sábado, 25 de julho de 2009

Os 10 Melhores Desenhos de Todos os Tempos

Continuando a série de listas que o blog vai fazer até o fim do ano, após apresentarmos as melhores e piores novelas, chegou a vez de vermos os 10 Melhores Desenhos da História da TV, com a minha participação e de 9 amigos que votaram. Confira:

10 – Corrida Maluca – 1968



O Desenho Animado foi produzido nos EUA no final dos anos 60 e o objetivo principal dos participantes era ganhar o título de “O Corredor Mais Louco do Mundo”. Sua produção foi de 1968 a 1970 sendo produzido 34 excelentes episódios. Inúmeros personagens dessa corrida ficaram conhecidos do grande público mundial, como Os Irmãos Rocha, dois homens da caverna que pilotavam carros da idade da pedra e nos divertiam com suas constantes brigas.
Também tínhamos o Professor Aéreo que dirigia seu carro sempre buscando alta velocidade de acordo com a ciência, mas como ele era um cientista completamente maluco nunca dava certo.
Como esquecer do ótimo Barão Vermelho que pilotava um carro escarlate que tinha o design todo baseado nas patentes de um famoso aviador e, obviamente, nunca obtinha bons resultados.
Penélope Charmosa foi uma das personagens mais queridas do desenho animado, principalmente pelo seu jeito doce e “cor-de-rosa” de ser. Mesmo assim estava sempre buscando conquistar a vitória e envolvida em acidentes e confusões.
Mas, disparado, o mais conhecido dos personagens de “Corrida Maluca” era Dick Vigarista e seu ajudante Muttley. Dick tentava vencer a todo custo, usando todo tipo de trapaças e querendo que seu ajudante as colocasse em prática. O famoso grito “Muttleeeeeey”, de Dick ficou imortalizado, assim como o pedido do ajudante, que sempre pedia por “medalha, medalha, medalha”.
A Corrida Maluca fez tanto sucesso que vários personagens acabaram ganhando vida própria e tendo seus próprios desenhos e por isso ele alcançou o 10º lugar em nossa lista.


9 – Cavaleiros do Zodíaco – 1985 (revista em mangá) e 1988 o anime



Um manga e anime que coloca qualquer dos atuais desenhos japoneses no chinelo. Essa é a forma mais simplista de explicar o fenômeno chamado Cavaleiros do Zodíaco, principal desenho animado japonês, que foi exportado para o mundo no início dos anos 90 e se tornando o maior fenômeno de audiência no Brasil em muitos anos.
O enredo conta a história de que a cada 200 anos (em média), Atena, a deusa da guerra e da sabedoria, vem à Terra, com a sagrada missão de impedir outros deuses de dominar a Terra e os seres humanos. Para cumprir sua missão, Atena conta com a ajuda de jovens guerreiros protegidos com armaduras sagradas,intitulados cavaleiros. Juntos, lutam contra as forças do mal, num ambiente cheio de mitologias.
O desenho foi dividido em mangá e anime. O mangá teve 48 volumes que foram exibidos no Brasil pela extinta TV Manchete, já o anime foram incríveis 114 episódios clássicos e mais 31 episódios da Saga de Hades, que foram produzidos e exibidos bem depois.
O desenho fez tanto sucesso mundo afora que foram produzidos curtas-metragens com o tema, livros, cartelas de figurinhas, tornando-se verdadeira febre mundo afora. No Brasil, Cavaleiros do Zodíaco disputava uma audiência concorrida, com novelas globais e a recém criada série infantil Castelo Rá-tim-bum, da TV Cultura, e sempre dava ótimos resultados.
Mesmo sendo exibida há mais de 10 anos, a série marcou toda uma geração e por isso aparece em 9º lugar nessa lista.

8 – Bob Esponja – 1999



Bob Esponja, que este mês completou 10 anos de exibição, é sem dúvida alguma, um dos desenhos mais queridos pelas crianças do Brasil e do mundo todo. Nos EUA é um fenômeno de audiência que já chegou a ser comparado com Os Simpsons, outra animação de vida longa e respeitada pela crítica mundo afora.
O desenho conta a história de Bob Esponja, uma esponja-do-mar quadrada e amarela que vive no fundo do Oceano Pacífico, numa cidade submarina chamada Fenda do Bikini. Ele trabalha como cozinheiro na lanchonete Siri Cascudo, especializada em hambúrguer de siri, cujo proprietário é o Sr. Siriguejo. Junto com Bob, trabalha na lanchonete um polvo ranzinza chamado Lula Molusco. O melhor amigo de Bob é Patrick, uma estrela-do-mar rosa. Os roteiros dos episódios giram em torno da ingenuidade de Bob Esponja e Patrick, que nunca encontram malícia nas atitudes de Sr. Siriguejo, Lula Molusco, Plankton e outras personagens ardilosas da trama.
No Brasil, Bob Esponja é transmitido na TV aberta há muitos anos pela Rede Globo e, mesmo quando há alteração na grade e mudanças em praticamente todos os desenhos animados, como ocorreu em 2009, o desenho é mantido na programação por ter ótimo retorno em termos de audiência.
Existe uma geração de crianças apaixonadas pela esponja que vive no fundo do mar e que consomem tudo que se refere ao desenho, desde roupas, até produtos escolares, tornando Bob Esponja um verdadeiro fenômeno comercial, e é o primeiro desenho animado que aparece na nossa lista e continua com produção de episódios inéditos e figurando em 8º lugar da nossa lista.

