sábado, 30 de maio de 2009

Os Melhores da Semana

Momento mais esperado do século (eheheh, porque exagerar é tão legal). Os 10 memlhores momentos da Semana na TV Brasileira:

10 - Melissa agredindo Gabi, em Caminho das Índias, na Globo

9 - Episódio de A Lei e o Crime, na Record

8 - Especial sobre assistencialismo de Igrejas Evangélicos, no JN, na Globo

7 - CQC, cada vez melhor, na BAND

6 - Episódio de Supernany, no SBT

5 - Esquadrão da Moda, um programa leve e muito bom, no SBT

4 - Episódio de Força Tarefa, na Globo

3 - As Meninas do Jô, no Programa do Jô, na Globo

2 - Semana perfeita de Poder Paralelo, na Record

1 - Episódio de Tudo Novo de Novo, perfeição ao cubo, na Globo

Tudo Novo de Novo - Invasões


Tudo Novo de Novo acaba de conquistar um marco que deveria ser comentado para que as próximas gerações jamais se esquecessem. Ela ultrapassou nesse último episódio a barreira da perfeição. Sem medo de errar já posso dizer que a série é a minha predileta atualmente, isso inclui as americanas.

O episódio "Invasões" que mostra a casa de Clara literalmente ser invadida por diversas pessoas (seu pai, sua enteada, a empregada com o filho) traz significados que são muito mais profundos que simples invasões físicas e de privacidade. A forma como a família invade o tempo, a vida, os gostos de Clara sugam toda a sua força e estão tornando-a uma mulher abatida, quase amargurada pelos problemas e pela responsabilidade de ter que ser a esteira de tantas pessoas ao seu redor.

Enquanto isso, Miguel continua com duas filhas adolescentes: a sua filha Júlia e a sua ex-mulher Rute, que continua agindo como se tivesse 13 anos de idade. As conseqüências de tantos problema causaram problemas psicológicos em Júlia, o que faz sentido, mas temperou a relação de Miguel e Clara com mais ingredientes bombásticos.

Para quem acompanha Tudo Novo de Novo desde o primeiro episódio como eu, é motivo para se comemorar a evolução das personagens e das relações. Incrível como cada personagem tem uma personalidade marcante que foi facilmente identificada neste brilhante episódio. Carol é a incompleta, que não tem tudo o que quer, inclusive a atenção da mãe; Léo é o único adulto da história, sim uma criança de uns 7 anos, é o único que não dá trabalho para os protagonista, ao contrário, ele é sempre quem tem as frases mais sábias, como hoje: "Por que o filho da empregada não sai de lá e eu, que sou seu filho, não volto pra minha casa?". Simples como um mais um; Júlia é a adolescente traumatizada e que tem tudo para ser uma jovem rebelde, carente e confusa.

Em meio a tudo isso temos a relação entre Clara e Miguel que, a despeito de tantos problemas, aprenderam a se tornar cúmplices, a começar "tudo novo de novo" diariamente para que assim, os problemas não atrapalhem a relação.

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Vocês já notaram como tudo se encaixa nessa série? Em qualquer outra série, mal escrita, acharíamos absurdo tantas coisas acontecerem simultaneamente com os protagonistas, mas ali não, tudo faz sentido e lembra muito a vida da gente? Em minha casa pelo menos vive acontecendo essas maluquices e quando começa vem tudo de uma vez. Te entendo Clara, eu juro.

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O choro de Clara após a malcriação de Júlia, para mim teve um significado importante, ela é forte, é uma mãe forte, uma filha forte, uma profissional forte, mas é uma namorada fraca que depende da força e estrutura de Miguel para continuar de pé. Não se dar com a filha da única pessoa que dá base para ela foi a morte.

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A cena da broxada de Miguel e de Clara no motel foi divertida, e foi muito fofo ver os dois desabafando os próprios problemas olhando para o espelho no teto, deitados na cama redonda.

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Cena final, de novo, PER-FEI-TA. Tantos problemas? Filha doente? Pai doente? Casa cheia? Ex-mulher com crise? Ex-marido irresponsável? Dane-se, vamos comer cachorro-quente... Muito fofo.

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Melhor episódio da série. Melhor episódio de séries brasileiras em 2009. Melhor episódio de qualquer série em 2009. Fato. Duvida? Vai assistir, vai.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Força Tarefa - Fogo Cerrado


Foi um episódio atípico, bem atípico. Força Tarefa é uma série pautada pela profundidade da história, pela densidade das personagens e pelo apelo psicológico que os policiais utilizam para realizar suas prisões e cumprir suas missões com a menor quantidade de tiros possível. Não foi isso que vimos neste episódio.

