quinta-feira, 21 de maio de 2009

Força Tarefa - Pais e Filhos


Um dos melhores episódios da temporada até o momento, isso se não for o melhor, isso é um fato. Força-Tarefa sabe dosar a cada semana o tom correto para não se tornar nem violenta demais nem excessivamente pacata para uma série policial, e esse é o diferencial entre todas as séries do gênero.

Após um episódio absolutamente psicológico, como foi o da semana passada, nessa semana em "Pais e Filhos" vimos finalmente o Serviço Reservado da Polícia em ação e ação prática, como faltava até o momento. O sequestro do Coronel Caetano colocou a equipe do tenente Wilson pela primeira vez na linha de frente de uma ação, com envolvimento emocional, o que tornou tudo ainda mais instigante.

O primeiro bloco do episódio foi todo desenhado para capturar o telespectador e torná-lo tão refém quanto o Coronel Caetano e sua família. A forma como os primeiro ladrões e depois sequestradores agiram e, princicpalmente, a forma como a direção optou por filmar as cenas, deu uma sensação de angústia para todos nós. Quando descobrimos que um dos sequestradores tinha alguma história pendente com o Coronel, tudo ficou ainda melhor.

A maneira como o tenente Wilson conduziu o acompanhamento do sequestro foi muito bacana. Adorei o "fica quieto isso é uma ordem" que ele deu a um policial. Boa, Wilson! Mas, como ele nunca nos decepciona, tinha uma carta na manga.

O mais instigante em todo o episódio não foi o desenrolar dos fatos, mas saber que o sequestrador tinha um senso de justiça, estranho, mas tinha, afinal ele perdeu toda a família simplesmente por uma corrupção quando era policial. Filho se suicidou e esposa o abandonou, de fato, como ele disse, ele cumpriu uma pena muito pesada.

A atuação de Milton Gonçalves foi perfeita e finalmente um episódio em que ele pôde usar todo seu talento e em que ele teve destaque merecido. Gostei de ver a família dele, apesar da atuação do menino que fez o filho dele (acho que se chama Thiago alguma coisa) foi horrenda, deplorável.

Feliz por rever Leonardo Medeiros, o nosso querido e eterno Elias de A Favorita. Ele deu um banho de interpretação na pele do ex-policial e sequestrador.

Bonito ver o Tenente Wilson pela primeira vez perder o controle, quando soube do sequestro de seu chefe, bem interessante.

Um episódio acima da média, aliás, como é moda em Força Tarefa e que mostra o porque a Globo acertou com a série e também acertou em confirmar uma segunda temporada.

24 Horas - Season Final


Após um começo eletrizante de temporada, ao melhor estilo 24 horas, a 7ª temporada passou a figurar em todas as listas que se fizesse entre as melhores da história da série. É verdade que a parte final caiu um pouco em ritmo, principalmente para dar o encaixe necessário a história, mas nem por isso perdeu qualidade.

O episódio duplo que deu encerramento a temporada de 24 Horas nos EUA e em todos os computadores do mundo foi com um ritmo muito menos acelerado que a maior parte das temporadas, porém, foi tão cheio de significados como nunca se viu antes na história da série. Se lembrarmos que o filme que serviu de pré-início para a história da temporada, iremos entender que "Redemption" passa a fazer todo sentido nesse fim.

Mas teve ação, e muita ação. Jack Bauer sequestrado pelo grupo do Tony foi muito legal, principalmente porque a idéia era utilizá-lo como "bomba biológica", já que apenas ele tinha o patógeno em seu organismo. Mais legal ainda foi ver Jack Bauer, depois de voltar da anestesia, abrir os olhos e matar todo mundo no centro cirúrgico-terrorista. A cortada de pescoço no médico foi sensacional, esse é o nosso Jack.

Saber que Tony ao menos não estava do lado dos terroristas serviu de consolo, mas foi óbvio. A primeira parte do episódio final deixou isso claro, eu inclusive cronometrei, por volta do minuto 25 eu já sabia que Tony não estava ao lado dos terroristas, sõ não esperava que ele também não estivesse ao lado do bem, mas trabalhando por conta própria e vingança.