7 – Du, Dudu e Edu – 1999



Um dos desenhos mais inteligentes do final da década de 90 que levava as crianças dos EUA e de boa parte do mundo a ótimos momentos de gargalhadas com as situações desses três personagens.
O desenho conta a história sobre três garotos, que são chamados de Eduardo. Em cada episódio, existe uma história diferente, mas os três sempre estão tentando ganhar dinheiro para poder comprar suas balas de caramelo.
Conhecidos em inglês como Ed, Edd n' Eddy, este trio vive em um bairro chamado Peach Creek, na cidade de Vancouver, no Canadá. Os três são muito diferentes, exceto numa coisa: Todos adoram balas de caramelo, no Brasil ou quebra-queixos, em Portugal,que são umas balas grandes e redondas vendidas na loja de doces. Eles são atormentados pelas crianças do beco. O bairro tem vários becos e duas ruas principais sendo uma delas com algumas lojas. Du, Dudu e Edu são três amigos que sempre procuram trabalhar meio período nas férias de verão para ganhar dinheiro e comprar balas de caramelo.
Os três protagonistas são: Du - É o mais idiota e imbecil do grupo, e o mais forte do bairro. Adora filmes de ficção científica e terror, revistas em quadrinhos (monstros, alienígenas e zumbis) e, ainda, gosta de comer "Galinha com Quiabo". Por ser muito burro, concorda com qualquer plano que o Edu bola. Não raro é vê-lo divagando (quando se encontra diante de algo aparentemente "normal") e transformando a respectiva situação em algo oriundo de ações monstruosas ou alienígenas. Vive fedido e come - literalmente - qualquer coisa; Dudu - Usa um gorro que parece uma meia. Adora ler, o saber, o conhecimento, o estudo, e algumas vezes é contra sua vontade que ajuda Edu a realizar seus planos, as vezes ele diz: "Estou rodeado de imbecis", detesta sujeira e germes e é aquele tipo de criança que nunca viola as regras. Além de odiar exercício físico pois se cansa rapidamente, quando Edu tem um plano, ele vai até a garagem e inventa alguma maquina; e Edu - É o cérebro dos planos maliciosos entre o grupo; adora aparecer, se acha esperto e sempre se da mal nos seus planos para conseguir dinheiro para comprar balas de caramelo que ele adora. Tem a receita da Bomba Fedida El Mongo.
Não é possível dizer que Du, Dudu e Edu foi um fenômeno de audiência no Brasil, mas sempre esteve no ar durante a programação infantil. Um filme está sendo produzido nos EUA e pode estrear por lá ainda em 2009. Por todas essas coisas é que Du, Dudu e Edu figura em 7º lugar da nossa lista.

6 – A Pantera Cor de Rosa – 1964



Desenho animado criado após o estrondoso sucesso quando a pantera fictícia apareceu na abertura do filme The Pink Panther, com tamanho sucesso, a produção não pensou duas vezes e decidiu produzir uma série animada.
Como se fosse possível, o desenho fez ainda mais sucesso quando ganhou vida própria, sendo produzidos 120 episódios, cada um com 6 minutos de duração aproximadamente, e ganhando o coração de crianças no mundo todo.
O desenho é um dos poucos desenhos em que praticamente não há diálogos, apenas músicas que definem todas as situações, muita gente por isso achava que A Pantera Cor de Rosa não faria muito sucesso no Brasil, o que foi um erro gigantesco.
O desenho tornou-se logo um dos mais queridos das crianças, sendo exibido de segunda a sexta no saudoso programa da Vovó Mafalda, pelo SBT.
O jeito de andar, as trapalhadas e a forma astuta com que a pantera resolvia seus problemas eram imitadas constantemente pelas crianças Brasil afora, ganhando o carinho de toda uma geração. Nos anos 90, quando virou febre no Brasil, os pais aprovavam a exibição do desenho e apoiavam que seus filhos assistissem, pois foi nesse período também que as crianças começaram a gostar de desenhos tidos como violentos.
Em tudo, o mais inesquecível para os fãs de A Pantera Cor de Rosa era a música que tocava ao fundo enquanto ela caminhava tranquilamente, música instrumental que era repetida de boca em boca pelas crianças onde quer que estivessem e por isso a série ocupa o 6º lugar na lista.

5 – O Fantástico Mundo de Bobby – 1998



O desenho foi um fenômeno nos EUA logo depois da exibição de seu primeiro episódio. Críticos e educadores se derreteram em elogios focando principalmente no conteúdo muito inteligente do desenho que mostrava cenas interessantes para crianças de todas as idades. No Brasil, O Fantástico Mundo de Bobby foi sucesso no final dos anos 90 e início da atual década, sendo exibido pelo SBT que constantemente ficava em primeiro lugar na audiência no momento em que o desenho era exibido.
O desenho conta as aventuras cotidianas do pequeno Bobby Generic e da sua família. Um toque especial é dado pela presença do tio (Ted) de Bobby com suas camisas coloridas e seu cachorro (Roger).
Além dos personagens animados o desenho trazia um personagem humano (Howie Mandel) que aparecia ao final de cada episódio, comentado-o e trazendo algum tipo de lição. O pequeno Bobby pilotava o seu triciclo aprendia a desvendar o mundo, valendo-se da sua extraordinária imaginação.
A família do garoto também não ficava de fora das confusões, a mãe era fã de Elvis, a irmã (Kelly) era uma adolescente aborrecente e o irmão Derek adorava pegar no pé de bob. O pai aparecia no episódio em dose dupla, já que além de aparecer na animação, também interagia com o garoto no final de cada desenho.
Em alguns episódios Bobby tinha que fugir de uma garota de longos cabelos ruivos chamada Jackie, que era apaixonada por ele, apesar de não admitirem, alguns fãs acreditam que no fundo ele também a amava
Há também o episódio em que Bobby se vê obrigado a visitar a tia Ruth,de quem antes de conhecer tinha muito medo.
O desenho contou com 7 temporadas, sendo produzidos 80 episódios que seria impossível definir qual o melhor devido a qualidade incrível de texto e isso colocou O Fantástico Mundo de Bobby em 5º lugar.