Algumas pessoas cobravam um episódio agitado, tenso, colocando o Tenente Wilson sob uma pressão de policial em verdadeira ação, o que de fato ainda não tinha acontecido. "Fogo Cerrado" teve isso de sobra.

Realizando uma transferência de um policial preso numa cidadezinha, Tenente Wilson se vê envolto a um ataque de criminosos a delegacia e ataque com armas pesadas, enquanto ele, o delegado (que é um mala), seu cabo companheiro e o carcereiro tentam defender o local.

O episódio foi pintado de vários momentos tensos, principalmente com o ataque da escrivã de polícia que resolve desabafar contra o delegado mala e despeja toda sua ira contra ele. Outro momento marcante foi o delegado ameaçando matar o traficante que comemorava o fato de "sua gente" estar invadindo o local para tirá-lo de lá.

A seqüência em que o office boy que entrega as marmitas dos presos é assassinato na porta de entrega da delegacia foi chocante. Muitos tiros e o corpo dele caindo em câmera lenta, incrível como a Globo se solta mais nas edições a cada episódio. Tá melhorando e muito.

Mas a edição infelizmente cometeu um erro bizarro. Todas as vezes em que o Wilson e o delegado conversavam sobre a possibilidade de usar o marginal como escudo para tirar o carcereiro ferido da delegacia aparecia em seguida o cabo corrupto, preso e que Wilson estava indo buscar a transferência. Essa edição torpe deixou claro que o ataque a delegacia não era para salvar o traficante, mas o cabo que sabia nome de gente graúda no tal esquema de tráfico.

Quando o Tenente Wilson entregou a arma para que o cabo ajudasse a evitar a invasão no mesmo instante eu disse: "agora a arma na nuca". Dito e feito, quando o Tenente se virou, a arma estava apontada contra ele. Clichê até a hora da morte.

Essa seqüência poderia destruir um episódio muito bem amarrado, mas ele foi salvo. Quando o cabo começou a sair da delegacia dizendo a Wilson que "sua gente" estava o salvando por que "eram seus amigos" ele sofreu uma saraivada de tiros e tombou morto. Todo o esquema organizado para matar "o que sabia demais". Simples assim.

Este episódio de Força Tarefa deu um corte na continuação da série, em que mostrava o desenvolver de relacionamentos de Wilson com sua chefia, com seus colegas e, principalmente, com sua namorada. Porém, ao contrário do que eu pensei, não foi um episódio solto, porque se prendeu a muitas outras pontas anteriores, como aquela que se foca na forma como Wilson encara o trabalho, com seriedade e um profissionalismo incrível.

Ah, e teve muitos tiros, mortes impressionantes, sangue jorrando pra todo lado, exatamente como o brasileiro adora. Episódio que mantém o nível da série.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Poder Paralelo e outras cositas mais


Quanto mais eu assisto a novela da Record "Poder Paralelo" mais eu tenho certeza que é o melhor trabalho já produzido pela emissora nesses últimos anos em que voltou a apostar em teledramaturgia. A única novela da emissora que eu citava como "assistível" até então era a excelente "Essas Mulheres", de Marcílio Morais.

Porém, após o samba do criolo doido que foi "Cidadão Brasileiro", dessa vez, com "Poder Paraleo" tenho a impressão que Lauro Cézar Munis recuperou a inspiração que o fez tão conhecido e respeitado em sua época de Rede Globo.

A história da novela é sólida, os núcleos são muito bem distribuídos, o texto é primoroso e as atuações convincentes (fato raro na Record, diga-se). O núcleo da máfia, algo inteiramente novo no imaginário popular que assiste novelas, é interessantíssimo, toda a história, o mistério por trás do chefão, as ramificações dessa máfia que inclui até o poderoso advogado (como vimos no capítulo de ontem, aliás, que cena a do confronto do delegado com o advogado).

Poder Paralelo é atualmente a melhor novela da televisão brasileira e, não duvidem se assim o for em 2009, porque Caminho das Índias já se perdeu completamente, e a sua substituto "Viver a Vida" é de Manoel Carlos, o rei da lentidão. Ah, e não posso deixar de enaltecer a atuação de Patrícia França que está dando um banho de interpretação na pele de Nina (como vemos na foto).

