o ridículo, mas com um texto desses não há profissional no mundo que consiga se sentir motivado para fazer algo no mínimo aceitável.

Enfim, chegou ao fim a novela mais bizarra e horrível da TV. Graças ao bom Deus.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

10 Coisas de Domingo

1 - O Esporte Fantástico, apesar de ser descaradamente uma cópia do Esporte Espetacular, é um programa redondinho e se a Record investir e parar de fazer ele dançar na grade de domingo, logo vai ter audiência satisfatória.

2 - Celso Portiolli tem feito bonito, tanto em audiência, quanto em apresentação do Domingo Legal. E já que ele tem conseguido bons números, a emissora podia deixar o apresentador palpitar nos quadros do programa porque ninguém suporta mais os mesmos quadros todos os domingos. Cadê a inovação e a criatividade?

3 - Ana Hickman tem um carisma gigante. Além de ser incrivelmente simpática, a loira conseguiu segurar o rojão entregue a ela pela Record quando Eliana decidiu mudar de emissora. No Comando do Tudo é Possível, Ana tem esbanjado simpatia e feito do programa uma atração interessante, creio que a audiência ainda está abaixo porque existem as chamadas "viúvas" de Eliana, mas logo logo ela se estabiliza.

4 - Após muitos domingos sendo, no mínimo interessante, o Domingão do Faustão voltou a velha tônica de ser muito chato. O apresentador parecia com má vontade em ter de estar ali, além do que aparentemente os convidados não funcionaram como deveriam e o resultado foi um programa monótono, sem graça e cansativo, o que levou a audiência a procurar outros caminhos.

5 - O Programa Sílvio Santos tem sido a melhor atração de domingo, disparado. O mais interessante é que são quadros antigos, de dez, quinze anos atrás, claro que com situações inéditas, mas o formato é o mesmo que o comunicador fazia em seus programas dominicais da década de 90. O diferencial que não permite deixar isso cansativo é justamente Sílvio Santos, mais inspirado do que nunca e nos faz rir em vários momentos. Eu indico.

6 - Domingo Espetacular da Record foi chato, chatérrimo pra dizer a verdade. A única reportagem interessante foi a do vulcão "Vesúvio" feita por Paulo Henrique Amorin, as outras matérias eram tão chatas que ficou impossível segurar o telespectador, está faltando conteúdo jornalístico bom e também reportagens de entretenimento mais interessantes.

7 - Com a bomba de que Roberto Cabrini está trocando a Record pelo SBT, o Repórter Record teve um apresentador substituto, coisas que só a Record mesmo faz. Ainda assim, a emissora utilizou uma reportagem de Cabrini que entrevistou Joe Jackson, o pai de Michael Jackson. Tinha tudo pra bombar na audiência e ser um ótimo programa, mas Cabrini pecou nas perguntas e a Record pecou na edição, resultado, programa chato e sem novidades referentes ao caso.

8 - O Fantástico parece que se encontrou, claro que ainda falta melhorar na audiência que continua patinando, mas o programa dá mostras de novo fôlego com tantos quadros novos. A Liga das Mulheres é super bacana e gostoso de se assistir, além do que, os apresentadores estão cada vez mais sintonizados.

9 - A Fazenda foi, como sempre, interessante, mas já está começando a ficar chato ver a Danni e o Dado todos os domingo na Roça, o que os tornam favoritos para ganhar o prêmio de 1 milhão de reais. E falando em A Fazenda, novamente a Record desrespeita o telespectador ao esticar o programa em quase uma hora só pra disputar o tempo todo com No Limite. Acho que está na hora dos telespectadores seguirem os profissionais que eram da emissora e migrarem para o SBT.

10 - No Limite continua ótimo. A edição ágil de Boninho deixa o programa muito interessante de se ver. O tempo passa tão rápido que o telespectador sequer percebe. As duas provas de ontem foram legais, mas a prova da imunidade foi divertidíssima, claro que ia machucar alguém tamanha a violência da disputa, mas que foi divertido pra quem assistiu, ah foi.

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