4 – Os Padrinhos Mágicos – 2001



Produzida pela Nick americana, Os Padrinhos Mágicos é o segundo maior sucesso da emissora nos EUA, atrás apenas do fenômeno Bob Esponja. No resto do mundo o desenho animado é cultivado por um sem-número de crianças e muito elogiada pela crítica que vê em cada episódio crítica a situações do cotidiano, do governo e feita de forma com que a criança compreenda.
O desenho conta a história de Timmy Turner, que vive em Dimmsdale, Califórnia, e é um garoto comum de dez anos. Mas ele sofre muito nas mãos da malvada babá Vicky, e nem seus pais desorientados, o Sr. e a Sra. Turner podem ajudá-lo, pois não acreditam que Vicky seja malvada. Mas isso pode mudar graças a uma ajuda de Cosmo e Wanda, duas fadas mágicas que realizam qualquer desejo. Eles são padrinhos mágicos, enviados para as crianças que mais precisam de ajuda, como Timmy. Mas existem também as Regras das Fadas, como não revelar que tem padrinhos mágicos, não poder interferir em amor verdadeiro e nem ganhar uma competição séria. Contudo, Timmy pode causar várias confusões na Terra ou até no Mundo das Fadas.
O desenho fez muito sucesso em vários países do mundo o que sempre faz com que uma nova temporada seja exibida. No final de 2005 foi exibido nos EUA o especial “Jimmy e Timmy, o confronto 3: quando os manés Colidem, que seria o provável último episódio do desenho, mas os produtores voltaram atrás após pedidos por todo os EUA.
Em 2008, a Nick anuncia que estava sendo produzido um novo filme, Um Bebê muito louco, muitos esperavam que este filme marcaria o fim oficial de Os Padrinhos Mágicos, mas ao ser exibido teve audiência de 9 milhões de pessoas no país, um recorde que garantiu a sétima temporada em 2008 e a garantia da Nick de produzir temporadas até 2010, ao menos.
Com 96 episódios exibidos até o momento (é provável que ultrapasse os 130 até 2010), Os Padrinhos Mágicos é muito querido pelas crianças brasileiras e aparece em 4º Lugar da nossa lista.

3 – Doug – 1991



Doug é uma das série mais lembradas entre as crianças do mundo. O desenho é muito divertido e sempre é comentado quando se fala de desenho de qualidade para as crianças de qualquer época.
A série se passa na cidade fictícia de Bluffington, para onde Doug e sua família se mudaram, saindo de Bloatsburg. A animação mostra a vida e as imaginações do personagem título, um estudante chamado Doug Funnie. Ao lado de Doug, outros personagens principais são seu cachorro Costelinha seus amigos, Skeeter Valentine e Patti Mayonnaise e seu inimigo, Roger Klotz, o valentão da escola. A maioria dos episódios começa com Doug escrevendo no seu diário os fatos mais recentes de sua vida, e o episódio exibido acaba por ser um flashback de Doug, que narra os eventos.
A irmã mais velha de Doug, Judy, é uma fonte constante de conflito. Ela é uma atriz dramática (possivelmente uma beatnik) que sempre usa roupa roxa e óculos escuros, até mesmo dentro de casa. A existência de Doug é praticamente ignorada por ela, já que os interesses dele são infantis, aos olhos dela.
Doug foi produzido inicialmente pela Nick e ficou no ar durante três temporadas, sempre com excelentes resultados em audiência e comercialmente. A Nick cancelou a atração em 1994 sob protestos e, a partir de 1996 a Disney comprou os direitos de produção e fez novos episódios para a alegria dos fãs.
Com um total de 117 episódios Doug é um dos desenhos mais exibidos ao redor do mundo estando presentes em centenas de países, principalmente devido a seus episódios inteligentes e voltados para fazer a criança soltar sua imaginação e por isso aparece em 3º lugar na nossa lista.

2 – Pica-pau - 1940



Uma lista decente sobre os melhores desenhos da história em que não figura Pica-pau entre os primeiros lugares, não pode sequer ser vista. Essa é opinião unânime entre crianças de diversas gerações, já que o desenho foi produzido em 1940 e até hoje é fenômeno de audiência ao redor do mundo.
Pica-Pau (no original em inglês Woody Woodpecker) é o nome de um personagem de desenho animado de mesmo nome, um pica-pau antropomórfico (animal com corpo e características humanas), que estrelou vários curtas-metragens de animação produzidos pelo estúdio de Walter Lantz e distribuídos pela Universal Pictures. Embora não seja o primeiro dos personagens "malucos" que tornaram-se populares nos anos 1940, o Pica-Pau é considerado um dos personagens mais notáveis do gênero.
O Pica-Pau foi criado em 1940 pelo artista de storyboard Walter Lantz. Em seus primeiros desenhos animados, o Pica-Pau aparece como um pássaro louco, com uma aparência considerada grotesca. Porém, ao longo dos anos, o Pica-Pau sofreu diversas mudanças no seu visual, ganhando traços mais simpáticos, uma aparência mais refinada e um temperamento mais tranqüilo. O Pica-Pau foi inicialmente dublado, nos Estados Unidos, por Mel Blanc, que também fez as vozes de quase todos os personagens do sexo masculino das séries Looney Tunes e Merrie Melodies. Como dublador do Pica-Pau, Blanc foi sucedido por Ben Hardaway, e mais tarde por Grace Stafford, esposa de Walter Lantz.
Os desenhos do Pica-Pau foram transmitidos na televisão pela primeira vez em 1957, no programa The Woody Woodpecker Show, que mostrava novas sequências animadas do Pica-Pau interagindo com as filmagens em live-action de Walter Lantz, como se uma pessoa e um desenho animado estivessem apresentando o programa juntos. Atualmente, The Woody Woodpecker Show é ainda reprisado com freqüência na televisão.
Lantz produziu os curtas-metragens do Pica-Pau até 1972, quando ele fechou definitivamente seu estúdio. Desde então, o personagem só voltou a reaparecer em 1999, no programa The New Woody Woodpecker Show, produzido pela Universal Animation Studios de 1999 à 2002. O Pica-Pau é um dos poucos personagens de desenho animado que possui uma estrela na Calçada da Fama. Ele também fez uma pequena aparição junto com outros personagens famosos no filme Who Framed Roger Rabbit, de 1988.
No Brasil, Pica-pau já alavancou a audiência do SBT nos anos 90, da Rede Globo no início dos anos 2000 e atualmente serve como uma espécie de coringa da Rede Record, ocupando vários horários na grade da emissora. Com um dos personagens mais amados por todos os brasileiros, Pica-pau aparece em 2º lugar dessa lista.