Kim Bauer finalmente conseguiu passar um episódio inteiro sem ser débil mental. Agiu como autêntica filha de Jack Bauer, com uma caneta feriu sua sequestradora (isso sim é cool), seguiu o sequestrador, recuperou o lap top em chamas, deu uma aula de tecnologia para a Renee e ainda disse "damn it". Muito bom.

O tal do Wilson que é líder do tal grupo conspirador desde os tempos de Charles Logan é meio chatinho ne? A seqüência em que o FBI chega ao local para salvar Jack e prender Wilson, Tony e companhia é legal e tudo mais, cheia de ação, mas exatamente como a Renne descobriu onde Jack estava? Alguém me diz? Legal também o desabafo de Tony quando está cara a cara com Wilson, muito bom vê-lo lembrando de sua esposa e falando que aquele babaca era o responsável pela morte de Michelle e do little Tony (ela estava grávida, kicoisa não?)

Pra mim, a cena mais importante da temporada foi Jack prendendo Tony, e enquanto ele era levado pelos agentes, gritando aos ouvidos de Jack: "Parabéns Jack, você estragou tudo. Você é um deles agora. O que a Teri diria disso?" Faz sentido, toda a vingança de Tony faz sentido porque ele, assim como Jack, perdeu tudo por causa de terroristas que teriam tratamento muito leve pelo governo americano.

Jack Bauer reconhecendo que sua mente sabe que tudo que fez até hoje foi pelo bem de inocentes, mas seu coração não pode mais aceitar, isso faz muito sentido. Foi doloroso vê-lo num hospital com o tal sacerdote mulçumano e dizendo que errou muito a vida inteira. Muito bonita a construção da cena.

Renee torturando o tal de Wilson? É isso que espero e gostei muito que não foi mostrada a cena, mas apenas deixou-se entender. E muito linda a cena final, com a Kim dizendo que vai fazer tudo para salvar o pai e, no quarto, com ele em coma, dizendo: "Papai, eu não estou pronta pra vê-lo morrer". E aí aparece o reloginho com o fim da temporada.

Jack Bauer está morrendo. Fato! Esperemos a 8ª temporada.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Toma lá dá cá - O Rouxinol do Jambalaya


Mais um episódio excepcional e Toma lá, dá cá parece estar encontrando-se na sua temporada pós-seu Ladir. Demorou, foram necessários alguns episódios muito fracos e decepcionantes, mas nas últimas três semanas a série voltou com doses de humor no tom certo e a cada semana melhora mais.

Nesta semana um fato novo na história da série, a retratação de um fato real como ponto de partida para o episódio. A exibição do fenômeno mundial Suzan Boyle na TV e em vários sites da internet impulsionou os roteiristas da série a criar o episódio, lançando mão de "Bozena Boyle". Desde a primeira cena, tudo foi muito bem construído.

Bozena continua cada vez mais maravilhosa e, ao que parece, nesta terceira temporada terá um destaque maior - mais que merecido, diga-se. Ela interpretando a música foi sensacional, mas muito mais do que isso, as consequências disso é que fizeram do episódio tão acima da média.

Se eu tivesse que enumerar algumas situações hilárias, não saberia definir quais colocar e quais deixar de fora, pois foram muitos os momentos que me fizeram rir. Em cada semana algo tem me chamado atenção, ora são as atuações, ora são as piadas e, nesta semana, foi o texto afinado, mas principalmente a desenvoltura dos atores que estavam soltos e, por isso, erravam constantemente.

O texto para Fernanda Souza também está inspiradíssimo. As frases de Isadora estão cada vez melhores porque ela não é simplesmente burra, é burra e mal caráter, o que faz a composição da personagem ainda melhor. O momento do episódio foi a frase de Isadora respondendo a sua mãe que havia explicado que nesse caso "o verbo concorda com você". "Mas eu não concordo com ele. Quem disse que sou obrigada a concordar com esse tal de verbo? Eu discordo dele". Sensacional e muito, muito divertido.

