quinta-feira, 7 de maio de 2009

Força Tarefa - Tolerância Zero

*spoilers



Melhor episódio de Força Tarefa, disparado e ponto. Com essa observação inicial podemos nos focar no episódio número 4 da série, ou seja, 1/3 da primeira temporada dessa excepcional série já foi transmitida (estão previstos 12 episódios na primeira temporada). A Globo já confirmou a segunda temporada para abril de 2010, ótima notícia para os fãs do gênero.

Num episódio focado em favela, tráfico de drogas e, principalmente, milícia que invade o local, retira os traficantes e controla todos os moradores, cobrando inclusive "taxa", tinha que ter muito tiroteio, e teve. A Globo realmente sabe quando guardar o trunfo da violência e dos tiros para o momento certo e este foi o episódio. As primeiras cenas com a milícia invadindo a favela e matando os "olheiros" do tráfico foi sensacional, tudo muito bem feito e algumas cenas muito fortes.

Depois, com a descoberta que um PM morto estava trabalhando na milícia e, portanto aquele local era cheio de policiais corruptos só fez nosso querido coronel Caetano (Milton Gonçalves) a dar pulos e querer pegar a todos, aliás, os roteiristas novamente acertaram ao utilizar melhor o ator neste episódio.

A infiltração do Tenente Wilson (Murilo Benício) e Sargento Selma (Hermila Guedes) foi muito bem feito e, confesso, que me diverti com a convivência truculenta dos dois. A cada episódio mais eu gosto da dupla, ele é machão, todo sem jeito, e ela uma mulher dura, mas muito inteligente.

Achei muito pertinente também a namorada do tenente, Jaqueline (Fabiula Nascimento), mandar segui-lo e achar que ele está tendo um caso com a Sargento Selma, afinal ele nunca fala nada de seu trabalho e, está morando numa favela com outra mulher. A atuação de Fabiula no momento em que ela tenta passar pela milícia a todo custo para entrar na favela e, sem perceber o que milícia significa, diz simplesmente: "Meu namorado também é da PM".

A ação daí pra frente foi bacana. Wilson tentando proteger a namorada foi legal, os policiais da milícia tentando resolver tudo matando os três foi muito rápido e o mais legal foi o policial corrupto e babaca que estava se apaixonando por Selma querer dar uma lição nela, estuprando-a. Muito forte as cenas, inclusive.

Confesso que não gostei muito de outra vez um policial infiltrado antes deles o salvarem da enrascada, isso já está ficando manjado. São dois episódios seguidos assim. E, aliás, o Tenente Wilson não vai usar uma arma nunca mais?

Mesmo assim, o episódio foi muito bom e nos mostrou como tanto o coronel Caetano e o Tenente Wilson são fissurados por cumprir suas funções - que é prender PM corruptos. O fim do episódio foi ótimo, com Wilson no táxi e seu fantasma predileto, Jonas (Rogério Trindade), aparecendo e lembrando-o que a prisão dos policiais da milícia fez com que o tráfico retomasse a favela. Ao que Wilson diz: "Eu faço a minha parte. Já pensou se todos fizessem a sua parte?" e Jonas responde simplesmente: "Aí, pessoas como você, não teriam o que fazer". Perfeito.

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O que foi o beijo "lésbico" que Selma deu em Jaque apenas para provar que ela e Wilson não tinham um caso, mas eram parceiros de trabalho? Só pra provar que era lésbica e deixou a coitada da namorada do tenente toda envergonhada. A Globo sem pudores, é ou não é bom demais? E olha que foi mais que um selinho, nada muito demorado, mas não foi só um toque rápido e tímido.

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A direção apostou muito nas imagens tremidas, lembrando bastante Cidade de Deus e Tropa de Elite que se passam em favelas. E com o padrão Globo de qualidade, sem os exageros, ficou muito bom.

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