1 – Os Simpsons – 1989



O Desenho animado que está a mais tempo no ar e sendo produzido. O desenho animado que ocupa a mais tempo um horário nobre na TV americana. O desenho animado mais querido pelos americanos e por diversas pessoas ao redor do mundo. Essa é a forma simples de definir o que Os Simpsons representa para o mundo televisivo.
A série é focada nas aventuras de uma típica família suburbana do meio-oeste norte-americano. O pai, Homer Simpson, é inspetor de segurança da Usina Nuclear de Springfield (em Portugal, chamada de Central Nuclear de Springfield). Marge Simpson, sua esposa, é uma dona de casa estereotipada. O casal tem três filhos: Bart, um garoto rebelde de dez anos; Lisa, uma menina-prodígio de oito anos que adora tocar saxofone e Maggie, a caçula da família, uma bebê que não fala, mas que é considerada pelos fãs como o mais inteligente e misterioso personagem da série(que depois é revelado que toca saxofone melhor que Lisa). Completam a família um cachorro chamado Ajudante do Papai Noel (em Portugal, Santa's Little Helper), além de um gato chamado Bola de Neve (em Portugal, Snow Ball). Os produtores decidiram que os personagens não envelheceriam ao longo da série, embora celebrações como festas religiosas e de fim de ano apareçam com frequência. Há ainda um grande número de personagens menores, desde parentes da família até coadjuvantes eventuais.
Os Simpsons faz tanto sucesso ao redor do mundo que algumas curiosidades marcam a série, como o famoso “D’oh” de Homer que entrou como um verbete num dicionário britânico. Ao todo mais de 50 celebridades já apareceram em Springfield, cidade fictícia onde vive a família Simpsons, alguns brasileiros, como Ronaldo.
O desenho já visitou o Brasil, fazendo uma sátira divertida a forma como o estrangeiro enxerga o Brasil. O episódio em que a família chega ao país e vê praticamente uma floresta cheia de selvagens é muito criticada por autoridades brasileiras, principalmente porque andando pelo Rio de Janeiro, a família é assaltada. Como os produtores não se preocupam muito com críticas, num episódio futuro, novamente satirizam o Brasil, quando Liza diz: “Esse é o pior lugar em que já estivemos” e Bart responde: “Pior que o Brasil?” e a menina lembra que o Brasil realmente foi pior. Este episódio foi censurado no Brasil e essas falas foram substituídas.
A família mais querida do mundo televiso está em exibição nos EUA na sua 21ª temporada tendo sido exibidos mais de 450 episódios diferentes. O único filme de Os Simpsons foi um fenômeno em todo o mundo e recebeu grandes elogios de toda a crítica mundial. Por tudo isso é que Os Simpsons lidera nossa lista sendo considerado o melhor desenho animado de todos os tempos.

Texto de Daniel César revisado por Evana Ribeiro

Uma obra de arte chamada Som e Fúria


Terminou. Porque tudo que é bom dura pouco, ou talvez porque a Globo não pensou nem planejou da forma correta, o fato é que com apenas três semanas, Som e Fúria chega ao fim com dois pontos importantes para a TV brasileira.

O primeiro, é de menor valor, é o fiasco de audiência. Quem já leu entrevistas de Fernando Meirelles ao longo de sua vida profissional, sabe que ele certamente não se preocupa com os resultados de audiência, ele é o tipo de roteirista e diretor que se foca mais na qualidade da audiência. Mesmo assim, como produto para TV, a série não deu o retorno em número que sequer possa ser chamado de razoável. Perdeu constantemente para a Record, o que é preocupante para o horário.

O segundo ponto, e sem dúvida muito mais relevante, é a qualidade. Som e Fúria se despediu da TV brasileira nesta sexta-feira entrando para a história das emissoras abertas como uma das melhores produções já realizadas e exibidas no país nesse pouco mais de 50 anos de TV e isso é ponto comum entre qualquer crítico e qualquer telespectador um pouco acima da média.

Ccom críticas interessantíssimas a situação do teatro entre as artes no país, a série mostrou de forma bem humorada o mundo de atrizes e atores. Mas muito mais do que isso, o que se viu, foi o retrato da TV brasileira, sim, da TV brasileira. Dante lutando para dirigir uma peça mais humanizada, com uma visão mais profunda foi uma espécie de metáfora para a salvação do telespectador, enquanto o ator mal humorado que já "interpretou" o persaonagem três vezes, é o telespectador, o diretor, o profissional de TV acostumado com tudo que simplesmente dá resultado, sem coragem de ousar.