Bozena chorando, os ataques cada vez mais constantes de Celinha, a interpretação solta de Dona Álvara, enfim, o episódio foi cheio de grandes e divertidas surpresas. Fico feliz por saber que minha série de humor predileta da TV brasileira está novamente entrando nos eixos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Um Monstro Chamado A Favorita


Lembram-se desse logo? Pois é, a novela que pouco mais de 04 meses sair do ar já deixa muitas saudades (principalmente em se pensando no nível atual das novelas globais) cumpriu seu penúltimo ritual. Após caminhar vencendo prêmios de todas as revistas especializadas e da própria Rede Globo, a novela foi a grande vencedora da maior premiação de TV do Brasil: O Prêmio Contigo.

Confira a lista de ganhadores e comentários breves:

1 - Atriz Coadjuvante: Ísis Valverde, a Rakely de Beleza Pura. - A atriz mereceu o prêmio, a Rakely conquistou legião de fãs e Ísis mandou muito bem no papel.

2 - Ator Coadjuvante: Ary Fontoura, o Silveirinha de A Favorita. - O ator dispensa comentários. Ele foi um dos donos dessa brilhante novela e o prêmio é mais que merecido.

3 - Ator Mirim: Eduardo Mello, o Domênico, de A Favorita. - Após perder alguns prêmios, inclusive o da própria Globo, Eduardo Mello venceu o maior prêmio de todos e de forma merecida. Ele deu um show no papel do "esquisito".

4 - Atriz Mirim: Thavyne Ferrari, a Rafinha, de Três Irmãs. - A personagem era muito chata, mas o ano não foi cheio de destaques para atores e atrizes mirins. Talvez Beatriz Souza, a Capitu criança, na série Capitu, merecesse mais.

5 - Atriz cômica ou comediante: Katiuscia Canoro, a Lady Kate, de Zorra Total. - Alguém conseguiria questionar? Foi o ano da Katiusica que agora tem o "gramur".

6 - Ator cômico ou comediante: Tom Cavalcante, do Show do Tom. - Allow? Alguém entendeu? Alguém lembrava do Tom ainda? Num ano em que o Brasil parou para dizer: "É Mara!" quem deveria vencer disparado seria Ítalo Rossi, na pele do Seu Ladir.

7 - Programa Humorístico: CQC, da Band. - O melhor programa de humor de 2008, sem dúvida. Prêmio mais que merecido.

8 - Atriz Revelação: Nathália Dill, a Débora, de Malhação. - Confesso que não concordei com a premiação. Pra mim quem devia ganhar era Malu Galli, a Lúcia, de Queridos Amigos e Liginha em Três Irmãs.

9 - Ator Revelação: Alexandre Nero, o Vanderlei, de A Favorita. - Novo prêmio mais que merecido. Alexandre deu um banho de interpretação não ficando constrangido em contracenar com Lilia Cabral.



10 - Atriz: Patrícia Pilar, a Flora, de A Favorita. - Não tenho certeza, mas acho que é a primeira vez que a melhor atriz é a mesma vencedora em todos os prêmios Brasil afora. Também, pudera, Patrícia Pilar arrebentou e tornou a Flora a pior vilã da história da TV brasileira. Momento lembrança: "Gente velha é um perigo, morre por qualquer coisinha".

11 - Ator: Cauã Reymond, o Halley, de A Favorita. - Nova surpresa. O Cauã cresceu muito durante a novela, se acertou no personagem e, principalmente, como ator. Mas o prêmio era do Murilo Benício, o Dodi, de A Favorita. Só a Contigo mesmo que discordou.

12 - Diretor: Ricardo Waddington, de A Favorita. - Com a mão certeira, Ricardo soube conduzir a trama muito bem, com a direção correta para os momentos de tensão. Ele mereceu.

13 - Autor: João Emanuel Carneiro, de A Favorita. - Mais do que um prêmio, um busto deveria ser erguido em homenagem a ele que, com A Favorita, mostrou a todo mundo como se faz uma novela de qualidade

14 - Novela: A Favorita, da Rede Globo. - Deveria vencer como melhor novela da história, pois realmente foi e deixou saudades.