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Ao contrário do que muita gente anda dizendo por aí, eu acredito que "A Fazenda", novo programa da Record, tem tudo para dar certo. A idéia é bem interessante e, se a edição do programa for boa e a escolha dos participantes for correta, tem tudo para emplacar. Eu vou assistir.

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Termina hoje aquele que já foi um dia meu programa predileto na TV aberta, mas que abandonei há alguns anos. "O Aprendiz - Universitário" que veio para inovar uma fórmula desgastada, termina sem dizer a que veio. Chato como as últimas edições, com provras sem graça e, pior, com participantes incrivelmente despreparados. É uma pena, quem lembra da Vivi, a primeira vencedora?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Toma lá dá cá - Só dei falta agora Dona Álvara


O primeiro problema do episódio foi o título, quem assistiu TLDC ontem ficou boiando com o título do episódio que apareceu nos caracteres: "Não tem pão, comam bolo". Essa frase não fazia o menor sentido e não tinha qualquer ligação com o episódio, porém, pesquisando no site da Globo vi que houve um erro (fato raro na Globo), o título real do episódio é "Só dei falta agora Dona Álvara", esse sim, faz sentido.

O mote do episódio não foi bom, principalmente porque houve uma pequena confusão de histórias. O telespectador não sabia ao certo qual era o tema principal da noite: o plebiscito e as compras de voto por parte de Dona Álvara, o incêndio que tomava conta do Jambalaya ou a cleptomania da síndica. O título sugere que a última hipótese era a verdadeira, porém, não é possível dizer qual tenha sido o tema, já que os três temas tiveram destaque e, no fim das contas, nenhum teve o devido desenvolvimento.

Esse problema afetou e muito o desenrolar do episódio e fez com que não houvesse uma história consistente, pena, porque nas três últimas semanas a série estava muito bem, mostrando histórias sólidas e bem desenvolvidas. Mas não se pode afirmar que o episódio tenha sido de todo mal, mesmo diante de caos de informação desencontrada houve momentos engraçadíssimos e que por si só salvaram a noite.

O melhor do episódio foi realmente a Bozena que volta a ter o grande destaque da primeira temporada e continua dando show. Pela primeira vez no ano ela me fez ter crise de riso na série quando gritou, brava e a plenos pulmões: "A história acabou. Tudo na vida tem um fim, por que minhas histórias tem que continuar sempre e sempre? Eu sou empregada, não sou contadora de histórias." Muito, muito bom!

A Copélia, em contrapartida, está cada vez mais pornográfica e começa a ficar cansativa, não pela pornografia em si, mas porque suas frases estão ficando muito fortes e manjadas.

A invasão a casa de Dona Álvara também foi interessante e nos mostrou a situação bizarra da síndica que é cleptomaníaca. A parte mais engraçada realmente dessa seqüência foi Dona Álvara tirando a escova elétrica da cabeça de Rita a força. Deu pra rir bastante.

Mesmo assim o episódio como um todo foi muito abaixo dos últimos três, mas não há motivos para pânico ou exageros (como andei lendo por aí), a série melhorou muito no último mês e demonstra ter ritmo realmente para mais uma temporada.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Tudo Novo de Novo - Por um Fio


Em virtude de uma viagem que tive de fazer, acabei assistindo ao novo episódio de Tudo Novo de Novo apenas ontem. Tinha visto as chamadas na programação da Globo durante a semana passada e sabia que teria de dar um jeito de assistir, pois aparentava ser novamente um episódio delicioso. Acertei!

Quanto mais assisto a essa série mais tenho a certeza que nem a Globo e nenhuma outra emissora brasileira já produziram algo que sequer se aproxime da qualidade do programa. Tudo redondinho, receita simples, mas sem um único clichê, todas as cenas com significados importantes, diálogos profundos e cheio de metáforas que nos levam a pensar. Enfim, nem parece programa nacional.

No último episódio, "Por um fio", Miguel é convidado por Clara para um jantar na casa dela em comemoração aos 41 anos de casamento dos pais. Já na primeira seqüência de cena do episódio, percebemos uma perfeita interação entre os significados da série. Clara conversa com sua irmã que é contra o jantar e contra a presença de Miguel, pois os pais são muito chatos e, ao mesmo tempo, vemos Miguel conversando com o cunhado exatamente sobre o jantar, dizendo que faz tudo por Clara.