Poderia passar aqui horas destilando cada elemento das personagens, pois todos eles tiveram um ponto em que nos identificamos, o que prova que a construção do roteiro e das personagens foi muito, muito acima da média. A direção também foi muito bem feita, desde o primeiro episódio era possível notar que a produção era independente, sem os vícios que todos os diretores globais têm. Com ousadia, Som e Fúria provou que é possível inovar também na direção.

E as atuações? O que foi Felipe Camargo? Ele interpretou Dante como se vivesse a própria história, deu o tom correto ao personagem, personagem este que poderia ser raso caso não fosse bem interpretado, mas Felipe Camargo soube enxergar todas as nuances da interpretação. E Dan Stulback? Ele é um dos atores mais completos do país e vem provando isso a cada personagem que ele interpreta na TV. No papel de Ricardo ele arrasou e construiu um personagem riquíssimo. Qualquer pessoa que tivesse esse papel nas mãos poderia cometer erros e torná-lo caricata, mas Dan foi perfeito, sem exageros, sem caricaturas, sem mentiras. Por fim, com uma participação curta, é verdade, mas marcante, temos Rodrigo Santoro. Num de seus personagens mais completos e complexos, ele deu vida com maestria ao "picareta" Sanjay e nos divertiu com suas excentricidades, mas o que marcou este personagem, para mim, foi a entonação de voz que esteve sempre no limite entre o exagero e o normal, o que tornou perfeita a interpretação.

Enfim, Som e Fúria saiu de cena deixando saudades e mostrando para todos: diretores, atores, produtores, TV's e telespectadores que é possível produzir algo de qualidade na TV aberta.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Show do Milhão - O Retorno


A ideia aparentemente partiu de Daniela Beirute, diretora de programação do SBT e filha de Sílvio Santos, e sem grande anúncio - e realmente merecia muito anúncio - faz duas semanas que voltou a ser exibido um dos melhores programas que apareceram na TV aberta na década, o delicioso Show do Milhão.

Assisti partes das duas primeiras edições, principalmente porque a quarta-feira é muito concorrida na TV durante a noite, e gostei do que vi. Sílvio Santos continua irreverente, fazendo piadas com ótimas tacadas, mas o melhor mesmo são os participantes que algumas vezes são inteligentes, mas muitas outras são completamente bizarros e erram perguntas muito simples.

O formato do Show do Milhão é simples, nada de muito inovador na TV, mas é óbvio que Sílvio Santos faz toda a diferença na apresentação. Ele conduz as perguntas de forma inteligente, sempre gera dúvida no candidato, emite opinião e participa ativamente de cada pergunta. Isso é muito raro de se ver, porque a maior parte de apresentadores desse tipo de programa deixa claro que se abstém de participar para não influenciar e, consequentemente, prejudicar o participante. Sílvio Santos não está nem aí pra isso e é justamente essa postura que torna Show do Milhão tão interessante.

A audiência não está dando o retorno necessário, ainda. O telespectador brasileiro está acostumado a duas coisas na quarta-feira a noite, o futebol, tradicional programa da Globo e, mais recentemente, A Fazenda, na Rede Record. Com o fim do reality da Record é provável que a lacuna para quem não gosta de futebol reapareça e assim Show do Milhão recupere a audiência que teve no início da década. É pra isso que torcemos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A regularidade de A Fazenda


Já foram inúmeras eliminações. O programa começou cheio de oba-oba com a Rede Record fazendo lançamento de super produção e aguardando retorno milionário em anúncios, merchans e, obviamente, em audiência.

A primeira semana foi claramente carregada e cansativa, mas a partir daí os acertos se sucederam e A Fazenda começou a chamar a atenção do telespectador por suas edições rápidas e, principalmente pela incrível química entre os participantes. Inúmeras brigas (Théo Becker que o diga), amizades se formando, grupos se estreitando.

Dia após dia foi ficando claro o que sempre se vê em Realitties Shows desse porte (como Big Brother e Casa dos Artistas), um grupo de participantes que se une para ficar mais forte e continuar na casa o máximo de tempo possível (um exemplo recente disso foi o tal lado "B" do Big Brother que levou Fran, Max e Pri para a final do programa). Em A Fazenda este grupo está claro e é claramente comandado por Danielle Souza, a Samambaia.

Tudo bem que a estratégia que parecia muito boa começou a se diluir quando Mirella tomou um tombo ao ser eliminada do programa no último domingo, mas fato é que Danielle Souza aparece como grande candidata a conquistar o programa e a bolada.

Após tanto tempo de programa, já é possível dizer que A Fazenda tem uma regularidade que impressiona, ao contrário de tudo na Record que oscila muito. O programa conquistou grandes anunciantes, mas não há o alarde por conta disso, nem grande mudanças e nem novas inserções que encheriam muito o saco.

No quesito audiência - que parece ser o mais importante para os diretores - também há essa regularidade, sem sobressaltos. Todos sabem os números aproximados do programa a cada dia, vejamos: Na segunda e na terça normalmente gira entre 12 e 14 pontos; na quarta esse número normalmente sobe para 16 a 18; na quinta raramente passa dos 12 e na sexta gira em torno dos 14. No final de semana é mais interessante, edições longas e no sábado o programa tem audiência entre os 13 e 15 e no domingo nunca fica abaixo dos 18 com picos de até 25.

Essa regularidade garante ao programa a estabilidade, coisa que praticamente nenhum programa da grade atual da Record tem. É possível identificar o público e assim ter a tranquilidade de que novas edições poderão ser feitas, já que A FAzenda aparentemente tem seu público conquistado e nada de mudança gerada por ser "fenômeno", apenas telespectadores que gostam do formato.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Sinônimo de Grosteco: Geraldo Brasil


Eu já vi programas excelentes, programas ótimos, programas regulares, péssimos e bizarros, mas confesso a vocês que nunca (e saliente-se o nunca aqui) tinha visto nada que se assemelhaça ao show de horrores que a Record produz diariamente no fim da tarde: Geraldo Brasil.