A Favorita venceu 8 prêmios em 14 estatuetas, e ela não concorria em todas (como programa de Humor). Excepcional, não? Saudades da novela?

Veja aqui e agora a melhor cena de dramaturgia do Brasil, Flora matando Gonçalo

A Casa


Alguém aí se lembra da poesia "A Casa", de Vinícius de Morais? Aquela que começava assim: "Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada". Lembraram? Pois bem, é exatamente essa poesia que me remete à memória cada vez que eu perco meu precioso tempo assistindo Caminho das Índias.

Sim, eu fui um defensor da novela quando ela estava em seu primeiro mês de exibição. Havia sido conquistado pelo enredo, principalmente o enredo da trama no Brasil, e estava cativo por alguns personagens (Sílvia, Tônia, Melissa, Duda, Raj, Maya e Opash).

Acontece que após o primeiro mês de exibição, a novela entrou na famosa "barriga" como eu já escrevi no blog Aqui, entrou muito cedo e eu torcia para que acabasse junto com o parto de Maya.

Ledo engano, Caminho das Índias se perdeu no meio do caminho e virou uma história como a poesia, "sem nada". A protagonista da trama, Maya (Juliana Paes) não tem mais uma história. No começo da trama, sua história era de amor proibido junto a um intocável, Bahuan (Márcio Garcia). O casal não emplacou e a autora Glória Perez os separou e juntou Maya a Raj (Rodrigo Lombardi), mais aceito pelo público.



Acontece que desde o seu casamento com Raj que Maya não tem mais história. Grávida, ela ficava pelos cantos chorando com medo do marido descobrir que o filho era de outro. Ganhou bebê, ninguém descobriu nada, e agora ela fica andando de um lado para o outro pela cada com o bebê no colo somente pensando que vai perder o marido. Já cansou a falta de história.

Os outros núcleos também. Ivone convenceu Raul de se fingir de morto. Tá, e depois? Já faz um mês que ela está com ele e não acontece nada. Vão dizer que ela está armando o roubo, tudo bem, mas está tudo muito lento. Quanto tempo faz que ela não faz uma maldade mesmo? A última foi roubar o cofre da Sílvia.

A história do Tarso que parecia ser a mais interessante da trama ficou muito, muito chata. Ninguém aguenta mais ver ele olhando pro lado, com suor na ponta do cabelo e dizendo que "querem me pegar". A história não desenvolve, ele e a Tônia não passam por crise, ele não enfrenta os pais, o avô não ajuda, enfim, não acontece nada.

Opash, Shankar, Ravi, Camila, Yeda, César, ninguém tem uma história consistente que caminha, é tudo muito lento e com muita preguiça. Parece que a Glória Perez está cansada de escrever ou lhe falta idéias, ou então a sinopse já era mesmo fraca e ela conseguiu emplacar apenas por ter nome na Globo.

A tristeza é que a próxima novela é tão lenta quanto Caminho das Índias, pois Manoel Carlos é conhecido justamente por suas tramas arrastadas, com "dias" que não têm fim e capítulos e mais capítulos sem nada acontecer. Que venha 2010 e com ele Sílvio de Abreu.

domingo, 17 de maio de 2009

Os Melhores da Semana

Essa semana nem foi tão difícil fazer a lista com os Melhores. Tivemos muita coisa de qualidade, então vamos la:

10 - As Meninas do Jô, quarta, na Globo

9 - A Grande Família, quinta, na Globo

8 - A Lei e o Crime, segunda, na Record

7 - Kyle XY, domingo, no SBT

6 - A atuação de Patrícia França em Poder Paralelo, na Record

5 - Toma Lá, dá cá, terça, na Globo

4 - CQC, segunda, na BAND

3 - A semana de Poder Paralelo, na Record

2 - Viviane Pasmanter em Tudo Novo de Novo, sexta, na Globo

1 - Tudo Novo de Novo, sexta, na Globo

E não posso deixar de observar os episódios brilhantes de 24 Horas e a Season Finale de Lost, com "The Incident"

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