O texto ficaria longo, muito longo, porque todas as cenas desse episódio foram cheios de significados, mas o tema central é realmente o jantar, que foi rápido, uma vez que aconteceram contratempos que obrigaram todos a irem embora, porém, neste tempo, Miguel e Clara viram nos pais dela o que poderia ser o espelho do futuro, uma relação sólida de mais de 40 anos, mas que havia perdido a vida e a emoção há muito tempo.

O episódio também serviu para aprofundar as situações dramáticas de cada personagem. A irmã de Clara começando um caso ultra-secreto e, ficou claro (e espero eu não estar errado) que o "cara casado" é justamente o cunhado de Miguel e isso, obviamente, vai criar problemas no futuro. Também foi interessante saber que o pai e a madrasta de Carol se separaram e, com isso, a irmã dela, foi passar uns dias na casa de Clara que, como sempre, sabe tratar as pessoas.

Os personagens secundários continuam com suas histórias. A briga entre os chefes de Miguel e Clara por causa de uma gravidez indesejada do marido pode vir a derrubar a relação perfeita da série. A relação cheia de amor e que Miguel e Clara tanto admiravam.

Mas nem só de qualidade vivem os personagens. A ex-mulher de Miguel continua sendo imbecil. Foi literalmente roubada pelo tal namorado espanhol da internet e a conta sobrou para Miguel. Eu entendo que ela é idiota, carente e está em crise de meia idade, mas a forma como Miguel a trata mostra que ele não é tão cheio de virtudes quanto o é próximo de Clara. Parece que ele faz questão de ser duro com a ex.

O fim do episódio também foi forte. O fim do relacionamento dos pais de Clara, motivado por ela própria, que, ao descobrir pela irmã que a mãe tinha um amante, colocou-a na parede e fez com que ela abandonasse o marido. Foi muito linda a cena em que Clara conversa com o pai e ele deixa evidente que sabia do caso, mas preferia fingir que não para manter o casamento. Lindo o filho de Clara dizendo: "Vô eu pensei que gente velha não se separasse" e ele responde: "É, eu também".

Mais um episódio que beira a perfeição e que nos deixa curioso pelo que vem pela frente. Mas uma certeza já se pode ter após esses 6 episódios, os próximos com certeza manterão o mesmo nível.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

A.I. 5 e a Maisa

* Por motivo de viagem, excepcionalmente, o texto sobre o episódio de sexta-feira de "Tudo Novo de Novo" será colocado no ar amanhã.



Pronto, conseguiram. Tudo que os pseudo-moralistas que deviam muito mais serem taxados de fascitas queriam eram tirar a pequena Maísa do ar no Programa dominical de Sílvio Santos.

Segundo informações da mídia em geral, a Justiça cassou a autorização que permitia que a pequena trabalhasse no Programa Sílvio Santos aos domingos e, o SBT inteligentemente, decidiu acatar a decisão.

O fato em questão é que essa justiça frouxa do Brasil - que sempre age conforme for para ficar mais bonito diante da mídia - tomou essa decisão de forma arbitrária e sem o menor motivo. É evidente que quando o SBT pediu a autorização para Maísa trabalhar foi explicado quais seriam suas atividades. Se havia qualquer risco a saúde física ou emocional da menina o Juiz que concedeu a autorização foi irresponsável e deveria ser demitido. Se não havia risco, o que houve então?

Não estou dizendo que o posicionamento do SBT foi correto diante das duas situações polêmicas com a menina. No primeiro fato houve muito exagero por parte de Sílvio Santos e de sua produção, mas foi uma brincadeira que acontece corriqueriamente em casa entre pais e filhos. Claro, o SBT não deveria ter levado aquilo ao ar porque não havia necessidade.

A segunda ocasião é absurda, que culpa o pobre Sílvio Santos ou quem quer que seja tem pelo fato da menina ter se machucado? Quem assistiu ao programa viu que ele ficou preocupado, deu um beijo na menina e tudo mais. Então se uma criança se machuca em casa vão proibir ela de ficar com os pais?

Maísa nitidamente é apaixonada pelo que faz, adora o Homem do Baú e tem uma relação vibrante com a mídia, essa proibição vai fazer muito mal para ela que, muito provavelmente, vai até ficar doente. Mas quem liga, ne? O importante é mostrar que "as autoridades competentes pensam nas crianças". O escambal!

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