Eu venho pensando desde a estreia do programa numa forma de escrever um texto sobre ele, mas confesso que não sabia como tratar desse assunto, afinal, é tanta bobagem, tantos equívocos, tanto sensacionalismo barato que eu não percebia um método para criticar sem parecer perseguição.

A começar pelo apresentador que evidentemente é um jornalista que entende bastante de mídia e tem um razoável poder de manipulação frente às câmeras, prato cheio para os programas policiais sanguinários que o Brasil se acostumou, mas se tem algo que o tal de Geraldo não tem é carisma junto ao público, e não ter esse dom, dificulta e muito na apresentação dum "programa" de auditório.

Engana-se quem pensa que todo jornalista é um comunicador inato, ao contrário, a maior parte dos jornalistas não tem o menor senso de prender o público e poder de persuasão, isso é fato comprovado - o jornalista aprende desde muito cedo que a melhor forma de persuadir é pela notícia, não por si próprio.

Além de não ser comunicador, Geraldo sofre com as pautas de seu programa, que são infelizes, muito infelizes - para não dizer palavra mais dura. O Geraldo Brasil é um apanhado de diversas atrações ruins que já passaram pela TV brasileira com o acréscimo de que falta criatividade, informatividade, feed-back com o público.

Se eu fosse obrigado a fazer uma definição sucinta do que é Geraldo Brasil eu diria que é um retrato grotesco da TV brasileira.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um Erro chamado Ger@l.com


Preciso confessar que fui inocente, muito inocente. Quando a Rede Globo anunciou em diversas propagandas a estreia de sua nova série teen "Ger@al.com" eu fiquei empolgado, bastante inclusive. Seria a primeira série séria produzida pela TV brasileira cujo tema principal é o mundo virtual, e isso já estava demorando muito para ser abordado.

Mas, desde o primeiro minuto do primeiro episódio ficou claro que "Ger@al.com" foi escrita por pessoas que nunca conviveram de verdade com o mundo virtual, ficou óbvio que foi feita apenas uma pequisa de campo e provavelmente os roteiristas nem gostam da vida na internet.

O que marcou os dois primeiros episódios foram os diálogos virtuais, absolutamente dispensáveis por simplesmente serem irreais. Faltou naturalidade na conversa, irreverência e principalmente cumplicidade. Quem convive com o mundo virtual sabe que conversas via MSN facilitam e muito o andamento de uma conversa, principalmente porque pode-se falar tudo o que não se tem coragem de dizer pessoalmente.

Outro equívoco foi a capacidade de separação do que é virtual e do que é real. Adolescentes - como os mostrados na série - não sabem separar o mundo virtual do mundo real, ao contrário, elementos do mundo real são inseridos no virtual e vice-versa e isso não foi visto. E ainda tem a banda que realmente é irritante, muito irritante...

O que mais impressiona negativamente, contudo, é a falta de capacidade da história "pegar". A premissa é chata, cansativa e dá desânimo de assistir. É uma pena, porque uma história que retrata a realidade virtual poderia ser muito melhor contada, principalmente se mostrassem o ponto de vista adolescente conflituoso dentro da tribo virtual, isso daria histórias interssantíssimas.

domingo, 19 de julho de 2009

As Piores Novelas

Continuando nossas listas sobre vários temas da TV, após realizarmos a primeira, sobre as 10 melhores novelas de todos os tempos, segundo a minha visão e de 9 amigos, vamos agora divulgar a lista com as 10 piores novelas de todos os tempos. Confira:


10 – Senhora do Destino - 2004



Novela de: Aguinaldo Silva
Direção: Wolf Maya
Protagonistas: Susana Vieira, Carolina Dieckmann, Renata Sorrah

A novela contou a saga de Maria do Carmo Ferreira da Silva (Carolina Dieckmann/Susana Vieira) que, saída de Pernambuco com seus cinco filhos, chega ao Rio de Janeiro em dezembro 1968, quando estourou o Ato Institucional N. 5. Mal chega à cidade, sofre o maior golpe de sua vida: tem sua filha caçula, Lindalva (então uma criança de poucos meses) roubada por Nazaré (Adriana Esteves/Renata Sorrah), prostituta que se passa por enfermeira e pega a criança para si como parte de um plano para enganar José Carlos Tedesco (Tarcísio Filho/Tarcísio Meira) e fazê-lo largar a família para casar com ela. Anos mais tarde, Maria do Carmo, já estabelecida na Vila de São Miguel, se dedica a localizar sua filha perdida.

É inegável que Senhora do Destino foi um sucesso em termos de Ibope, e até de crítica – tanto é que está sendo reprisada. Entretanto, foi alvo de diversas críticas que se tornaram motivo de demérito para muita gente: uns falaram do desajuste temporal [a segunda fase, teoricamente, passava aproximadamente 25 anos depois do AI-5 ou seja, entre 1993 e 1994, mas anunciava produtos dos anos 2000]. Outros acharam ruim o tom espalhafatoso da personagem Nazaré, que por alguns foi considerado caricato. Outros motivos para a novela figurar aqui em décimo lugar foram a vilã Viviane (Letícia Spiller), também considerada caricata; e o sotaque forçado de Maria do Carmo.

9 – Começar de Novo - 2004



Novela de: Antônio Calmon e Elisabeth Jihn
Direção: Marcos Paulo
Protagonistas: Marcos Paulo, Natália do Vale

A espinha dorsal da novela foi o romance impossível de Miguel Arcanjo e Letícia, que foram separados pela mãe dela, Lucrécia Borges. Miguel sofre um atentado e é dado como morto, mas na verdade foi levado incógnito para a Rússia e lá recobra a consciência, mas não a memória. Só vem a recuperá-la 30 anos depois, para desvendar mistérios de sua vida, acompanhado de seu mestre, Dmitri.
A proposta inicial era boa, mas vários problemas fizeram com que a promessa de novela decente ficasse só na... Promessa. Já de saída, o elenco era irregular, com personagens de destaque dados a atores iniciantes/fracos, como Giselle Itié. Também choveram histórias que não tinham razão de existir, como a da família Estrela – talvez uma tentativa (inútil) de trazer realismo fantástico com a personagem Marcianita; e outros personagens mal aproveitados, como o Anselmo de Werner Schünemann e a Sonya da então estreante (e bem sucedida) Fernanda Machado. E, finalmente, os protagonistas maduros pareceram simplesmente não ter acontecido. Não houve empatia com o público e o resultado foi visto em números pífios do Ibope, que custou a se reerguer. Assim, Começar de Novo ganha o nono lugar em nossa lista.

8 – Porto dos Milagres - 2001



Novela de: Aguinaldo Silva
Direção: Marcos Paulo e Roberto Naar
Protagonistas: Flávia Alessandra, Marcos Palmeira

Porto dos Milagres contou a história de amor do pescador Guma e Lívia; romance que começa na cidade que dá nome à novela e para vivenciar esse amor, os dois têm de passar por vários empecilhos: Alexandre, namorado de Lívia e filho dos grandes antagonistas Félix e Adma Guerreiro; Esmeralda, mulher que quer Guma para ela a todo custo. Ainda tem a grande rivalidade entre Guma e Félix, que chega ao campo político. Foi um grande sucesso de Aguinaldo Silva da década de 2000, mas ainda assim teve detalhes que desagradaram parte do público em cheio. Dentre elas a fraca interpretação de Marcos Palmeira em papel de destaque; e personagens caricatas como Genésia (Júlia Lemmertz), que passou de beata a ninfomaníaca. Apesar de ter sido baseada em parte da obra de Jorge Amado e ter conseguido um público fiel, também desagradou a ponto de chegar ao oitavo lugar de nossa lista.

7 – Estrela Guia - 2001



Novela de: Ana Maria Moretzohn
Direção: Denise Saraceni
Protagonistas: Sandy, Guilherme Fontes

Esta foi a história de Cristal, jovem nascida e criada em uma comunidade hippie que após a morte dos pais, vai viver com seu padrinho. Com a convivência, os dois se apaixonam.
Primeira e única novela trazendo Sandy como protagonista, pegou carona no sucesso do seriado Sandy e Júnior e foi aclamada pelos fãs da dupla, que também tiveram a oportunidade de ver Júnior Lima em um papel secundário. Apesar de trazer uma estrela do pop brasileiro como chamariz do elenco e uma proposta de trama leve, Estrela Guia deixou a desejar na história. O par formado por Sandy e Guilherme Fontes não teve a química desejada. Também não houve o que se chamasse de obstáculos de peso para o amor do casal se concretizar e no fim das contas, caiu no esquecimento. Ou no quase esquecimento, pois figura no sétimo lugar das piores novelas.

6 – Esperança - 2002



Novela de: Benedito Ruy Barbosa
Direção: Luiz Fernando Carvalho
Protagonistas: Reynaldo Gianecchinni, Priscila Fantin

Toni e Maria vivem um romance proibido na Itália e são separados pela família da moça, que engravida. Sozinho, Toni parte para o Brasil, onde vê esperanças de uma vida melhor e se envolve com a passional judia Camille, com quem se casa. Mas ele não consegue esquecer sua amada italiana e isso abala seu relacionamento com a judia desde o começo.
Poucos anos antes de Esperança estrear, o público brasileiro acompanhou Terra Nostra, novela que também enfatizava a questão da imigração italiana e foi um estrondoso sucesso, ficando de certa forma 'fresca' na memória dos telespectadores. Dessa forma, Esperança foi uma novela rejeitada desde suas chamadas; apelidada 'carinhosamente' de Terra Nostra 2 e, pior ainda, Semelhança. Não bastassem as comparações [que não eram infundadas, afinal], o texto também sofreu turbulências, boa parte causadas por problemas de saúde do autor e finalmente a substituição deste por Walcyr Carrasco, que introduziu novos personagens e deu novo fôlego à história, que terminou, de certa forma, descaracterizada. Assim, Esperança ganha o sexto lugar da lista.

5 – Bang Bang - 2005



Novela de: Mário Prata
Direção: Ricardo Waddington
Protagonistas: Bruno Garcia, Fernanda Lima

Na cidade de Albuquerque, em algum ano do Velho Oeste, Ben Silver jura vingança contra aqueles que dizimaram toda a sua família. O que ele não contava era justamente se apaixonar pela bela Diana Bullock filha do homem de quem ele deveria se vingar. Essa foi a espinha dorsal de Bang Bang, um faroeste vanguardista, trazendo um caldeirão de eras e nacionalidades.
A vontade de ousar foi muito válida e pode até se considerar louvável, em um cenário televisivo no qual muita gente reclama do 'mais do mesmo'; mas nada compreendida. Ninguém entendeu os nomes dos personagens, que tinham um pé na língua inglesa (Vegas Locomotiv, Neon Bullock...); ninguém entendeu as referências à cultura pop cruzada com a erudita; ninguém entendeu o hibridismo espaço-temporal (era Brasil ou Estados Unidos? Século 17 ou 21?) e ninguém aprovou a verde, verdíssima Fernanda Lima em um papel de protagonista logo na primeira novela. Tentaram minimizar a rejeição do público trazendo Carlos Lombardi para escrever a reta final da novela, mas o estrago já estava feito e, depois dessa, meio mundo pode reclamar da repetição folhetinesca, mas ousadia demais é algo muito perigoso e pode render o quinto lugar na lista de piores novelas.

4 – Páginas da Vida - 2006



Novela de: Manoel Carlos
Direção: Jaime Monjardim
Protagonistas: Regina Duarte, José Mayer

Helena, Leblon, crônica social, a vida como ela é. Não precisamos descrever o consagrado estilo Manoel Carlos de fazer novela. Mas em Páginas da Vida, a impressão que ficou é que erraram a mão em algum ingrediente do bolo que todo mundo sempre apreciou. Personagens em excesso (a imensa mesa da sala de jantar de Tide pode ser considerada o símbolo dos símbolos da enormidade do elenco) geraram histórias mal desenvolvidas e talentos incrivelmente mal aproveitados. Assim, foram meses de marasmo para que o grande momento da história, que era a disputa pela guarda da criança portadora de Síndrome de Down, acontecesse em menos de um mês. Tanta lentidão fez com que o folhetim ganhasse apelidos inglórios como Páginas em Branco. Além disso, o nepotismo descarado em alguns núcleos (leia-se Rafael Almeida, cunhado de Jayme Monjardim, em papel de destaque e não fazendo jus à missão recebida) irritou o público. A impressão que deu foi que as páginas da vida só se desenrolavam de fato na hora dos depoimentos finais de cada capítulo e isso não bastou para a história ser querida pelo público, mas foi suficiente para ser considerada a quarta pior novela da história.

3 – Kubanakan - 2003



Novela de: Carlos Lombardi
Direção: Wolf Maya
Protagonistas: Danielle Winits, Marcos Pasquim

“A história se passa nos anos 50, num país fictício com o nome da telenovela, supostamente localizado no Caribe e com economia fortemente baseada na exportação de produtos agrícolas como a banana. A língua oficial do país seria o Espanhol. O personagem principal, Esteban Maroto, é um homem que sofre de amnésia, e que se vê transformado em um herói contra a própria vontade, sendo envolvido inclusive na política do país. Ao longo da trama descobrimos que Esteban sofre de um distúrbio (mais tarde diagnosticado como esquizofrenia) que lhe provoca dupla personalidade e no final ele diz que veio do futuro para impedir que a Fênix matasse várias pessoas como na época dele e que as lembranças na verdade eram de seu pai Esteban, que na verdade incorporava nele e já havia morrido. Quem dizia ser Esteban era na verdade o filho dele Leon.” [créditos ao artigo sobre a novela no Wikipedia]

Kubanacan tinha um protagonista sem memória e, ao que parece, acharam que os telespectadores também não tinham memória. A novela absorveu as várias personalidades do protagonista e o resultado foi uma trama confusa [até o último capítulo foi difícil de compreender] e ganhou a medalha de bronze neste inglório pódium.

2 – América - 2005



Novela de: Glória Perez
Direção: Jayme Monjardim/Marcos Schetman
Protagonistas: Deborah Secco, Murilo Benício, Caco Ciocler

A tônica de América foi o 'sonho americano' vivenciado por Sol, que acaba se aventurando como imigrante ilegal nos EUA e largando o então amor de sua vida, o peão Tião. Em solo americano, entre mil trapalhadas para se manter e conseguir o direito de ficar lá de vez, se apaixona por Ed, que se torna seu grande amor para a vida.
A virada no destino de Sol no que dizia respeito a seu futuro amoroso foi reflexo do primeiro problema da novela: a falta de química entre Deborah Secco e Murilo Benício. Aliás, Deborah parece pecar pelos excessos: enquanto em A Próxima Vítima ela falava gritando, em América ela exagerou nos sussurros. A vilã, May, interpretada por Camila Morgado, parecia não ter sangue nas veias de tão apática; mas não havia muito para a atriz fazer, já que o texto da personagem não era lá grandes coisas.
Como esquecer dos diálogos entre o peão Tião e o Boi Bandido? Com cenas que entraram na história da TV entre as mais bizarras, Glória Perez parecia duvidar da inteligência de seu público.
Com uma espinha dorsal tão frágil (e mais fragilizada ainda pelas mudanças na equipe de direção), o resultado foi a rejeição de uma parcela expressiva do público e a medalha de prata em nossa lista.

1 – Os Mutantes - 2007, 2008 e 2009



Novela de: Tiago Santiago
Direção: Alexandre Avancini
Protagonistas: Bianca Rinaldi e Leonardo Vieira/Renata Dominguez e Luciano Szafir

Uma novela dividida em três partes? Três novelas em uma só? Isso não importa muito. Mas com a trilogia Caminhos do Coração, Os Mutantes e Promessas de Amor, Tiago Santiago trouxe os seres fantásticos à tona, como figuras centrais de suas três novelas. Um investimento pesado que atraiu crianças e adolescentes graças a seus efeitos especiais e trama misturando elementos de séries consagradas como X-Men e Heroes.
Por trás de tanto efeito, havia o texto fraco e a grande maioria das interpretações idem. O problema carro-chefe foi o excesso de didatismo do texto, cenas imensas contando histórias que soavam como se tivessem sido adaptadas de Wikipedia ou lições de moral mal contextualizadas. A maioria podia ser perfeitamente dispensada. E a insistência em valorizar o realismo fantástico deixou o folhetim em segundo (ou terceiro) plano, o que também desagradou os noveleiros. Talvez, se fosse uma série e não a imensa novela que foi, funcionasse melhor.

Texto de Evana Ribeiro

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